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domingo, 14 de junho de 2009

1º jantar do Leswork

Decorre já esta sexta-feira, dia 19, em Lisboa, o jantar do primeiro Network dirigido somente a raparigas, o Leswork, plataforma sobre a qual já aqui se falou.



Decorrendo no dia anterior à Marcha LGBT, o Leswork associar-se-á de modo informal a este evento, possibilitando a participantes que morem longe algumas opções de carsharing e couch surfing, anunciados no fórum do Leswork. O jantar é fechado às membros do Leswork e amigas que queiram trazer desde que especifiquem o número exacto) afim de garantir que as participações não serão afectadas pela presença de intrusos.
Por questões de segurança o ponto de encontro apenas está a ser divulgado no Leswork, tornando-se assim necessário fazer o registo para obter as necessárias informações.



O jantar terá um custo total de €12 com comida e bebida à discrição e a noite pós-jantar promete agradáveis surpresas em espaço ainda por divulgar.
Inscrições no Leswork são aqui.
Mais informações sobre o evento em lesworqueen@gmail.com

You're almost Lesworking

x-pressiongirl

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Gala - a diva italiana

Digam-me que se lembram desta italiana belíssima.



Não estão a reconhecê-la? De facto, há muito tempo que não se ouve falar desta rapariga, pelo menos aqui em Portugal onde as boas notícias nem sempre chegam depressa. Esta ragazza de Milão reapareceu há cerca de 2 anos com este single "Faraway".
Em finais dos anos 90, as suas músicas fizeram tremendo sucesso por cá. Destas vocês recordam-se, hein?



Quem não se lembra dos mega-sucessos Come into my life, Let a boy cry ou Freed from desire?
Com apenas 32 anos, Gala tem uma legião de fãs espalhad@s pelos quatro cantos de uma terra arredondada. As suas letras são deveras sugestivas para as lésbicas atentas, mas não são só as letras, já que também os seus vídeos exploram bastante a questão dos papéis, do queer e, consequentemente, da sexualidade, ou melhor, das diversas sexualidades. Chego ao ponto em que me apetece transcrever algumas das suas letras.
"Everyone has inside" (esta é dedicada às amigas que não gostam de pagar entrada nas discotecas)
"Ex-excuse me
We are two
Ye-yeah, uh, me and my girlfriend "
Só consegui achar este remix, mas se tiveram acesso à versão original poderão acompanhar a letra que é hilariante.



"Summer eclipse" (com Gipsy kings)
"we try to avoid each other's eyes
they say our hands should never touch
rules of love that kill so much
I'll wait for you, if this can't be
we'll meet again in a dream"

"Let a boy cry"
"They made you change, do you remember when you were someone else
Soldiers and dolls won't give away my childhood dreams
I was a pirate, I conquered, and I sailed free
And they say silver, I choose gold
I've never done as I've been told"
e mais adiante
"Someone will judge her crazy soul
Let the girl fight and she will know"

As novas músicas também têm letras muito interessantes que poderão consultar aqui. De destacar uma musiquinha com a participação dos Balkan Beat Box, que estiveram entre nós na semana passada, no Festival Med, em Loulé.

Gala é muito reservada relativamente à sua vida pessoal e por isso ainda ganha mais pontos porque parece querer ser apreciada pelo seu trabalho e não pela sua conduta. Nos tempos que correm é uma raridade haver artistas que não se vendam ao "rosa-choque" da imprensa medíocre que reina no paraíso dos ignorantes. Nunca em lado algum li ou vi Gala assumir-se como homo ou bissexual. A Pink TV é o primeiro canal de temática gay da televisão francesa e já terá cerca de 4 anos. A Pink TV pregou-lhe uma partidinha de gosto duvidoso. É um bocado sacana tentar sacar informações pessoais desta forma:



Ah, quem tiver dificuldades com a língua francesa (os franceses têm a mania de dobrar a voz dos estrangeiros) pode avisar que a Condessa certamente disponibilizará a sua intérprete pessoal.

Mais informações sobre Gala Rizzatto:

http://www.galasound.com/ - site oficial

http://www.myspace.com/galamusic

http://galarizzatto.com/ - site criado por fãs brasileiras


Boas músicas!

x-pressiongirl

P.S. - Consta que Gala lançou recentemente a sua própria editora com o sugestivo nome de "Matriarchy". Alguma alma mais informada que tenha a gentileza de confirmar se isto é verdade.

sábado, 21 de junho de 2008

Chá das 5 - Algumas (in)conclusões sobre Sexo (in)seguro entre raparigas

A má notícia é que poucas tertuliantes beberam chá. Agora as boas:
As participantes aderiram à coisa e trouxeram material, pouco mas bom porque nós também éramos poucas mas boas.
(imagem gentilmente cedida por sueca)

Contrariamente ao que a Time Out anunciou, em lado NENHUM o sembikini disse ou escreveu isto "(...)Pedem as organizadoras às meninas interessadas que, antes de irem, façam umas visitas às sex shops da cidade, para comprarem material e recolherem conhecimento de causa para a conversa(...)". O sembikini sente-se, naturalmente, lisonjeado por ter-se considerado pertinente o regresso deste evento, mas lamenta que a redacção não estivesse em conformidade com aquilo que era proposto.
O que se sugeria era que trouxessem material que considerassem pertinente partilhar com as demais tertuliantes e que depois do chá visitássemos algumas sex shops naquela área afim de descobrir in loco que tipo de materiais para sexo seguro entre raparigas teriam. Há 3 anos atrás não se vendia. O proprietário da Condomi (infelizmente extinta) chegara a dizer que se fossem comercializados Femidom em Portugal o preço rondaria os €5 (não se enganou na previsão, o valor ronda isso mesmo) e ele não os comercializava porque sabia que não haveria ninguém que os comprasse por esse preço. Hoje, algumas sex shops disponibilizam dental dam e a Ilga chegou a ter alguns (não sei se ainda os terá) que distribuiu gratuitamente. Note-se que a Ilga fica em Lisboa e não chega às lésbicas que vivem noutros pontos do país. As sex shops que os vendem fazem-no, muitas vezes, via internet (para não terem dinheiro empatado na loja) e só os importam, depois de garantida a encomenda.

Material de cama, na mesa:

1. Lubrificante;
2. Manual de sexo lésbico (o exemplo de um livro com demasiados clichés e desenhos de lésbicas que nos fazem perder a vontade de ser lésbicas), o bom livro que eu queria recomendar não aparece na foto porque a menina que disse que mo devolvia antes do chá não tem palavra e não apareceu (se leres isto espero que desmaies de vergonha! ;-P), mas eu informo que o bom livro é o Kamasutra Lésbico, de Alicia Galotti, gentilmente oferecido por duas queridas amigas. É conveniente específicar a autoria do livro porque circulam por aí maus kamasutras lésbicos como aquele que Flávio Furtado escreveu há 2 ou 3 anos (na altura escrevi que me parecia mais dirigido a curiosos do que a lésbicas). Vale a pena ir à secção LGBT da Fnac comparar os livros e aproveitar os conselhos da Condessa sobre flirt que lá, segundo dizem, é um sítio bom para encontros imediatos de 1º e 2º (de)graus;
3. Preservativo feminino (interno) lubrificado;
4. Brochura da Ilga Portugal sobre sexo seguro entre raparigas;
5. Luvas (dentro do saco de plástico, obviamente, por causa dos micróbios);
6. Non c'est non, escrito por Irène Zeilinger (um ensaio sobre as mulheres e a violência).
As duas amigas francesas (uma delas "ilustre" activista LGBT) que apareceram obrigaram-nos a praticar o francês e o inglês, que acaba por ser mais divertido, sobretudo, quando há coisas que nem se consegue explicar bem na nossa própria língua. ;-)
Como éramos apenas 7 a amostra não é significativa, mas apenas uma das tertuliantes afirmou praticar sexo seguro com raparigas (mesmo com a namorada). Material usado nas brincadeiras: luvas (podem ser daquelas que se compram na farmácia e que vêm em grandes quantidades para quem gosta de brincar muito) ou de látex pretas (porque é mais chique), lubrificante, e preservativo ou película (daquela glad para embrulhar alimentos perecíveis) para sexo oral.
O sembikini está a estudar a hipótese de lançar roupa interior segura, para que a pessoa possa fazer sexo seguro sem precisar de se despir de complexos.

E os heterossexuais?
1. Um rapaz paga cerca de €5 por um dental dam, usa película glad, ou corta um preservativo ao meio para fazer sexo oral à rapariga? Pergunto-me, aliás, quantas terão a sorte de ter namorados que gostem de lhes fazer sexo oral.
2. Um rapaz usa uma luva para penetrar a namorada com os dedos?
O sembikini colocou mini-câmeras, daquelas muito discretas que se colocam nas lâmpadas, em algumas casas portuguesas e descobriu que:
1. os rapazes preferem usar quase sempre a pilita;
2. é por isso que cada vez mais raparigas se tornam lésbicas, é que às tantas aquilo enjoa um bocado;
3. os poucos que fazem sexo oral às namoradas fazem tudo au naturel;
4. os que penetram as namoradas com os dedos também o fazem au naturel;
5. relativamente a sexo anal, o assunto merece um tratamento mais cuidado num outro post.

No fórum da ex-aequo descobri muitas meninas mentirosas, 33,33% que afirmam praticar sempre sexo seguro. Não consigo confirmar a percentagem correcta/actual porque eles baniram-me temporariamente do forum por ter escrito "beach", palavra foneticamente muito parecida com "bitch" que era, na realidade, o que eu gostaria de ter escrito. Vá lá que a administração do fórum teve a cortesia de explicar o motivo:
"Estas tuas frases:
«(...)beach (foneticamente é o mais parecido que consigo arranjar sem que corra o risco de voltar a ser adulterado pela censura/moderação)
(...)P.S. - Se me oltarem a ubstituir alavras scritas or im uro ue assarei a screver ssim omo ugeriu Aria Elho da Osta e se e erguntarem orquê espondo omo la: «Ecidi escrever ortado; poupo assim o rabalho a quem me orta.»
demonstram desrespeito pelos outros, quebrando essas mesmas regras, com as consequentes sanções.":


Sanções à parte, o que é que eu penso das lésbicas praticantes de sexo seguro? Que são como a maioria dos católicos: Não praticantes. Sabem porquê? Porque não andam com estes materiais todos atrás e porque confiam que tendo uma relação estável (seja lá o que isso for na cabeça de cada um) estão imunes a infecções e a doenças venéreas.
O primeiro passo para termos acesso a materiais dignos de se usar (e não materiais confeccionados por nós: espera aí querida, vou só ali buscar uma tesoura para cortar este preservativo ao meio) é admitirmos que os materiais que temos não são viáveis nem tecnica nem monetariamente.
Há mesmo meninas que vão mais longe e justificam-se assim:
"Não pratico sexo seguro porque estou numa relação estável". Quanta candura... Então e se eu estiver numa relação estável com uma pessoa que já teve inúmeros parceiros sexuais e que nunca fez rastreios?
A essas meninas gostaria de lhes perguntar:
Entram automaticamente numa relação estável a partir do primeiro dia em que vão para a cama com a pessoa que dizem amar?
E quando ainda só namoravam com ela havia uma semana, faziam sexo seguro? Se sim, a partir de que momento é que deixaram de o fazer e a relação passou a ser estável?
Admitam que nenhuma lésbica neste país faz sexo seguro. Deixem mas é de ser falsas e vão apanhar bikinis!
Ainda há pessoas que acreditam em relações de risco e relações imunes, mas o que há são comportamentos de risco.
Ainda não há data marcada para novos chás, mas penso que os próximos irão decorrer na praia (para onde foram quase todas as que se baldaram ao chá). É mais refrescante, não temos de consumir nada se não quisermos (sugiro que consumam a caipirinha que um boy anda a vender na praia), e além disso podemos estar mais sem bikini (gostaram da piada?).

x-pressiongirl

P.S. - Esqueci-me de atribuir o Tea Award (parece que adivinhava porque tinha levado duas saquetas de chá) às duas meninas que chegaram atrasadas. Reformulo o convite para um chá, trazido do coração de Londres, na minha humilde maison.

terça-feira, 10 de junho de 2008

Chá das 5

É já este próximo Sábado!

Por limitação de espaço e porque o número de participantes deverá ser moderado (por se tratar de um encontro informal e porque é desejável que as participantes tenham voz e espaço de interacção) sugiro que enviem um e-mail para sembikini@gmail.com com o vosso nome ou nick (ou de eventuais amigas que queiram convidar) para eu poder ter uma ideia mais clara do número de participantes e enviar o mapa.
Mais informações neste post.
Não tenham falta de chá!

Condessa X

P.S. - O sembikini ainda está a discutir o cachet a pagar mas, se as negociações correrem bem, iremos ter uma expert estrangeira que partilhará informações e dicas interessantes. ;-)

domingo, 1 de junho de 2008

Falta de chá?

Sim, temos muita.
Tenho o prazer de informar que o "chá das 5" ressuscita depois de quase 3 anos de coma. Será no Sábado dia 14 de Junho, às 5 da tarde, obviamente.
Apesar de ostentar um título propositadamente pomposo, o "chá das 5" não é mais do que uma amena tertúlia descontraída e informal que tem como finalidade pôr em contacto lesbo-feministas (ou só lésbicas ou só feministas) que gostem de partilhar ideias daquelas que não se partilham bem pela internet. É um encontro tête-a-tête (atenção tête não significa maminhas, vá já a correr para o dicionário francês-português) em que se abordam os mais diversos temas ligados ao universo feminino e lésbico.

(imagem gentilmente cedida por Daniela B, que é apenas feminista ;-P)

O tema deste chá será o sexo (in)seguro entre raparigas (há algures neste blog um post sobre isto, não há?). Tragam coisas giras que gostassem de partilhar com as demais tertuliantes, livros, preservativos femininos, e tudo o que considerem ser material interessante para o debate.
Este chá é uma "praia" reservada exclusivamente a raparigas. Excepcionalmente, consoante os temas propostos para os chás seguintes e a receptividade das participantes, outros chás poderão ser abertos à participação masculina.
De seguida, proponho uma breve visita a alguns espaços de interesse afim de fazermos trabalho de campo sobre o que existe agora (volvidos 3 anos desde o último chá) e o que é comercializado nas casas da especialidade, vulgo sex shops, em termos de sexo seguro (para raparigas).

"Ai, mas que horror, então vocês estão a discriminar os rapazes?"
Já num dos meus primeiros posts "Recorde no gaydargirls - L word e G word" falei disto.
Os rapazes têm a maçonaria, as casas de meninas, o gaydar boys sempre lotado, as saunas e agora até a casa de cruising labyrinto só para eles. Podemos ao menos ficar com o chá?

O ponto de encontro será às 16:45 na saída de metro da Baixa-chiado (a saída em frente à Brasileira). Daí partiremos para o espaço lesbo-feminista, que terei o cuidado de divulgar, somente, mais perto da data. Às meninas que se atreverem a chegar atrasadas será atribuído, simbolicamente, o nosso "Tea Award" em forma de saqueta de chá. E não fiquem contentes se o receberem, pois ficar com o "Tea Award" é sinónimo de falta... de chá.

Condessa X

P.S. - Pedido de informações e eventuais sugestões serão bem recebidas no e-mail sembikini@gmail.com

terça-feira, 29 de abril de 2008

Sem Bikini

pensei inicialmente em criar um blog porque achei que seria bom praticar a escrita agora que o novo acordo ortográfico está em aceso debate. Depois mudei de ideias. Os linguístas e os políticos que se entendam primeiro.
O blog era para se chamar "brassières flottants" (soutiens flutuantes), numa alusão à história das feministas que teriam queimado os seus soutiens nos anos 60 (eu não estava lá para confirmar se realmente os terão queimado) e também porque as lésbicas gostam de despir soutiens. Este blog pretende ser um antro de ensaios, divagações e reflexões lesbo-feministas.
Desisti do nome inicial porque além de ser um nome estrangeiro é, também, um pouco extenso.
Optei por bikini, um nome universal e ligado ao universo feminino, mas parece que houve uma saloia qualquer que me roubou a ideia. Não faz mal, acabei por ter uma ideia melhor e inserir a palavra "sem" (olhem que palavra tão portuguesa!) antes de bikini. Melhor ainda que top less.

Condessa X