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sexta-feira, 25 de setembro de 2009

As lésbicas e a porno

Saber escolher exige, antes de mais, que haja quantidade passível de ser escolhida. A escolha será tanto melhor quanto mais oferta houver e o "cinema lésbico" (se é que se pode considerar que ele exista), seja concebido integralmente por mulheres lésbicas, seja concebido através do olhar masculino, pouco oferece a quem espera ver mais do que filmes de terror.
Falo-vos de terror porque observo o ar assustado de quem sai de uma sessão de "filmes lésbicos". Entre o Hard e o Porno, venha quem saiba escolhê-los.
Já no ano passado me tinha excitado muito mais com os filmes gays do que com os lésbicos, sendo que continuo com algumas reservas quanto à minha suposta bissexualdiade.
Também no ano passado a senhora Kay, realizadora dos filmes hard lésbicos em exibição, esteve entre nós a defender que a porno lésbica está a ganhar qualidade. Sinceramente, não vejo como. Não há produção suficiente para se poder seleccionar.
A verdade é que quando se sai de um filme de porno lésbico temos logo vontade de ir a correr entregar o nosso cartão de lésbica, que não, que aquilo não somos nós e que as lésbicas nao são assim. Ou melhor, aquelas são as que nós não queremos que sejam lésbicas de tão longe que estão do nosso ideal de MULHER.
Parto do princípio que a porno é feita para excitar e não para chocar, mas tenho dificuldades em explicar isto a quem faz da sua bandeira o choque.
Se não gosto da porno que é vendida como lésbica (sobretudo a homens), em que ressalta o ar de prostitutas baratas que exibe a maior parte das actrizes, não compro também a porno lésbica que me vende uma mulher máscula, bruta, com a depilação orgulhosamente por fazer. Passar de um cliché para outro não é inteligente.
De antemão sabemos que os filmes são seleccionados por homens gays, cuja sensibilidade artística estará acima de todas estas considerações, mas eles só poderão selecionar bons filmes, se houver bons filmes a concorrerem para entrar no festival.



Sobre a pornografia lésbica, já x-pressiongirl tinha sondado.
A maioria (40%) disse que consumiria pornografia lésbica se a houvesse, 22% afirmava que não havia porno lésbica, 18% preferia porno hetero e 13% assumia não gostar de porno.
Não houve muitas votações e a meu ver a votação não estava bem feita porque as opções eram pouco específicas.
Por que raio nos apresentam sempre as lésbicas com ar bruto e desgraçadinho? O trunfo de L word, foi precisamente o de trazer para o ecrã as lésbicas que todas gostamos de ver, ainda que se tenha passado de um cliché para outro. Dessem um toque de porno a um filme L word e as sessões lésbicas teriam sala cheia e ninguém sairia a meio, como acontece sucessivamente nestas sessões.



A título de exemplo, reparem no gaydar masculino e feminino. Já há cerca de um ano, tinha reflectido sobre isso.

Condessa X

P.S. - Este post também serve de aviso a quem estiver a ponderar ir hoje à sessão de curtas da meia-noite! Vejam o programa com atençao e invistam o vosso dinheiro num dos muitos outros filmes bem melhores. Aproveitem que acaba amanhã!

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Resultado enquete: Consomes pornografia lésbica?

Este assunto dá pano para bikinis. As lésbicas não consomem porque não existe pornografia lésbica ou não existe pornografia lésbica porque as lésbicas não consomem? É quase como perguntar se foi o ovo ou a galinha que nasceu primeiro. Nós temos a resposta: a franga-frango.
Na verdade, ao ver os resultados percebe-se que há um universo de votantes que admite consumir pornografia lésbica. Não sei bem o que é pornografia lésbica, mas se tiver qualidade é bem vinda.



x-pressiongirl

sábado, 19 de julho de 2008

Nova enquete: Consomes pornografia lésbica?

Tenho andado nuns debates animados sobre pornografia vs erotismo e já percebi que este é um assunto que dá pano para... bikinis. Na verdade penso que pornografia e erotismo não são compartimentos estanques. Lembrei-me de ir ao youporn e ao pornotube (que são concorrentes) e pesquisar por vídeos lésbicos. Em ambos os sites há duas secções distintas: a gay e a straight. Em que secção estão os vídeos lésbicos? Acertaram! Na secção straight! Faz sentido? Infelizmente faz porque a generalidade dos vídeos que lá estão são produzidos para o público masculino straight, ou seja a decisão de colocá-lo nessa secção é centrada no consumidor e não no conteúdo do vídeo (que é gay). Há, no entanto, vídeos algo inovadores que pretendem agradar mais a lésbicas, digo isto porque a abordagem é totalmente diferente:
1. parece haver algum tipo de enredo sem sexo gratuito (o tal porno "justificado", que muitos entendem como erotismo);
2. as raparigas aparecem vestidas no início do filme (e não imediatamente nuas);
3. há mais realismo já que as raparigas não têm ar de prostitutas baratas (e que indícios nos permitem detectar, à priori, que aquela mulher é uma prostituta ou actriz paga para o filme e não uma autêntica lésbica, que também pode ser prostituta ou actriz?);
4. não se limitam a gemer e a lamber, elas dizem coisas uma à outra (seja "dirty talk" ou mais clean) e beijam-se mais.
Isto é, na cabeça de uma lésbica este tipo de vídeos apresenta-se como mais verosímil já que ele parece ser concebido fora da perspectiva do homem hetero que vive assombrado pela fantasia de se juntar a duas raparigas.
Um exemplo:

As revistas e vídeos manga e hentai parecem sofrer do mesmo já que as histórias lésbicas têm como finalidade primeira agradar ao público heterossexual masculino, contudo, atrevo-me a dizer que estão um passo à frente dos vídeos feitos com mulheres reais por um motivo: trabalham bonecos e não pessoas. Os desenhos fazem parte do mundo fantástico onde a inverosimilhança é permitida.
Começam a surgir umas coisinhas feitas na óptica da mulher. Soube deste filme "Barcelona Sex Project" através do blog "sexualidade feminina".
O tema é complexo e rosa-que-fuma (do projecto franga-frango, projecto recente do qual falarei num post mais decente) fez-me ver que etimologicamente a palavra porno significa prostituta. Mas as palavras ganham novos significados, atribuimo-lhes novos sentidos consoante os contextos em que as usamos. Antes dos linguístas, somos nós que nos apoderamos delas e actualmente pornografia tem, entre outros, o sentido de perverso. Este conhecido filme de Stanley Kubrik é sempre apresentado como erótico. Mas esta cena tem ou não tem porno?


Uma dica: se forem menores e quiserem assistir aos filmes podem mentir na idade que eles nunca terão forma de confirmá-la. ;-)

x-pressiongirl

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Monokini / Topless - o exemplo sueco


As amigas suecas andam revoltadas com o facto de terem de cobrir as maminhas. A notícia, que já tem cerca de 5 meses de vida, é dada em forma de caricatura, por isso vou tentar descobrir mais coisas sobre as amigas e depois venho contar.

Elas reivindicam o direito a ter a descoberto os seios e a usar só a parte inferior do bikini, tal como os homens, nas piscinas municipais. Alegam, e bem, que a obrigatoriedade de usar a parte superior do bikini é uma forma de discriminação do corpo feminino.


Se se conquistar o direito a usar facultativamente o bikini em locais públicos, temos mais uma planta no jardim feminista. Mas atenção que esta pretensa forma de igualdade é uma faca de dois (le)gumes. Como alguém disse, isto pode não significar propriamente que a sociedade esteja a ficar mais igualitária mas sim, mais perversa. Quem dita as regras autoriza mais facilmente a pornografia do que a igualdade.


Há uns tempos, uma amiga fez-me ver que uma mulher entra mais facilmente num museu se estiver nua dentro de um quadro do que se quiser entrar enquanto artista que pretende expor as suas próprias obras. Acham que é só uma coincidência, não acham? Pois, se for, não deixa de ser uma coincidência perversa.

Condessa X