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quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Encontros Imediatos de 3º grau


Um brinde àquelas que conseguiram chegar ao 3º grau sem passar pelo 2º. A banca dá-te dinheiro extra e tens direito a lançar os dados outra vez:

1. Ir para casa dela?
Nunca sugira você mesma ir para a casa de uma pessoa. Não vai querer tornar-se rude, pois não? Se o convite partir dela e lhe agradar a ideia de conhecer um espaço novo, aceite-o sem hesitações.

2. Ir para a minha?
Conheces os cantos à casa, por isso estás em vantagem. No entanto há duas regras principais (há bem mais porque fazer as coisas com ética dá trabalho) que a anfitriã não pode descurar:
a) Uma casa arrumada e limpa é meio caminho andado para ela se sentir bem no teu espaço;
b) É cordial ofereceres uma bebida, se preferirem conversar mais um pouco a sós (quem é que quer conversar numa altura destas?) mas se a excitação for muita esquece a garrafeira e vai directamente para o quarto.

3. Ir para um hotel?
É a hipótese para quem está longe da sua cidade, partilha a casa com pais conservadores ou tem a casa num caos. Prepare a bolsa!

4. Não vamos para lado nenhum. Ficamos já aqui!
Vocês já ganharam o jogo. Divirtam-se!

As raparigas, regra geral, têm extrema dificuldade em se envolver por prazer. Acham que o prazer deve vir sempre atrelado a um suposto sentimento amoroso, por isso projectam amor a torto e a direito e a coisa normalmente dá para o torto. Há uma explicação para isto: somos mulheres e historicamente nunca fomos autorizadas a buscar nem a ter prazer.
Chegada a este ponto, é esperado que tenha deixado o lado emocional do lado de fora da porta. Só se põe na boca de uma lobinha má quando se quer ser engolida. Autorize-se a divertir-se sem cobrar nada nem a deixar que lho cobrem. Não espere mais do que simples prazer. São livres e não têm qualquer vínculo, estão juntas por um desejo comum. Satisfaçam-no!
Como ainda se estão a descobrir o objectivo é mesmo desfrutarem dessa descoberta. Para que isto resulte bem é bom que se dispa... de complexos, obviamente.
Nada de ser romântica se não busca romantismo. Não há nada pior do que induzir uma pessoa em erro porque há equívocos que custa muito a desfazer. Seja aquilo que pretende: sensual, se busca sensualidade, louca se busca loucura...
Palavras proibidíssimas: amor, relações, futuro.
Carpe diem (ou carpe noctem) é tudo o que se deseja. Seja uma verdadeira argonauta das sensações. Não pense. Sinta a sua própria natureza e o seu próprio corpo a comunicar com outro.



1. Condessa, acha que eu posso ser carinhosa com ela?

Pode. Não pode é dar a entender coisas que não sente.


2. Ai ai, ela está a fazer demasiadas perguntas às quais não sei como responder...

Eu não lhe disse para manterem as vossas bocas ocupadas? Allez!


3. Já amanheceu. devo convidá-la para tomar um duche ou servir-lhe o pequeno-almoço?

Seria muito cordial se o fizesse. É o mínimo que pode fazer com uma pessoa que a divertiu a noite toda. Não seja fria com uma pessoa que a tratou bem, mas atenção, ser cordial não implica ser romântica, ok?


4. Condessa X, e agora? Sinto-me responsável por ela. Se calhar ela é um bocado carente.

Livre-se de chantagens emocionais e veja se cresce. A única responsabilidade que tem é não enganar ninguém.


5. Acho que me arrependi. Sinto-me culpada. Parece que o meu corpo foi usado...

E você não usou o dela consentidamente? Se não tem maturidade suficiente para ser uma lésbica decente não seja lésbica e desapareça deste blog imediatamente que você dá mau nome à classe!


6. Foi muito divertido. Acho que vou querer repetir.

Vai querer repetir a experiência ou vai querer repetir a noite com ela específicamente? Se quer voltar a estar com ela específicamente, sugira isso sensualmente, mas esteja mentalizada que nem sempre as pessoas podem querer as mesmas coisas no mesmo momento. Se assim for, não dramatize nem se faça de vítima. Aprenda a respeitar a vontade e o timming dos outros.
7. Sinto-me vazia por dentro.

Isso é porque empregou muito bem as energias que tinha. Coma qualquer coisa entretanto.


8. Acho que a amo.

Não seja ridícula. Ninguém ama uma pessoa de um momento para o outro. O amor constrói-se no dia-dia não surge de imediato. Além disso, eu não lhe tinha dito já para abandonar este blog imediatamente?



A noite foi estonteante e você é uma mulher que se sabe divertir de forma responsável e está segura do que quer. Não imagina como isso é sensual.


Espero que tenha trazido os óculos de sol. Está um dia lindo, não está? Bom fim-de-semana!



Condessa X

P.S. - Se andas à nora com os graus recua 2 casas e fica 1 vez sem jogar porque vais parar na casa partida e depois vais descansar para a casa do after flirt.

domingo, 21 de outubro de 2012

Encontros Imediatos de 2º grau


Há várias formas de se ter um:
1. - Amiga 1 apresenta amiga 2;
2. - Depois de um flirt animado;
3. - Depois de marcado um date, virtualmente (o pré-flirt).

Mais uma vez, urge ter bem definido aquilo que se quer. Pode parecer menos romântico mas evita equívocos desnecessários. Apenas boa conversa com alguém giro e bem disposto? Um novo encontro? Sexo? Uma relação? Nada de precipitações, o mais importante de tudo é ter bom gosto e bom senso. A pressa não costuma ajudar muito. Não há nada mais infeliz do que se arrepender de ter conhecido ou de ter estado com alguém.

1. Se a amiga 1 acaba de te apresentar a outra amiga (a 2), é indelicado manteres conversa só com ela na presença de outras pessoas. Ah, é PROÍBIDO, e devia dar direito a prisão, fazer conversa com segundas intenções se se tratar de uma "amiga" mais especial da tua amiga 1. Podes não escolher por quem te sentes atraída mas como ser racional escolhes a atitude a tomar e, certamente, a atitude correcta não é tentar captar as atenções de alguém que é especial à tua amiga 1. Esse é o primeiro passo para envenenvar uma amizade.
Lembram-se destas meninas?




Pois é, elas costumavam ser amigas... Moral da história: "Não deixem que uma Carmen qualquer vos estrague as amizades, por mais linda que a rapariga possa ser!"

Ter amigos que servem de pombos-correio pode dar jeito, mas nada melhor do que mostrar uma postura mais adulta e dispensar intermediários, não vá o tiro sair pela culatra.

2. - Depois de toda aquela troca de olhares e sorrisos estão próximas e frente-a-frente. Hey, não vá a correr agora, um bom flirt nunca é nervoso!
Nada de frases feitas. Escolhe as tuas próprias. É o teu estilo que deve ficar imprimido, não o estilo de outra pessoa. Se estiverem num local barulhento evita grandes exposições, opta por frases curtas e neutras. Nada mais desagradável do que passarem metade da noite "O quê? Não percebi!" Não importa falar muito mas transmitir uma atitude positiva.
Jamais fazer perguntas de foro íntimo. Evita falar de trabalho ou perguntar o que faz, se queres saber alguma coisa pergunta antes do que gosta.
A maioria opta por se cumprimentar e dizer o nome. É simpático, mas quem é que quer saber o teu nome agora? Se queres elogiá-la, evita elogiar a aparência. É óbvio demais. Opta por elogiar a atitude, o bom gosto (se estiverem a admirar o mesmo quadro numa exposição), o sorriso ou a forma de dançar, se se encontrarem numa discoteca. Se o elogio partir dela aceita-o com naturalidade. Nada de falsas modéstias. Falar do espaço onde estão também é boa ideia, melhor ainda será se surgir, em conversa, um novo espaço para onde queiram ir.


O que correu bem com estas raparigas? Tinham o poker em comum, gostavam de sexo na mesma medida e Catherine propôs logo um encontro imediato de 2º grau (na grande sala de poker).

O que correu mal? Helena jogou alto de mais para a sua empobrecida bolsa.
Nada de revelar informações pessoais ou iniciar tópicos de conversa depressivos ou demasiado polémicos. Apedrejar a pessoa com perguntas (sobretudo se forem perguntas demasiado pessoais) é um turn-off. Uma simples troca de ideias animadas sobre tópicos que se revelem ser de interesse comum é o suficiente.
Pedir lume é um antigo truque que funciona se a pessoa fumar também (mais saudável mesmo é ninguém fumar), permite observar a delicadeza da pessoa, a cortesia no trato, se o olhar é seguro ou tímido e, eventualmente, proporcionar um ligeiro toque de dedinhos enquanto mergulhas no olhar dela. Pedir lume é ok, mas pedir tabaco é out. A primeira impressão que vão ter de ti é de uma simples crava armada em esperta.

3. - Se o primeiro contacto que travaram foi de forma virtual, é possivel (e desejável) que já tenhas umas ideias sobre a pessoa em questão. Ir às cegas para um blind date não é grande ideia, sob pena de se gerarem equívocos. Quanto mais blind for o blind date, mas divertido ele será, contudo, é importante saberes em que medida a pessoa te interessará. Conversas animadas sobre questões de interesse comum é sempre boa ideia. Ter sempre em mente a tal regra que costuma ajudar: Nada de coisas demasiado polémicas ou depressivas.

Se o interesse se mantiver, apela-se para o contacto físico e para a leve sugestão (é bom estudar a receptividade da rapariga com pequenos "choquinhos verbais" porque as que são menos desinibidas costumam preferir enigmas e quebra-cabeças a propostas mais directas). Se a rapariga se revelar demasiado burra ou inocente aconselho a apelar ao choque directo ou a largá-la de vez. No Pátio das cantigas, Vasco Santana fez-nos ver que chapéus há muitos. A absolutamente fabulosa Patsy Stone arrisca mais: "You can never have enough hats, gloves and shoes".
Pequenos toques delicados durante a conversa e pensamentos mais intímos sussurrados de perto ajudam a perceber o grau de interesse. Obviamente, a postura da pessoa com quem se interage também. Por isso, mais vale ter o gaydar bem ligado.
A maior parte das vezes as pessoas querem o mesmo, por isso a inibição não nos leva a lado algum. Há receptividade? Avança! Se for ela a avançar primeiro nada de se armar em púdica, está completamente fora de moda e é um turn-off daqueles.
Sê aquilo que procuras. Se procuras gentileza sê gentil, se procuras amor, sê amorosa, se procuras educação, sê educada, se procuras sexo, sê sensual.


Ela propôs-me um novo encontro. O que devo fazer?
Sela a proposta dela com um beijo. Isso fará com que ela se apresse, se assim o desejares. O novo encontro que ela acabou de te propôr é, na realidade, o de 3º grau. Se te apetece aceita. Mas se queres fazê-lo agora... não deixes para amanhã o que te apetece fazer hoje. A vida é muito breve e nos tempos que correm é muito fácil haver desencontros. Não acredites no acaso, faz tu mesma... o acaso.
Se, por outro lado, concordares que o econtro imediato de 3º grau se deva desenhar apenas no próximo rendez-vous (ok, não trouxeste a tua lingerie preferida ou estás com o período e achas que é um bocado inconveniente) sela a proposta dela com um brinde soft touch entre os vossos copos, a metáfora são os vossos próprios corpos a brindar.
Cheers!

Depois disto o mais provável é acabarem a noite a trocar mais uns beijinhos, que além de fazer bem à pele é um dos passatempos preferidos da maior parte das pessoas. Melhor mesmo só o encontro imediato de 3º grau (a ser bikinado em breve).

Condessa X


quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Ele é mais bolos



O homem nunca fala e quando fala é para dizer que não fala. Não fala nem nunca falou sobre temas essenciais, e evita pronunciar-se sobre o que quer que seja porque não se quer comprometer com nada.
Não fala sobre BPN, não fala sobre a petição contra o enriquecimento ilicito (de todos os candidatos presidenciais foi o único que não assinou a petição), não fala e por isso merece estar calado para sempre. Não votem nele e ofereçam-lhe um bolo.



Condessa X

terça-feira, 26 de maio de 2009

Passeios livres


Quem mora ou trabalha em cidades grandes sabe que estas estão cada vez mais pensadas à medida das viaturas e não à medida dos peões. Soube, via Spectrum, do movimento passeio livre, que através da iniciativa de aplicar autocolantes nos vidros dos carros (há um procedimento específico, que deverão seguir, caso queiram participar, basta que leiam a secção lateral do blog) visam alertar os condutores desrespeitosos para o transtorno que a falta de cívismo causa aos peões.



Para enviar fotos ou participar com outro tipo de contributos basta enviar um mail para peao.exaltado@gmail.com .
Está a decorrer uma votação no Passeio Livre para que elejam o autocolante que considerem mais apelativo e eficaz.
Sensibilizada com as inúmeras campanhas que promovem os transportes não poluentes e a utilização de viaturas por mais de uma pessoa (não vos choca aperceberem-se que a generalidade das viaturas transporta em média uma pessoa por viagem?), indico para a secção das "praias com ondas grandes" três outros espaços de interesse. O "carpool.pt", o "mobcarsharing.pt" e o "de boleia".



Condessa X

P.S. - A "falta de noção" começa naqueles que são coniventes com o que se passa nas Escolas de Condução Portuguesas, cuja prioridade é sacar o máximo de dinheiro aos alunos, procurando, em vez de formá-los, confundi-los com testes que em nada atestam a sua capacidade de bons condutores.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Os 12 mandamentos lésbicos



1. Não te vestirás como um homem. Não se deve copiar aquilo de que não se gosta.

2. Não amarás a mulher da próxima, muito menos a da tua melhor amiga.

3. Não tentarás “converter” heterossexuais. É de péssimo gosto tentar incentivar alguém à homossexualidade (bem como à heterossexualidade) mesmo que sejamos irresistíveis.

4. Não desatarás ao palavrão só porque estás menstruada ou tens de fazer a depilação. Estas coisas quotidianas fazem parte do nosso orgulho em sermos mulheres. Ah, também já não se usa não gostar de fazer a depilação, está fora de moda! A depilação integral nunca esteve tão in como agora.

5. Não beberás cerveja pelo gargalo. NUNCA! Para além do mau aspecto, é pouco higiênico.

6. Não cuspirás para o chão! (Nem para o ar).

7. Não estarás sempre a gabar-te das conquistas amorosas nem dos teus feitos sexuais. Quando quiseres desabafar com alguém sobre esses assuntos, procura um padre e confessa-te.

8. Não coçarás os tomates (até porque não os tens).

9. Não levantarás a mão contra outra mulher. Se for mesmo necessário contrata alguém para fazê-lo por ti.

10. Não usarás perfume de homem, a não ser que a tua namorada to suplique, mas se ela o fizer leva-a ao psiquiatra primeiro.

11. Não esconderás as tuas fantasias sexuais da tua namorada. Já não se usa ser acanhada que isso também está fora de moda e, além disso, é importante partilhar mutuamente os nossos desejos, por mais esquisitos que possam parecer.

12. Não exagerarás no batôn. É bastante bandeiroso andares aos beijos com a tua namorada e aparecerem as duas com as bocas marcadas, como se fossem palhaços.


x-pressiongirl

P.S. - Ter-me-ei esquecido de algum?

domingo, 5 de outubro de 2008

12 lésbicas na Lesboa

Adivinhem quem é que a Cromossoma XX (soma de X-pression + condessa X) encontrou na Lesboa! Obviamente, as 12 lésbicas! Fui cumprimentá-las e fiz-lhes uma mini-entrevista assim como quem não quer a coisa: Olá, como estás? A gostar da festa? Música boa, gente gira?

(tudo o que doravante aparecer entre parêntesis são falas e pensamentos meus, ok?)

Vítima – (encontrámo-la sentada nas escadas a apanhar ar e a receber festinhas, vindas de uma rapariga que descobrimos ser a Simpática) Vai-se andando. Já encontrei aqui duas ex-namoradas por isso já tenho a noite estragada. Tenho aqui esta amiga a tentar animar-me, ela é muito simpática.

Machona – (encontrámo-la no bar, prestes a ser atendida) Um bocado falida pah, estou farta de pagar bebidas àquela rapariga que está ali sentada e ela ainda nem me deu um beijo. Acho mal pah.

Tímida – (estava sentada numa das mesinhas a beber as bebidas que a Machona lhe ía trazendo). Sim, está muito animada e já conheci uma nova amiga muito simpática que faz questão de me oferecer bebidas sem pedir nada em troca. Adoro pessoas simpáticas, sabem? Hoje em dia as pessoas querem sempre algo mais e eu sou muito tímida para essas coisas. Estou aqui no meu cantinho a beber um bocadinho. É tudo.


Sonsa(encontrámo-la sentada nuns puffs, a conversar com mais 3 amigas) Ah, olá! Nem estou a ligar muito à festa, vim cá com umas amigas só para convivermos um pouco, não estou cá para conhecer ninguém. Aliás como podem ver estamos aqui neste grupinho e nem nos misturamos com as outras, cada uma na sua que eu não gosto dessas coisas de andar para aí no engate. Raparigas giras? Nem estou a prestar atenção, como vos disse estou aqui no meu cantinho a falar com as minhas amigas, nem olho para ninguém, não sou dada a essas coisas que vocês ensinam no sembikini, engates e flirts… não que eu tenha alguma coisa contra mas, pronto, não gosto disso. Sou assim.

Brincalhona – (encontrámo-la abraçada à Desportista) Esperava ver-vos sem bikini. Ahahah. (ai miga, essa piada já cansa!) Está tudo muito animado. As DJ’s são maravilhosas e a performance de Stress foi um arraso. Querem ver o meu bikini? (levou uma chapada da Desportista, que pareceu não achar muita piada)

Simpática – (encontrámo-la a fazer festinhas nas costas da Vítima e a olhar constantemente à volta para ver se encontrava a próxima Vítima) Ah, olá! Vocês são tão queridas, olhem visito sempre o sembikini todos os dias, participo sempre nas votações e acho-vos muito animadas. Se quiserem o meu telefone é… (ela deu-nos mesmo o número de telefone mas nós preferíamos que nos tivesse dado a morada). O quê? Se estou a gostar da festa? Ah sim, a organização da Lesboa pensou em tudo menos nos WC’s não é? Mas pronto como já vim a outras Lesboa já estou habituada a fazer xixi em casa antes de vir e além disso evito beber porque sou eu que levo as minhas amigas para casa e não convém beber porque vou a conduzir… (falou, falou e não respondeu à pergunta, irritei-me e acabei por deixá-la a falar sozinha. Notei que acabou por abandonar a Vítima e foi ter com outra deprimida)

Desportista – (estava abraçada à Brincalhona e rudemente interrompia a conversa para se pôr aos beijos com ela) A festa está muito boa mas eu só tenho olhos para a minha menina. Smmmmmmack (isto foi o primeiro beijo) Já tinha vindo a outras Lesboa mas esta é melhor porque tenho a companhia da minha menina. Smmmmmmack (isto foi o segundo beijo). A música por acaso não tenho estado a prestar muita atenção – smmmmmmmmack (condessa, eu acho que vou bater na desportista, ela está a ser rude) porque tenho estado a ouvir as piadas do meu amorzinho. Smmmmmmmmack (eu juro-vos que vou bater na desportista! “Calma, x-pression, que tolice! Despeça-se da miúda e vamos embora!” Isto foi a voz da Condessa a chamar-me à razão, mas eu não suporto gente indelicada. Será que as lésbicas ficam todas assim tão lamechas e peganhentas nos primeiros dias de namoro?)

Intelectual – (estava sentada nuns puffs com o mesmo grupo da Sonsa, que não parava de sorrir para nós para logo de seguida desviar o olhar. É mesmo sonsa… a dizer que não flirtava nem lançava olhares) Olá queridas! Não sou muito de dançar mas a música está agradável. Estou aqui a tentar falar com as minhas amigas sobre as 3 Marias e a importância da obra delas no panorama literário português mas as minhas amigas estão todas mais interessadas em comentar as raparigas da festa. A Sonsa então… só sabe atribuir notas de 1 a 10 a cada rapariga que passa por nós. Não têm conversa nenhuma, credo! Ah sabem que mais? Eu vou com vocês para as entrevistas, pode ser? Sabem o que eu mais gosto na Maria Teresa Horta? (e continuou a falar sobre as 3 Marias, que temos de escrever um post decente sobre as Novas Cartas Portuguesas, que devíamos ter escrito um post mais elaborado sobre o Congresso Feminista… perdi a paciência: oh intelectual, já chega, ok?)

Obsessiva – (encontrámo-la junto à cabine da DJ a tirar-lhe fotos) Eu sempre tive um fraquinho por esta DJ, ela parece-se tanto com a minha última ex. Não percebo por que é que ela não fala comigo quando põe os phones longe dos ouvidos. Oh, ela é tão linda. Não saio daqui sem o número dela! (a organização da Lesboa acabou por repreendê-la por estar a fotografar a DJ sem o consentimento dela. Nós fugimos de seguida só para evitar que a Obsessiva se lembrasse que alguma de nós pudesse ser parecida a alguma das suas ex)

Artística – (estava a dançar perto da Diva e a tirar fotos da festa ao mesmo tempo) Ai, deixem-me tirar uma foto com vocês! Ai não ficou bem. Vamos lá outra! Então, Condessa, esse sorriso? Vai gastar-me as pilhas da máquina! Pronto acho que esta ficou melhor. Ai, x-pression, ficou com os olhos fechados. (Ai fiquei óptima, darling, agora responde à pergunta para irmos dançar um bocadinho, sim?) Estou a gostar imenso da festa. Isto está cheio de gente simpática. Tenho andado aqui a tirar umas fotos e até trouxe a máquina de filmar. Tenho andado a filmar coisas que vocês nem sonham, depois eu vendo o vídeo à organização da Lesboa ou ao Sembikini se vocês pagarem melhor (não, não pagamos). Estão a ver aquelas duas ali? Eh pah, apanhei-as a fazer com cada coisa. Então e nas casas de banho? Instalei lá umas mini-câmeras, e já vi com cada coisa. Dá para perceber o porquê daquela fila imensa porque elas vão lá para dentro fazer coisas umas com as outras. Podiam ir para casa, hein? (se calhar da próxima a organização lembra-se de colocar uns quartos escuros só para o chill out)

Púdica – (assim que nos viu trancou-se no wc porque devia estar com vergonha de ser vista na festa, mas nós apanhámo-la lá fora.)
Ai vocês são do sembikini não é? Nem vos estava a reconhecer. Nem sabia que festa era esta, trouxeram-me para cá e não estou a achar muita graça porque não faz sentido fazer-se festas lésbicas, até porque eu sou uma rapariga caseira. Descobri que a casa-de-banho tinha esta câmera escondida (ih, cacete, ela encontrou a câmera que a artística escondeu no wc) é por isso que eu não gosto destas festas do demónio e porque eu até sou evangélica.

Diva – (encontrámo-la a dançar e a posar para a Artística) Amigas, vocês não deviam estar a entrevistar ninguém, mal dá para falar aqui dentro. A festa está óptima, só vejo gente bonita e animada, a música está uma delícia e a performance foi magnífica. Difícil mesmo é chegar ao bar e pedir alguma coisa. Vamos deixar a conversa para depois, a música está muito alta e entendemo-nos melhor a dançar. Shall we?


x-pressiongirl

P.S. - As ilustrações são cortesia de Tattts, que em breve partilhará connosco a sua visão das 12 lésbicas. A visita à sua galeria é obrigatória.

P.S. 2 - Quem apanhou a festa a meio pode recuar no tempo.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

12 lésbicas - after date

Quis saber como tinha corrido o blind date e perguntei-lhes:
Como vos parecia ela no início?
Onde se encontraram?
Como correu o date?
Com que impressão ficaste dela no final?
Vão voltar a ver-se?

Vítima – Ela parecia uma rapariga muito doce, escutava-me sempre que eu precisava de desabafar e decidimos combinar um encontro. Fomos dar um ameno passeio no Parque Eduardo VII. Ela estava constantemente a tocar-me e a abraçar-me, fartou-se de me dar dicas e quando eu tentei avançar com um beijo ela disse que eu estava a interpretá-la mal. Só me acontecem destas. Fiquei com a impressão que além de sonsa ela finge ser simpática só para as pessoas falarem bem dela. Ah, eu gostava de voltar a vê-la porque apesar de tudo ela parece ser uma boa ouvinte.

Machona – Acho que ela precisa de alguém que a proteja das lésbicas cabras que andam por aí. Parece um bocado tímida e tem cá umas mamas… Encontrámo-nos num centro comercial e tudo parecia estar a correr bem até que eu decidi ir à casa-de-banho atrás dela. Ela pareceu-me um pouco nervosa e disse que tinha de se ir embora em breve. Insistiu que queria ir de metro, mas eu voluntariei-me para levá-la a casa no meu carro. Fiz questão de me certificar que ela entrava no prédio, só para ficar a saber onde mora. Vou telefonar-lhe mais logo para saber se posso voltar a vê-la amanhã.

Tímida – Pareceu-me muito prestável e perante a minha indecisão tomou a iniciativa de escolher um sítio, por sinal, bem movimentado para que toda a gente nos visse. Odiei. Fiquei iludida pelas fotos que ela tinha da Angelina Jolie e devo ter-me mentalizado que ela seria parecida. Nunca mais me encontro com ninguém que não tenha foto. Eu devia ter desconfiado que ela era uma machona quando me perguntou o número do meu soutien. Não parava de me agarrar as mãos e elogiar o meu bonito sorriso. Entrei em pânico porque não conseguia dizer nada e então tive a ideia de lhe dizer que ia à casa-de-banho, sendo que a minha intenção era fugir dela. Quando olhei para trás notei que me seguira até à casa-de-banho. Disse-lhe que me estava a sentir mal e que ia para casa. Ela insistiu para que eu a deixasse levar-me de carro. Disse que não, mas ela agarrou no meu braço com tanta força que fiquei com medo e deixei-a levar-me. Felizmente dei a morada da casa da minha avó, que ficou surpreendidíssima com a minha visita. Acho que amanhã vou mudar o número do telemóvel porque a gaja não pára de me chatear.

Sonsa – Percebi que a gaja queria festa porque foi logo bem clara no início. Achei-a demasiado confiante e isso assusta-me um bocado. Também a achei convencida e isso enerva-me. Inventou que me queria levar para ver dança do ventre, olhem só o truque dela! Como se alguém fizesse dança do ventre profissional aqui em Portugal… Encontrámo-nos no cabaret Maxime e curtimos numa das mesas mais escondidas, ainda que só eu parecesse ter a preocupação de poder ser vista. Ela passou o tempo todo a fazer-se a mim e eu acabei por me deixar influenciar pela doidice do momento e pelo álcool que ela me ia incentivando a tomar, porque a minha intenção era mesmo tomar só um copo e vir-me embora. Basicamente, ela embebedou-me.
Fomos para a casa dela a seguir porque apesar da minha namorada estar fora em trabalho e de eu lhe ter dito que morava sozinha, alguma coisa podia correr mal como daquela vez em que uma tipa estúpida me perguntou por que é que eu tinha duas escovas de dentes na prateleira da casa-de-banho. Não lhe contei que tenho namorada porque ela podia ficar chocada comigo e provavelmente ia andar por aí a difamar-me. Acho mal as pessoas terem relações liberais, só consigo conceber relações sérias e fechadas. Isto que aconteceu foi um mero deslize e não voltarei a contactá-la.

Brincalhona– Achei-a demasiado atraente porque gosto de mulheres musculadas e de porte atlético, ainda por cima faz bodyboard e anda de skate e eu gostava de começar a praticar desportos radicais. Encontrámo-nos num bar que ambas costumamos frequentar e até acho que já a tinha visto por lá. Foi muito divertido porque como a música não estava muito alta deu para nos rirmos um bocado. Percebi que ela só queria sexo e decidi testar a paciência dela. Fiz-me de difícil, mas assim que ela me começou a fazer cócegas, não consegui conter-me. Fiquei interessada em ver a prancha dela, mas ela achou melhor irmos para a minha casa. Não lhe mostrei prancha nenhuma, mas mostrei-lhe outras coisas que ela muito apreciou. Penso que vou contactá-la em breve, é óptima na cama e estou ansiosa por aprender a fazer bodyboard.

Simpática – Achei-a um bocado depressiva, mas como gostávamos do mesmo tipo de música resolvi dar o benefício da dúvida. Além disso parecia-me engraçadinha. Enganei-me redondamente, as fotos que ela tinha não eram actuais e não gostei muito do estilo dela. Fartou-se de falar na ex e eu, para ser simpática, dei-lhe o meu ombro para a consolar um bocado. O quê? Ela disse isso? Não eu não me fiz a ela nem sequer lhe dei dicas nenhumas. O que aconteceu é que eu acho que a rapariga interpretou mal o abraço que eu lhe dei e tentou beijar-me. Não lhe disse que não fazia o meu estilo porque não quis ser indelicada com ela. Vou limitar-me simplesmente a responder às mensagens que me continuar a enviar, mas irei sempre declinar todos os convites que me voltar a fazer. Hei-de vencê-la pelo cansaço, eu sei que não é lá muito simpático, mas eu também não sou.

Desportista – Pareceu-me engraçadinha pelas fotos e muito bem disposta. Não me enganei, ela até era gira, mas no bar onde nos encontrámos já me estava a passar com tanta piada sobre loiras (é, eu colori o cabelo com tons alourados para me dar um ar assim mais de surfista) e decidi partir para o ataque, comecei a acariá-la e ela começou a rir desalmadamente como se eu lhe estivesse a fazer cócegas. Decidi calá-la com um beijo e a rapariga, mais tarde, sugeriu que fôssemos para minha casa porque queria ver a prancha (se calhar não lhe devia ter mentido). Inventei que a minha irmã estava a passar uns dias em minha casa e acabámos por ir para casa dela onde tivemos muito bom sexo. Gostava de voltar a encontrá-la, mas já vi que primeiro vou ter de comprar a porcaria da prancha.

Intelectual – O perfil dela despertou-me a atenção porque percebi que era uma pessoa ligada às artes. Gosta muito de literatura e frequenta sítios interessantes. Falámos bastante antes de marcar este encontro. Marquei com ela na Gulbenkian, que é um sítio onde gosto de levá-las, só para impressionar um bocadinho. Deitadas na relva do jardim fumámos uma erva que ela trouxera. Admito que não sou dada a erva, mas tinha de causar boa impressão e não queria dar um ar demasiado betinho. Fartei-me de tossir, acho que ela topou que eu não fumo. Fiquei um bocado desiludida quando ela me disse que não conhecia Judith Butler nem Gloria Steinem. Felizmente nem tudo é mau e já leu o “Segundo Sexo” de Simone de Beauvoir. Não faz mal, é uma questão de tempo. Se continuarmos amigas talvez possa pensar numa relação mais séria.

Obsessiva – Achei-a um bocado envergonhada porque não se abriu muito e nem tinha fotos no gaydar. Disse que era professora e tinha receio que alguma das suas alunas divulgasse o perfil. Arrisquei um encontro e felizmente ela era gira. Foi penoso marcar este encontro porque a gaja parecia só querer cybersex, ainda por cima sem cam. Mas pronto, acho que no início até correu bem, falámos imensamente mal das nossas ex, apesar de ela inicialmente ter dito que não era lésbica e que só tinha curiosidade.
Encontrámo-nos numa esplanada para os lados da Graça, escolha dela. No final do encontro voltou a dizer-me que afinal era heterossexual e eu achei que ela estava a gozar da minha cara. Tive o cuidado de anotar mentalmente a matrícula do carro dela e quando menos esperar terá os 4 pneus em baixo.

Artística – Ela elogiou muito as minhas fotos artísticas e como gosta de literatura fiquei com vontade de lhe mostrar uns poemas. Sugeriu que nos encontrássemos na Gulbenkian. Levei uma ervinha deliciosa mas ela pareceu não gostar muito porque engasgou-se várias vezes. Está sempre a falar de livros que leu e para contentá-la disse-lhe que tinha lido o “Segundo Sexo”, de Beauvoir. Se calhar é melhor lê-lo mesmo, não vá dizer alguma asneira num próximo encontro. Gostaria de lhe ter dado uns beijinhos e eventualmente ter ido para a cama com ela, mas ela pareceu-me um pouco mais conservadora e penso que neste momento só está empenhada em relacionamentos sérios. Talvez fiquemos amigas, um pouco coloridas seria o ideal.

Púdica – Como eu não ando no engate não sou de meter conversa com ninguém. A rapariga é que se meteu comigo e ao fim de umas semanas a teclarmos no messenger achei que já nos conhecíamos um pouco melhor para irmos tomar qualquer coisa. Por mim teríamos ficado só ali pela conversa, mas a rapariga insistiu tanto que não quis contrariá-la. Comprei uma lingerie fantástica para a ocasião, não que quisesse ter alguma coisa com ela mas porque gosto de me sentir confortável. Inicialmente ela começou a enervar-me porque estava sempre a pressionar-me para que lhe enviasse fotos, coisa que nunca fiz porque a Internet é perigosa. O quê ela disse que fizemos cybersex? Não, nunca fiz cybersex com ela nem com ninguém, aliás nem sei ao certo o que significa isso. E além do mais eu nem sequer tenho webcam!
Encontrei-a numa esplanada para os lados da Graça. Não lhe achei muita graça fisicamente quando a vi, mas fui ter com ela por consideração às conversas que tivemos durante quase dois meses. Como a achei desinteressante fisicamente e não o quis dizer directamente inventei que voltara a sentir-me heterossexual. É óbvio que não tenciono voltar a encontrá-la porque achei-a feia. Já viram mesmo a trabalheira que esta porcaria dá? Já a bloqueei do meu messenger mas agora ainda falta mudar o número de telefone e fazer mais outro perfil no gaydar, só naquela, mesmo até porque eu não procuro nada que não seja pura amizade.

Diva – Normalmente encontro-me só com outras divas, mas às vezes sou “enganada” por simpáticas, sonsas e brincalhonas com algum talento e que, por vezes, conseguem fazer-se passar por divas. As outras eu detecto mais facilmente e descarto-as ainda antes de entrar em qualquer tipo de diálogo. Ela pareceu-me bem gira e descomplexada, portanto decidi ir directa ao assunto. Resultou porque meia hora depois já estávamos lá. Na verdade, eu queria ter ido a um sítio com umas almofadas muito confortáveis enquanto assistiríamos a dança do ventre, mas ela achou melhor irmos para o Maxime. Escolheu precisamente a mesa mais escondida que havia lá. Parecia que estávamos numa competição porque ela também não parava de me provocar e fui eu quem, de facto, tomou a iniciativa. Quando já estávamos por demais excitadas e achámos que não era boa ideia continuar naqueles sofás ela sugeriu que fôssemos para minha casa. Sugestão amplamente aceite, mas ainda assim com algumas reticências. Por que se convidava ela mesma a vir para a minha casa ao invés de propor irmos para a dela, já que me dissera que também morava sozinha? Acho de mau tom fazer-se de convidada para minha casa, quando também ela mora sozinha.
Por acaso achei-a um bocado estranha, agora que penso nisso, as coisas que dizia nem sempre se coadunavam com a postura dela. Ainda assim tivemos uma noite de sexo fantástica que eu gostaria de repetir. Penso que vou telefonar-lhe em breve a propor a repetição da noite anterior. Se ela quiser, será ouro sobre azul, se não que mo diga logo directamente porque eu não sou de perder tempo.


E agora já dá para perceber o quebra-cabeças do "quem se encontrou com quem"? Tentem mais uma vez para isto parecer mais divertido porque a história não acaba aqui. É que elas ainda vão interagir em muitos mais sítios. ;-)


x-pressiongirl

P.S. - Quem precisar de refresh pode recordar-se do perfil de cada uma delas aqui.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

12 lésbicas - o blind date

As 12 lésbicas fizeram um perfil no gaydargirls e parece que amanhã vão conhecer uma amiguinha nova. Elas disseram-me: “Fiz um perfil no gaydargirls. Tenho trocado mensagens com algumas raparigas e amanhã vou ter um blind date".
Então eu coloquei-lhes três questões: "1. Como parece ser ela? 2. Onde vai ser o encontro? 3. Apenas uma soft drink, sexo, ou relacionamento?"

E elas responderam:


Vítima – Parece ser uma rapariga frágil e muito doce, escreve muitas palavras carinhosas e tem um ar fofinho. Combinámos à porta dos Armazéns do Chiado. Se tudo correr bem, talvez possamos apostar numa relação.


Machona – Acho que ela precisa de alguém que a proteja do mundo. Pelas fotos parece tímida e insegura, mas tem um corpinho bem bom. Eu sugeri ir buscá-la a casa, mas ela disse que preferia que nos encontrássemos num centro comercial. O ideal seria uma relação, mas se não der, ao menos que me valha uma noite de sexo.


Tímida – Parece muito simpática e afável. Falámos imenso sobre cinema e descobrimos que temos gostos em comum. O encontro vai ser num barzinho pacato que fica a meio caminho de nossas casas, somos praticamente vizinhas. Acho que vai ser só mesmo uma bebidinha porque eu só procuro amizade. Mas vou provocá-la e esperar que seja ela a tomar a iniciativa.


Sonsa – Penso que ela é bem-disposta e espontânea. Pelas fotos parece engraçadinha. Já lhe dava uns beijinhos, mas palpita-me que vai ser mais uma que vai andar a massacrar-me com mensagens. Vamos encontrar-nos num bar de jazz que ambas conhecemos. Não sei muito bem ainda, talvez possamos curtir, mas não quero parecer muito interessada, pelo sim, pelo não vou usar aquelas cuecas novas de fio dental com aquelas meias de ligas super sexy.


Brincalhona – Vejo-a como uma pessoa um pouco deprimida e que precisa de alguém para a animar e ajudá-la a passar esta fase difícil que é o fim de um relacionamento longo. Achei-a divertida por causa das montagens e dos desenhos que tinha nas imagens do perfil. Sugeri que ela me procurasse em cima de uma das árvores da Avenida da Liberdade, mas ela achou que era melhor ideia tomarmos café numa esplanada. Ah, sexo não seria nada mal pensado.


Simpática – Achei-a um bocado depressiva, mas como gostamos do mesmo tipo de música resolvi dar o benefício da dúvida. Além disso é gira à brava. Como quis ser simpática deixei ao critério dela a escolha do sítio e ela disse que podia ser na Fnac, acham normal? Apetece-me só sexo, mas se lho disser directamente acho que ela vai afastar-se por isso vou fingir que quero investir numa relação.


Desportista – Fiquei com a sensação que ela é o tipo de rapariga que também gosta de desportistas. Quando me disse que andava de patins, fazia bodyboard e não frequentava ginásios fiquei aterrorizada com a perspectiva de ela vir a descobrir que eu passo metade da minha vida enfiada no ginásio. Não lhe vou contar isso, obviamente. Sugeri que nos encontrássemos na Sport Zone, a pretexto de comprar uma nova prancha de surf. Vou impressioná-la porque vou levar a mais cara que houver. O ideal para mim neste momento seria só uns beijinhos porque estou com o período.


Intelectual – Ela parece-me uma pessoa muito interessante. Também gosta muito de literatura, mostrei-lhe o meu blog e estive a ver também o dela. Não escreve tão bem como eu, mas ainda assim parece ser muito inteligente e culta. Vamos encontrar-nos na Gulbenkian para tomarmos um café e depois vermos a nova exposição. O ideal será uma boa conversa, quem sabe mais adiante possamos ter uma relação.


Obsessiva – Ah, ela é fixe. Trocámos logo o msn e os telefones e temos falado todos os dias, é quase como se já fôssemos namoradas. Estou ansiosa pelo nosso encontro. Fiquei de ir buscá-la a casa, assim aproveito logo para saber onde mora. Quero uma relação porque estou farta de estar sozinha. Ao menos quando estamos numa relação temos sexo garantido.


Artística – Ela gostou muito das minhas fotos artísticas e dos meus poemas. Elogia muito a minha capacidade artística e isso agrada-me bastante. Combinámos encontrar-nos no Chapitô porque eu moro perto do Castelo e ainda queria mostrar-lhe uns desenhos que fiz e que tenho cá em casa. Logicamente, o ideal seria uma relação, mas se não der, o sexo é bem vindo com certeza.

Púdica – Acham que eu tenho perfil no gaydar? Pronto, ok eu admito que fiz um perfil, mas foi só há coisa de duas semanas e foi só por brincadeira para ver como era. Nem sequer tenho fotos. Não é que me considere feia ou desinteressante fisicamente mas não gosto de me expor e não quero que as pessoas saibam que eu fiz um perfil num site de engates porque eu gosto de conhecer as pessoas normalmente. Como ela também não tinha fotos no perfil achei que também teria interesse em manter-se no anonimato e marcámos um encontro numa esplanada, na Baixa. Eu mato a cabra se ela divulgar a minha identidade. O ideal para mim é só uma bebidinha mesmo. Não sou de me envolver com desconhecidos. E sim, é verdade vou levar a minha lingerie nova, mas é só para me sentir confortável porque como já disse não me envolvo com desconhecidos.


Diva - Eu não vou ter nenhum blind date amanhã. Eu vou encontrar-me com ela daqui a meia hora porque eu não deixo para amanhã o que me apetece fazer hoje. Pareceu-me uma pessoa confiante, bem disposta e com um humor aguçado. A avaliar pelas fotos tem um ar sensual, espero que as fotos sejam mesmo dela. Vamos encontrar-nos num bar marroquino onde fazem dança do ventre e se tudo correr bem, depois disso, iremos directas para minha casa. Não planeio nenhum relacionamento sem primeiro saber como funciona a pessoa na cama e até mesmo fora dela. O ideal neste momento será, sem dúvida, uma tórrida noite de sexo. Depois disso o que vier é lucro, mais sexo, amizade, relação… whatever.


x-pressiongirl

P.S. - A continuação da história já está escrita. Alguém tem um palpite sobre quem vai encontrar-se com quem? Escrevam bikinis! Alguém quer trazer desenhos alusivos ao blind date? sembikini@gmail.com
Se ainda não estiver familiarizad@ com as 12 amigas, pode visitá-las aqui na casa partida.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

12 lésbicas em acção - namorada aprecia bartender

As amigas estão apreensivas porque a namorada acaba de comentar a bartender:

“A minha namorada acaba de me dizer que acha lindíssima a rapariga do bar”

Vítima – Não tenho mesmo sorte nenhuma, eu. Já vi que me vai deixar por qualquer saloia que lhe dê trela.

Machona – A minha namorada não se atreveria a dizer-me uma coisa dessas!

Tímida – Não sei o que lhe dizer. Acho que nem merece resposta. Finjo que não ouvi.

Sonsa – Vou esforçar-me para que a gaja do bar repare mais em mim do que na minha namorada.

Brincalhona – Já curti com ela há uns tempos antes de te conhecer. É muito fraquinha de cama e andava sempre bêbeda, tadinha.

Simpática – Queres que eu vá lá dar-lhe o teu número de telefone?

Desportista – Olha bem para o corpo dela, é magra que nem um pau.

Intelectual – Não percebo o que vês tu no pessoal da noite, não têm conversa nenhuma.

Obsessiva – A minha namorada nunca expressa verbalmente essas coisas, mas eu sei para quem ela olha e leio-lhe os pensamentos. Eu vou dar cabo da gaja do bar se a apanhar a olhar para aqui.

Artística – Começo a sentir-me inspirada para escrever lamechices.

Púdica – A minha namorada sabe que uma brincadeira dessas pode custar-lhe a nossa relação. Não admito que olhe para outras da mesma forma que olha para mim.

Diva – Perfeito. Acho-a lindíssima também. Talvez fosse boa ideia começarmos a flirtar as duas com ela, quem sabe ela não alinhará num ménage.

x-pressiongirl

P.S. - Quem ainda não conhece bem as 12 amigas, pode encontrá-las aqui.

P.S. 2 - Ainda não tenho os desenhos das lésbicas todas. Acho que amanhã vou, finalmente, visitar o meu Pai e Santo e rezar um bocadinho.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

O flirt - 12 lésbicas em acção

As amigas estão tristes porque o flirt não correu lá muito bem. Elas explicaram-me o que aconteceu:

"Os nossos olhares cruzaram-se várias vezes, intercalados por sorrisos abertos. A rapariga estava a flirtar comigo e decidi avançar. Começámos a falar e quando lhe perguntei se ela costumava vir a esta discoteca ela disse que sim, que vem sempre com a namorada. Então flirta comigo daquela forma e depois diz-me que tem namorada??? Interpretei isto como? Como um corte radical, talvez. O assunto morreu ali mas eu fiquei a matutar na cena.”

Vítima – As pessoas estão sempre a iludir-me. As lésbicas adoram enganar-se umas às outras.

Machona – Gostava de ver as trombas da tua namorada. Não deve ser lá muito certa de deixar uma rapariga sozinha enquanto vai buscar as bebidas.

Tímida – Eu não cheguei a ir ter com ela. Saí da discoteca um pouco arrependida por não lhe ter falado, mas acho que ela é que devia ter tomado a iniciativa de vir falar comigo. (Pois é, amiga, duas tímidas não vão a lado nenhum)

Sonsa – Olha a cabra a usar a minha técnica. Há-de pagá-las. (Adoro quando duas sonsas se encontram e provam o veneno uma da outra).

Brincalhona – Desculpe desiludi-la, mas eu confundi-a com outra pessoa. Agora que estou a vê-la melhor é que percebo que preciso mesmo de mudar as lentes.

Simpática – Permita-me dizer que a sua namorada tem imenso bom gosto.

Desportista – Eu sabia que devia ter vestido aquele top. Sim, aquele mesmo, o que me realça os músculos. (humm, não sei se era bem isso, se calhar devias era ter tomado aquele duchinho)

Intelectual – Fufa tonta. A fazer-me crer que estava interessada em conversar comigo.

Obsessiva – Oh, a sério, tens namorada? Mas olha, podemos trocar contactos e combinar café um dia destes sem ela saber!

Artística – Tonta. Se soubesses os poemas lindos que eu iria escrever-te arrependias-te agora.

Púdica – Eu não meto conversa com desconhecidos. Eu só procuro amizade e, além disso, os contactos que se fazem na noite e na Internet não são válidos. (púdica, não me diga que anda a conhecer lésbicas na mercearia...)

Diva – Eu interpretei a frase dela como um convite para um ménage, resta-me saber se a namorada é tão gira como ela. Apesar de não usar a fórmula “costumas vir a este sítio?” não sei o que me deu desta vez. Uma diva também se descontrola às vezes, hein?
Eu sei que há muitas raparigas que sentem prazer em dar cortes, possivelmente, porque têm uma auto-estima muito baixa. De facto, acho que a luz da discoteca não revela a minha beleza real e se é verdade que ela tem namorada e está a flirtar descaradamente com outras raparigas, das duas uma, ou têm uma relação muito liberal e querem um ménage ou então a rapariga é uma cabra e se realmente me deu um corte, ainda bem que o fez agora porque eu detesto as cabras que não mostram logo o que são. Se ela é capaz de enganar a namorada agora, seria capaz de me enganar a mim também se algum dia eu viesse a namorar com ela. As que teriam a coragem de enganar as namoradas para ficar connosco são SEMPRE cartas fora do baralho.

Quanto a vocês não sei... mas eu vou...
Vá, Bom fim-de-semana! ;-)

x-pressiongirl

P.S. - O quê? Ainda não conhece estas 12 amigas? Elas andam sempre por aqui.

P.S. 2 - O sembikini já tem 2 desenhistas oficiais. É bom saber que os desenhos estão a chegar porque eu já estava a ponderar ir visitar o meu "Pai de Santo" para ir rezar um bocadinho. A rapariga que surge desenhada é aquela com a qual as nossas amigas travaram conhecimento. As 12 lésbicas surgem das mãos habilidosas de pretty cool huh, que tem o mérito de imaginar as personagens através dos textos. O sembikini agradece o enorme empenho nesta brincadeira desvairada que já nos valeu tantos elogios como repreensões. É uma honra termos pretty cool huh a figurar na pink list activa do blog pois este é um nome a não perder de vista na cena BD. Vale a pena a visita ao seu deviant art!

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Bed Death

A comunicação dos corpos extinguiu-se porque já não há aquele apetite inicial? Tornaram-se mais amigas do que amantes? A vossa cama morreu, amigas? Em linguagem lésbica diz-se que estão a passar por uma Lesbian Bed Death, que em português soará mais ou menos como "morte de cama".



Vivemos tempos de comida e de dinheiro de plástico, por isso como acham que a sociedade de consumo nos educa a ver as pessoas? Exactamente. Nos tempos que correm, quando alguma coisa se avaria é, ridiculamente, mais fácil comprar-se a coisa nova do que mandar arranjar o objecto antigo. Da mesma forma, procurar uma nova pessoa que nos proporcione todas as emoções da loucura inicial parece mais simples mas já alguém aqui explicou, e muito bem, que isso é uma faca de dois (le)gumes. Aparentemente é mais fácil projectar um novo romance baseado no prazer da nova descoberta do que REdescobrir e REinventar uma RElação que parece não poder evoluir mais. A palavra relação significa precisamente a renovação de laços. E não, a experiência nem sempre é proporcional à maturidade, basta observarmos o escandaloso número de pessoas que têm tanto de experientes como de imaturas.
Passemos de nível neste próximo parágrafo, reciclado a partir de um post antigo que deixei na rede ex-aequo:
Creio que a Bed Death ocorre mais facilmente em casais cuja relação seja longa, por estes motivos que apresento e cujas propostas de REsolução descrevo de seguida:

Envelhecimento e consequente falta de identificação com o outro ou, até, com nós mesmos;

- Cultivar o nosso próprio bem-estar físico e emocional. Não deixar que o nosso físico atrapalhe a nossa performance enquanto amantes dedicadas (por exemplo, uma grande barriga dificulta manobras que se querem ágeis). Sem grandes exageros (é abominavel o tempo que as pessoas passam em ginásios em busca de um corpo perfeito), é importante termos ao nosso lado uma pessoa que se preocupa em ter uma imagem cuidada, não propriamente para mostrar aos outros mas, sobretudo, para se sentir bem consigo mesma.
Tentar conciliar horários entre ambas e fazer caminhada, andar de bicicleta (em Lisboa não é lá muito fácil, mas estes senhores e estes mostram que é possível), nadar e, claro, ter sexo a montes ajuda a queimar calorias e simultaneamente a promover a máxima "mens sana in corpore sano".
Para as pessoas que tenham dificuldades motoras, jogar xadrez, monopoly, ou brincar às barbies (não há melhor exercício criativo a duas). Não queima tantas calorias mas é divertido se passarem à prática as histórias que forem inventando com as bonecas. Imaginem-se a treinar com duas barbies aquilo que vão fazer a seguir uma com a outra. Nice, hein? ;-)

Falta de diálogo franco na relação;

- saber equilibrar as faltas de acordo com democracia e racionalidade, ora cedendo ora fazendo prevalecer a nossa vontade. Pessoas demasiado autoritárias ou demasiado permissivas tornam-se desagradáveis.

- ocultar coisas que se sente e acomular pequenas queixinhas só ajuda a aumentar a desconfiança e a criar inseguranças muitas vezes desnecessárias. Aprender a falar com franqueza e de forma educada tudo o que pensa e, do mesmo modo, estar preparada para ouvir é meio caminho andado para preservar o bom entendimento.

Medo de desiludir ou de perder a companhia;

- promover uma relação plena de novidades (o que a cada dia que passa é mais dificil). Obviamente é mais fácil surpreender uma pessoa com quem estamos há seis meses do que uma que já nos conheça por mais de 5 anos. Mas se a surpresa foi agradável há 5 anos atrás, por que não repeti-la? Flores, bonbons, cartões de crédito (esta é só a brincar, não façam isso!), livros, cd's, pequenas ofertas que sugiram consideração pela pessoa costumam ajudar, mas isto não é nada se não for acompanhado com pequenas atitudes também!!!!
Um banhinho de espuma antes do jantar, uma sobremesa especial, uma ida ao teatro para uma peça que ela realmente desejasse ver, um filme especial, um pic-nic com amigos em comum. É fulcral que não se fechem em quatro paredes, mas que convivam com amigos comuns e privados (até porque são estes que te vão emprestar os ombros se alguma coisa correr mal depois), é importante que os elementos do casal possam dar espaço um ao outro para que se encontrem com amigos particulares sem que haja desconfianças. Todas essas pequenas atitudes, mesmo que já tenham sido tomadas são sempre bem vindas, não importa se já foram repetidas porque quando é delicioso desejamos sempre repetir.

Rotina;

- Só se consegue inovar quando temos a mente aberta. Não creio que haja nenhum truque particular para se fugir à rotina, ela existe sempre, temos é de saber encará-la não como rotina no mau sentido, mas como lucro. Quanto melhor conhecermos uma pessoa melhor saberemos como surpreendê-la e agradá-la agradando-nos ao mesmo tempo. Abrindo o baú mental, libertando-se de preconceitos, lendo, visitando sítios, falando com amigas... há-de encontrar SEMPRE boas novidades, por mais anos que viva.

- Massagens ajudam muito. Não tendo uma banheira de hidromassagem, poupam um dinheirinho para um fim de semana de pequenos caprichos num hotel. Compra um bom óleo de massagem (sobretudo quando não somos especialistas um bom óleo ajuda - especial atenção para os comestiveis, ou melhor, lembíveis), uns massajadores para o efeito, mas atenção que é preciso ter cuidado com as massagens intensivas quando não se sabe muito bem o que é que se está a fazer. Simples brincadeiras como pintura corporal - também com tinta comestivel - é sempre bom, há que lembrar que depois de sujar alguém vai ter de limpar, portanto mudem logo de lençois e tenham atenção às paredes! :-) E por que não experimentar fantasias sado-maso, brincar com chicotes, algemas e dildos?

- Regra de ouro: Não se desleixar em NADA. Ser sempre bonitinha e sorridente, doce como nos primeiros tempos, ser gentil como quando andava a tentar cativar a sua atenção, tudo como no início. Não descurar a depilação ou a apresentação física só por achar que já não tem de impressioná-la. Tem. Sempre. Nada mais desagradável do que sentirmos que a pessoa já não se esforça para nos agradar como no início. Se isto acontece contigo, amiga, oferece-lhe um belo par de patins porque o par de cornos está completamente fora de moda!!!

Stress, cansaço, falta de motivação, problemas profissionais ou familiares;

- Nada de ir a correr para o professor Mustafah porque vai acomular mais dois problemas: o financeiro e o de debilitada saúde mental.

- quando a motivação ou a estima de uma pessoa está em baixo há que reunir todos os soldadinhos e combater arduamente contra esses inimigos perigosos. O diálogo, na tentativa de perceber o problema, é bom porque ajuda à reflexão conjunta e, como se sabe, o problema de um dos elementos significa, na verdade, um problema do casal. Além disso, os especialistas dizem que o sexo é o melhor anti-stress.

Desejo físico ou emocional por outra pessoa;

- as pessoas não escolhem por quem se sentem apaixonar mas escolhem a forma de lidar com isso e escolhem as atitudes que tomam perante essa situação porque são seres dotados de racionalidade. Não há formas simpáticas de se assumir isto à outra pessoa, mas há formas HONESTAS de fazê-lo. A ditadura da monogamia diz-nos que para nos autorizarmos a estar com uma pessoa temos de nos desapaixonar imediatamente da outra. A maior parte de nós sabe, ainda que não goste de admitir, que os nossos nobres corações podem, em determinados momentos, sentir-se divididos porque os sentimentos não são automáticos nem fáceis de catalogar. Erro sobre erro até descobrirmos que afinal não há uma única pessoa perfeita e que, sendo todas imperfeitas, temos a capacidade de aperfeiçoá-las com o nosso olhar que nelas projecta beleza. Se acredita que só há um único amor verdadeiro compreenda o ridículo da teoria: Se Romeu vivesse no outro canto da terra e nem soubesse da existência de uma Julieta, não teriam cada um deles se autorizado a amar mais ninguém?


- se o desejo físico ou emocional recai sobre outra pessoa é importante que haja abertura suficiente para contar isso ao cônjuge/companheira/amiga/amante/namorada, o que quiserem. Naturalmente, se o cônjuge for demasiado ciumento ou inseguro não vai tolerar bem a partilha dessa informação, daí que as pessoas prefiram não dizer nada e fazer as coisas pela calada. Nada melhor do que estar disposto a ouvir tudo, tanto as coisas boas como as más, pelo menos se algo correr mal somos os primeiros a saber! E nada melhor do que estar disposto a contar tudo, mesmo sabendo que essa informação pode ferir a pessoa é melhor dá-la, pois pior mesmo é a pessoa sentir-se enganada depois de feita a asneira!
Caso o cônjuge tenha inteligência suficiente para ouvir tal desabafo sem desatar aos gritos, ameaças ou chantagens psicológicas, há que tentar perceber qual o problema (se é que existe) que só depois de identificado poderá ser resolvido. Se o problema está em si mesmo ou no outro, se a atracção é meramente sexual, se esse factor é por si só suficiente para colocar a relação em causa, entre outros. Há que tentar agir sempre com a máxima diplomacia.

Considerar que já sabe tudo sobre sexo e não há qualquer novidade;

- se uma pessoa acha que já sabe tudo sobre sexo e que isso já não consiste numa grande novidade, então tem um grande problema: ou foi gulosa demais ou tem falta de criatividade. Para isto, creio não haver cura! Há um ditado marroquino que diz qualquer coisa como: "Se o teu mais que tudo é mel, não o lambas todo!" Isto é, guarda uma novidade para amanhã, a gula é um dos pecados capitais.

Discussões constantes ou falta de acordo em questões vitais para a relação;

- a falta de acordo entre o casal pode dar origem a essa Bed Death, como disse anteriormente, às vezes é preciso saber ceder em algumas coisas para se conseguirem outras. As discussões podem ter origem nas mais diversas áreas, daí que o diálogo diplomático seja essencial. Se considerarmos que a pessoa nos desagradou de alguma forma ou às vezes tem atitudes de que não gostamos, nada melhor do que alertá-la logo no início da relação e não deixar isso arrastar-se ao longo dos tempos. Se a pessoa deixa a roupa espalhada pela casa, gasta imenso ao telefone, não é asseada, vasculha as nossas coisas (se faz isto é porque não tem confiança no outro e isto gera instabilidade), ou nunca cozinha para nós é lógico que isso torna a relação frágil, daí a importância de respeitar a convivência e esforçar-se ao máximo para assegurar o bom entendimento. O desrespeito pelo outro é motivo suficiente para que as pessoas não procurem a outra sexualmente e isso deve ser combatido. Portanto um bom banhinho, uma casa arrumada, o respeito pelo espaço do outro, uma atençãozinha especial, são vitais para manter o sexo em ordem.

Para que tudo isto resulte há sempre dois factores exteriores a nós que são deveras importantes: dinheiro (sem isso não podes levá-la a jantar, por exemplo), e tempo, uma pessoa com dois empregos terá problemas em conseguir dedicar-se como gostaria à relação.

Aqui de presente, especialmente para as visitantes góticas, uma belíssima música com um vídeo deveras polémico do grupo Lesbian Bed Death



Desejos de uma óptima Living Bed

x-pressiongirl ;-)

P.S. - Gostaria de sugerir duas visitas:
1. Sobre a durabilidade dos relacionamentos e a sua explicação fisiológica, o blogue Azinhaga da Cidade. A este propósito um delicioso ensaio de Denis Rougemont que, noutro momento, gostaria de divulgar: "O amor e o Ocidente" sobre a forma como encaramos as relações no Ocidente, Tristão e Isolda, Romeu e Julieta, D. Pedro e Inês de Castro, todos parecem amores perfeitos porque morreram antes de se fartarem uns dos outros. Para tornar a coisa mais bonita ainda, tendem a morrer ao mesmo tempo. :-)
2. Sobre a decadência do "amor romântico", o blogue Cuscas das Gajas.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Namorada da amiga - 12 lésbicas em acção

As amigas voltaram com mais uma dúvida. Por enquanto ainda não se conhecem umas às outras porque ainda não descobriram que o mundo é pequeno. Vieram ter comigo e disseram-me:

“Acho a namorada da minha amiga um espanto. E não é que a gaja de vez em quando me dá umas dicas? Ontem enviou-me uma mensagem comprometedora e eu não sei muito bem o que responder.”

Vítima – Pois que venha ter comigo que eu preciso de muito mimo. A minha amiga um dia há-de perceber que as gajas são todas umas cabras, mas também não sou eu que lhe vou dar essa desilusão porque da minha boca não há-de saber nada.

Machona – Que venha a gaja! A minha amiga não sabe como controlar as gajas dela e não sou eu que lhe vou ensinar.

Tímida – Um bocado cabra, esta gaja. Nem sei se deva contar isto à minha amiga.

Sonsa – Vou dizer-lhe que também gosto muito dela, que sinto que estou a amá-la mas que tenho de reprimir o meu amor por respeito à minha amiga. As coisas quando têm um sabor proibido tornam-se mais apetecíveis ainda. Há-de ficar doidinha por mim!

Brincalhona – Tens 5 minutos para te pores aqui ou eu conto tudo à minha amiga! Já se passaram os 5 minutos. Acabas de perder a tua namorada.

Simpática – Tadinha, deve estar a passar uma fase difícil. Vou tentar ser amiga dela também.

Desportista – Eu sabia que os meus músculos iam impressioná-la. Yes!

Intelectual – A minha amiga não merece este monstro. Vou já contar-lhe sobre a bela peça que tem em casa, mas primeiro vou acabar de ler este capítulo.

Obsessiva – Sim, sim, podemos encontrar-nos. Vou passar aí agora na casa da minha amiga para te ir buscar, que eu sei que a estas horas ela está na Faculdade.

Artística – Vou encontrar-me com a gaja, mas vou filmar tudo sem ela saber. Depois ponho o vídeo no youtube para toda a gente saber a cabra que ela é.

Púdica – Eu sei que uma boa amiga não faz uma coisa destas, eu nunca o fiz, mas a minha amiga também já se portou mal comigo e merece uma lição, é por isso que estou de consciência tranquila.

Diva - Eu não tenho os números de telefone das namoradas das minhas amigas, a não ser que sejamos, de facto, muito próximas. Se for esse o caso incentivo a sujeitinha a contar à minha amiga o que se anda a passar pois se ela não o fizer serei eu a fazê-lo. Por muito que custe, as namoradas e as curtes das amigas são “cartas fora do baralho”, não se joga com elas. Há milhões de raparigas no mundo e poucas amigas verdadeiras.

x-pressiongirl

P.S. - Ainda não conhecem bem as amigas? Façam-lhes uma visita, elas moram aqui.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Trocar contactos - 12 lésbicas em acção

As amigas* estão em apuros. Não frequentaram o Curso de Boas Normas e Ética Lésbica e agora não sabem muito bem como sair desta situação, de forma airosa:

“Caí na asneira de dar o meu número de telefone à rapariga que conheci ontem e ela agora não me larga. O que faço?”

Vítima – Aproveito para desabafar com ela, estava mesmo a precisar de falar com alguém.
Machona – Asneira? Qual asneira? Deixa lá a miúda continuar a ligar que eu ainda lhe mostro o meu “strap-on” novo.
Tímida – Pois, se calhar não foi mesmo boa ideia ter-lhe dado o número, mas também tive vergonha de dizer que não. Vou fingir que estou sem saldo e não lhe vou responder.
Sonsa – Ai, a gaja não se toca. Já lhe disse que sim, que gostaria de vê-la só para ela ficar contente, mas à última da hora desmarco ou então finjo que fiquei sem saldo. Há-de se fartar.
Brincalhona – Desculpe, mas acho que se deve ter enganado no número.
Simpática – Vou tomar um café com ela só para mostrar que sou fixe.
Desportista – Vou levar os meus óculos da Arnette e os meus ténis mais novos da Adidas, ah e aquele top que realça os músculos dos braços.
Intelectual – Credo, a mulher não tem conversa nenhuma. Onde é que eu estava com a cabeça quando lhe dei o número?
Obsessiva – Sim, sim, vamos tomar café. Ontem até estive a ver uns aí ao pé da tua casa. Vê lá não me deixes pendurada!
Artística – Talvez lhe possa mostrar alguns dos poemas que escrevi para a minha ex.
Púdica – Mas será que ela me quer levar para a cama? Acho perigoso encontrar-me com estranhos. Só falei com ela ontem durante meia hora.
Diva - Eu não lhe dei o meu número. A rapariga meteu conversa comigo numa discoteca, mas não fazia o meu tipo. Não gosto que as pessoas percam tempo comigo quando eu não estou interessada. Disse-lhe que fora um prazer conhecê-la (ok, é mentira, mas foi só para ser delicada, ok?), pedi-lhe que não me levasse a mal e disse-lhe que tinha clara preferência por raparigas mais novas que ela. Abri-lhe um sorriso sincero e desejei-lhe boa sorte.

x-pressiongirl

* Amigas no dicionário sembikini ganhou o siginificado de "lésbicas". Vá, perguntem: "Podemos então dizer que todas elas são amigas?"
Para eu responder: "Elas não são amigas umas das outras porque ainda nem sequer se conhecem. No entanto, podemos dizer que elas são "amigas", nesse novo sentido da palavra que eu inventei quando estava a tirar o curso de lésbica.


P.S. - Quem ainda não conhece as amigas poderá conhecê-las aqui.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Vou apresentar-vos 12 lésbicas

Se andam no mundo real conhecem-nas bem. Algumas aparecem em maior quantidade, outras são mais raras de encontrar. Vou apresentar-vos 12 lésbicas que não têm nome, apenas adjectivação. A caricatura existe apenas porque as personagens também existem. Toda a sátira tem a pretensão de provocar uma reacção interior que desejavelmente deverá conduzir a algum tipo de mudança, no entanto, a mudança que considero desejável para as lésbicas considero-a necessária para os gays e para os heterossexuais.

Focar-me-ei na atitude delas:

Vítima – está sempre a lamentar-se que já sofreu muito. Adora associar a palavra amor a sofrimento. Toda a gente já lhe fez coisas tenebrosas mas, nem sempre esta miúda se lembra que também ela o faz.
Tem a mania – que nunca ninguém sofreu como ela;
Gosta – de raparigas complicadas e sofridas porque adora comparar as misérias e as feridas dos outros com as suas;
Não gosta – que não prestem atenção às suas infelicidades;
Acha – que o mundo é mau e as lésbicas são piores ainda;
Sexo – deve ser muito carinhoso, porque a vida já é demasiado bruta;
Assusta-se – quando alguém tem uma história similar à sua;
Recorre – à chantagem psicológica. Só raras vezes usa armas brancas;
Vai – fazer com que te sintas culpada por tudo o que de mau lhe acontece.

Machona – Pensa que é um cavalheiro. Adora abrir a porta às “damas”, oferecer bebidas e coçar os seus “tomates” imaginários. Quando tem namorada anda sempre a controlá-la e o único sítio onde é capaz de deixá-la sozinha é em casa, longe de qualquer olhar de cobiça.
Tem a mania – que tem um pénis entre as pernas;
Gosta – que as damas a vejam como um verdadeiro gentleman e nos tempos livres gosta de cuspir para o ar e ver se não lhe cai em cima;
Não gosta – que lhe toquem no corpo;
Acha – que qualquer gaja serve, desde que tenha mamas;
Sexo – Desde que seja ela a penetrar a namorada com o dildo;
Assusta-se – quando vê uma machona mais machona que ela;
Recorre – à fragilidade emocional que as suas vítimas demonstrem ter, afim de melhor poder dominá-las;
Vai – transformar-se num macho pior que um verdadeiro homem.

Tímida – diz que só procura amizade, porque tem vergonha de admitir que gosta mesmo é de uma boa f***.
Tem a mania – que têm de ser sempre as outras a tomar qualquer tipo de iniciativa;
Gosta – de ser paparicada;
Não gosta – que pensem que ela não é uma menina certinha;
Acha – que a timidez é um trunfo;
Sexo – Pouco explícito e em silêncio;
Assusta-se – quando uma rapariga é demasiado frontal com ela;
Recorre – ao papel de ingénua para justificar a sua inacção;
Vai – esperar que sejas sempre tu a fazer tudo: a iniciar, a alimentar, e a destruir o vosso relacionamento.

Sonsa – diz que não costuma engatar, mas mesmo quando tem namorada está sempre a “galar” as outras.
Tem a mania – de “dar corda” a toda a gente, mesmo àquelas que não lhe interessam para mais nada senão para encher o seu débil ego;
Gosta – de ser atormentada pelas “stalkers” (que ela própria incentivou) e mostrar às amigas as mensagens que recebe destas miúdas desesperadas para a encontrar;
Não gosta – que lhe dêem desprezo;
Acha – que ser simpática é fingir que se gosta de toda a gente;
Sexo – só se ela não contar nada a ninguém, muito menos à minha namorada;
Assusta-se – quando alguém descobre que ela é das que gostam de ter a “côrte toda atrás”;
Recorre – ao papel de ingénua para justificar a sua insensatez;
Vai – esperar que alguém lhe dê um par de estalos para ver se cresce.

Brincalhona – Aparentemente está sempre bem disposta, é naturalmente gozona e gosta de misturar-se com pessoas mais sérias que ela para poder brilhar à vontade.
Tem a mania – que está num filme de comédia;
Gosta – de ser o bobo da côrte;
Não gosta – quando alguém já conhece de avanço a piada que ela vai contar;
Acha – que as pessoas que não gostam do seu excessivo sentido de humor não merecem viver;
Sexo – com a televisão sintonizada na BritCom;
Assusta-se – quando ninguém se ri de uma piada sua;
Recorre – às mais incríveis patetices para despertar a tua atenção;
Vai – amarrar-te a uma cama e tocar-te com uma pena assim que esgotar o seu repertório de piadas.

Simpática – Mostra-se sempre muito gentil e prestável em qualquer circunstância (sobretudo antes de ires para a cama com ela), mas atenção aos segundos interesses desta menina. A partir do momento em que fores excluída da sua “pink list” a simpatia artificial dela será posta a descoberto.
Tem a mania – de dizer que as pessoas têm tendência para se aproveitar da sua bondade;
Gosta – que recorram a ela, sobretudo para contar os dramas (normalmente faz bom par com a lésbica Vítima);
Não gosta – quando alguém se está nas tintas para o seu voluntarismo;
Acha – que tudo se conquista com um sorriso. Mesmo que ele seja amarelo;
Sexo – só por caridade;
Assusta-se – quando a X recorreu à Y para lhe pedir um conselho e não a ela;
Recorre – às mini-saias e aos decotes excessivos, se achar que o seu sorriso já teve melhores dias;
Vai – estender-se aos teus pés até que ela mesma consiga pisar-te.

Desportista – Dá extremo valor ao físico mas normalmente diz que só gosta das pessoas pelo seu interior. Passa horas no ginásio só para fabricar um músculo que acha que vai ficar bem com aquele top. Faz-se fotografar com pranchas de surf e skate para dar um ar de verdadeira desportista.
Tem a mania – que tem uma mente sã;
Gosta – que pensem que o corpo dela é assim naturalmente e sem esforço nenhum;
Não gosta – quando alguém lhe diz que está mais gorda (ok, acho que desta ninguém gosta);
Acha – que só fica bem de ténis;
Sexo – só se ela não se importar com o cheiro a suor;
Assusta-se – quando conhece uma verdadeira amante de desporto que detesta ginásios;
Recorre – aos insultos e às criticas ao teu corpo só para que te sintas inferior a ela;
Vai – comprar uma prancha de surf só para te atacar, se disseres que a vossa relação não vai bem.

Intelectual – Está sempre a citar autores consagrados e a referir livros que mais ninguém leu. Dá muito valor a uma boa conversa antes, durante e depois do sexo. Um dos seus maiores defeitos é falar demais e ouvir de menos, isto porque normalmente só está calada quando está a ler (algumas até lêem em voz alta).
Tem a mania – que sabe muitas coisas e normalmente tem opinião formada sobre qualquer assunto. Quando não tem, constrói uma opinião de última hora baseada na sua mais pura intuição;
Gosta – que pensem que passa o tempo a ver exposições e a ler bons livros;
Não gosta – quando alguém menciona um autor que ela não conhece;
Acha – que as lésbicas incultas não são dignas de ser lésbicas;
Sexo – só depois de acabar de ler este capítulo, está bem? ;
Assusta-se – quando lhe propõem uma noite de copos;
Recorre – à sua cultura geral para tentar convencer os outros de coisas em que nem ela está segura de acreditar;
Vai – entupir as tuas prateleiras de livros e obrigar-te a ler um a um para que estejas à altura de ser namorada dela.

Obsessiva – A boa notícia é que não vais precisar mais de andar com a tua agenda atrás. Ela saberá a tua agenda de cor, basta que lhe perguntes. Mais do que isso, ela esforçar-se-á por ser a tua única “agenda” (a única coisa que terás para fazer).
Se ainda não começaste a namorar com ela, se calhar é bom não começares. Se já namoram, paga-lhe um psicólogo antes que sejas tu a precisar de um.
Normalmente a obsessiva tem sempre namorada, já que é uma pessoa que costuma ter extrema dificuldade em suportar-se a ela mesma, sozinha. Quando não tem namorada costuma investir nas ex.
Tem a mania – que estão sempre a esconder-lhe alguma coisa;
Gosta – que precisem dela a todo o momento e de saber tudo o que se passa no mundo e na tua cabeça (mesmo quando nem tu própria sabes);
Não gosta – que a abandonem. Prefere ser ela a abandonar;
Acha – mal que a namorada queira sair só com as colegas de turma. Faz questão de ir ao jantar mesmo que a única pessoa que conheça e com quem poderá desenvolver assunto seja a sua própria namorada;
Sexo – Espera aí, espera aí! Isto não é o teu perfume, pois não? Mudaste de perfume? Como assim, é o mesmo de sempre? Eu sei que estou constipada, mas o cheiro pareceu-me diferente. ;
Assusta-se – quando a namorada não lhe atende o telefone;
Recorre – ao seu faro de detective para descobrir verdades que só existem na sua cabeça;
Vai – deixar-te doida ao ponto de não a suportares mais. Se acabares com ela irá perseguir-te para todo o lado e encher-te o telemóvel com mensagens ora ameaçadoras, ora apaixonadas, ora depressivas, até ficar sem saldo.

Artística – Gosta de exprimir-se com uma caneta na mão, quiçá com um pincel, às vezes compõe música, faz teatro, gosta de fotografia e, mais raramente, faz cinema ou esculpe. Na verdade as lésbicas têm todas a mania que são grandes artistas. Grande parte das lésbicas lamechas passam metade da sua vida a escrever poemas e blogs para gajas que nunca as vão querer. Aquelas que são um pouco mais masoquistas adoram “copiar” poemas depressivos, sobretudo dos heterónimos pessoanos.
Tem a mania – que ninguém escreve como ela;
Gosta – de mostrar às potenciais amantes as suas grandiosas obras;
Não gosta – de raparigas que não saibam avaliar bem o seu valor artístico;
Acha – que tem uma mensagem qualquer a transmitir ao mundo;
Sexo – Primeiro tenho de esconder a câmera, sem que ela dê por isso. Sempre quis fazer um filme de qualidade;
Assusta-se – quando as ex descobrem que enviava os mesmos poemas a todas elas;
Recorre – à arte para expor publicamente todo o ódio e todo o amor que sente por ti. Amiga, reza para que ela nunca seja famosa!;
Vai – vender na feira da ladra o filme que fez na vossa primeira noite de sexo.


Púdica – Acha mal as pessoas terem sexo por divertimento. O sexo para elas é uma coisa quase sagrada que só se faz com a namorada (costumam mudar de namorada semanalmente).
Tem a mania – que é uma pessoa resguardada e que as pessoas que se assumem sem complexos são exibicionistas;
Gosta – que ninguém saiba que ela é lésbica;
Não gosta – quando alguém não se mostra surpreendido quando ela conta que é lésbica;
Acha – que as lésbicas não querem uma relação séria e só querem andar aí a curtir;
Sexo – Devia ser só para fazer bebés. Ando a tentar com a minha nova namorada. ;
Assusta-se – quando a convidam para fazer um ménage;
Recorre – à sua hipocrisia para esconder a verdadeira p*** que há dentro de si;
Vai – pôr-te os palitos com toda a gente que lhe quiser saltar em cima e se alguma vez a confrontares com isso, negá-lo-á sempre com todo o vigor. Mas não te preocupes com isto porque o mais provável é não teres tempo de questionar nada já que, como referi no início, as relações desta menina costumam durar, em média, uma semana.

Diva – Todas as descrições feitas anteriormente servem para explicar aquilo que a verdadeira lésbica Diva NÃO deve ser. O lema da Diva é “Sê aquilo que procuras nos outros!”.
Tem a mania – que não tem manias nenhumas;
Gosta – que apreciem a sua forma de ser;
Não gosta – de lésbicas que não tenham uma postura de divas. Normalmente as divas não se misturam muito com as outras categorias;
Acha – que antes de se ser lésbica, é-se mulher, é-se human@. ;
Sexo – do bom e do melhor e com pessoas de qualidade. Porque eu mereço ;
Assusta-se – com as lésbicas que estão-se nas tintas para serem exemplares Divas lésbicas;
Recorre – ao bom senso e à sua lábia natural para tentar convencer-te a ser uma Diva;
Vai – querer ser tua amiga mesmo que as coisas não corram bem noutros campos. A Diva costuma ser excessivamente diplomática o que pode causar algum constrangimento (sobretudo para aquelas que não estão habituadas às mais elementares regras de convivência). Isto pode levar-te a mandá-la ir apanhar urtigas, se não tiveres paciência com as regras diplomáticas que se estabelecem na cabeça da Diva.

Quem chegou a esta parte já compreendeu que a Diva é a melhorzinha porque alguém tem de dar o exemplo. Em breve contarei o que acontece quando elas interagem.

Se alguém quiser aventurar-se com desenhos destas lésbicas, queira ter a gentileza de partilhar para o sembikini@gmail.com , porque a condessa também não sabe desenhar. Não há prémios para melhores desenhos mas garanto que será divertido bikinar sobre isto.

x-pressiongirl



P.S. - Depois deste post inaugural, surgiram vários episódios das 12 lésbicas. Podem encontrá-los aqui.
A Condessa X ajudou-me a fazer um teste no Facebook para descobrires qual destas 12 lésbicas habita dentro de ti.