quinta-feira, 19 de junho de 2008

Emma Goldman - apresentação do livro de Clara Queiroz



A imagem diz tudo sobre a apresentação deste livro/homenagem à senhora que um dia disse que se não pudesse dançar, essa não seria uma revolução em que quisesse participar.
Penso o mesmo, sobretudo, quando vêm críticar as pessoas que dançam na marcha LGBT.
Emma Goldman (1869-1940) teve um percurso difícil entre sindicalismo, socialismo, ambientalismo (em 1906 fundou com Alexander Berkman a revista "Mother Earth" que associava feminismo, ecologia e anti-autoritarismo), feminismo e muitos outros ismos em que o seu nome se escreve. Presa e perseguida várias vezes pelas ideias que nunca renunciou, ela correu Rússia (onde nasceu), Espanha, Estados Unidos da América e Grã-Bretanha.

"In 1916, Emma Goldman was sent to prison for advocating that 'women need not always keep their mouth shut and their wombs open." Margaret Anderson

Goldmann é uma das peças-chave quando se fala de anarco-feminismo. Uma working class heroin.


Marianne Faithfull "Working Class Hero" (para quem gosta de L word, reparem na música de abertura do episódio piloto "Pleasure song" e voltem a deliciar-se com a voz desta diva)

"Her development, her freedom, her independence, must come from and through herself. First, by asserting herself as a personality, and not as a sex commodity. Second, by refusing the right of anyone over her body; by refusing to bear children, unless she wants them, by refusing to be a servant to God, the State, society, the husband, the family, etc., by making her life simpler, but deeper and richer. That is, by trying to learn the meaning and substance of life in all its complexities; by freeing herself from the fear of public opinion and public condemnation." [Anarchism and Other Essays, p. 211]

x-pressiongirl

P.S. - Agradeço à amiga anarca (presumo anarca-feminista) que, gentilmente, partilhou comigo as referências textuais sobre anarco-feminismo. ;-)

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