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sábado, 10 de dezembro de 2011

Os donos da democracia

Já se sabe que a indumentária preferida de um lobo é a pele de um cordeiro.
Assim se apresentam vestidos Hillary Clinton e Obama quando falam de direitos de LGBT. Esta semana Obama defendeu que a ajuda externa dos EUA deve ser um instrumento para defender os direitos dos homossexuais. Ajuda, veja-se bem! Como se alguma vez aquela gente se preocupasse verdadeiramente em ajudar quem quer que fosse a troco de nada.
É bom que a comunidde gay perceba que não há espaço para se defender direitos LGBT sem que se defenda os direitos humanos. E esta gente espezinha os direitos humanos todos os dias.



Justiça militar, dizia ela:


sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Dia dos Direitos do Homem e dos Animais

Assinala-se amanhã o dia dos Direitos Humanos e também o dia dos Direitos dos Animais, considerando-os como sujeitos morais, de direito, capazes de sentir e sofrer.
Durante o dia serão plantados, pela cidade de Lisboa, vários espantalhos com os Direitos Humanos inscritos.
A organiação convida tod@s a plantar um direito.



Boas plantações!

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Amanhã podia ser Abril

Um rei nunca se levanta do trono. Ou ele morre ou ele é expulso quando outro é aclamado. Se os reis de hoje se banqueteiam na mesma mesa, fazem-no à custa da miséria que conquistaram para quem os serve, a maior parte das vezes, de boca calada, sem piar, ora por medo ora pela esperança de usufruir de algumas migalhas que restarão caídas no fim do banquete. Alguns dos que não foram convidados para a festa e dos que não se contentam com migalhas anseiam por depôr o rei ou até mesmo por matá-lo.



Outro virá substituí-lo um dia, prometendo umas migalhas maiores.
Quando tentaram assaltar o castelo, o rei mandou reforçar a guarda.
Havia muita fome não só de comida mas também de abraços. As pessoas olhavam-se cada vez mais com desconfiança e o medo impedia-as de criar laços
de solidariedade e de amizade. Praças inteiras eram assaltadas mesmo à luz do dia, muitas vezes até pelos próprios guardas que padeciam de fome.
Tal como o rei desejava, as populações revoltosas começaram a exigir policiamento nas ruas onde moravam. Esqueceram-se que eram saqueadas porque nem todos tinham pão, e era precisamente isso que deviam reivindicar.



Então o rei disse "Preciso de mais guardas!" - não disse que todos precisavam de pão - "Trabalhem e tranquem-se em casa, pois há muitos bandidos por aí.".
O rei autorizava-se a toda a sorte de extravagâncias, ainda que o tesouro do reino tivesse dado lugar a empréstimos concedidos por alguns dos seus primos cujos reinos se encontravam próximos. O rei sabia que não tinha como pagar os juros que lhe eram exigidos, mas isso não era problema seu, pois em breve o seu filho ocuparia o lugar que ele deixaria. Do mesmo modo, os primos sabiam que o rei não tinha como cobrir a dívida, muito menos os juros, mas continuavam a aliciá-lo com empréstimos, pois sabiam que alguém iria pagá-los. O rei depenado exigia sacrifícios ao povo descontente. Todos tinham de fazer cedências em nome da unidade da nação.
As pessoas achavam-se livres porque podiam ir trabalhar e regressar a casa para dormir. O rei pensava e comia por elas.
Entretinham-se a criticar-se uns aos outros, comparando as suas misérias como as velhas que competem entre si para ver quem tem mais doenças ou sofre mais: "Tu trabalhas menos que eu, não te podes queixar!", "Tu trabalhas directamente com o rei e dormes no palácio!", "Mas tu és um guarda e não estás aqui para nos proteger, mas para proteger a fortuna do rei!". Combatendo entre si, esqueciam-se do inimigo principal que era o rei corrupto. O rei sabia que era assim que se conquistavam territórios. Esperava-se que dois inimigos combatessem entre si e quando estivessem ambos fracos atacava-se os dois.



Alguns guardas sentiam-se injustiçados pois não eram bem aceites nem pelas populações que se sentiam ameaçadas por eles, nem pelo rei que os desprezava e os tratava como meros cães de guarda que assumiam uma forma semi-humana quando estavam fardados. Sabiam que deviam ser fiéis ao rei que lhes pagava umas migalhas, mas revoltavam-se quando chegavam a casa para junto da sua família e, despindo a farda, se encontravam como cidadãos comuns, escravizados, impotentes perante a família faminta.
Secretamente,todos desejavam uma mudança. Uns queriam outro rei, outros queriam outro sistema, outros diziam que não havia solução e deviam emigrar para outro reino, outros diziam que o melhor era não levantar ondas porque as coisas podiam ficar piores.
Os únicos que estavam unidos eram aqueles que não desejavam mudança
, como os ministros do rei que eram regularmente convidados para os banquetes e que a troco de proteger o rei e as suas políticas recebiam terras e títulos.



Estes privilegiados procuravam amputar a todo o custo qualquer sinal de resistência. Sob qualquer pretexto vinham retirando os parcos direitos das populações para que eles mesmos pudessem manter os seus privilégios.


Se já leste esta história vezes sem conta, não a leias. Vem escrevê-la!


x-pressiongirl

P.S. - Não são os grevistas nem as pessoas que, justamente, querem fazer ouvir a sua indignação que PÁRAM o país, é quem o corrompe diariamente que o faz RECUAR!


P.S. II - O mapa das concentrações distritais pode ser consultado aqui.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Gerações à rasca

Concordo com a pluralização. De facto há mais do que uma geração à rasca e como diz o nosso amigo Jel "O nosso inimigo não é ninguém em particular, mas a resignação e o conformismo".



O protesto decorrerá nas seguintes cidades portuguesas:

Braga – Avenida Central, junto ao chafariz
Castelo Branco – Alameda da Liberdade (Passeio Verde)
Coimbra – Praça da República
Faro – Largo S. Francisco
Funchal – Praça do Município
Guimarães – Largo da Oliveira
Leiria – Fonte Luminosa
Lisboa – Avenida da Liberdade (frente ao cinema S. Jorge)
Ponta Delgada – Portas da Cidade
Porto – Praça da Batalha
Viseu – Rossio, em frente à Câmara Municipal.

E nas seguintes cidades europeias, junto às respectivas embaixadas:

Haia, Londres, Barcelona, Madrid, Berlim, Estugarda, Paris, Copenhaga, Ljubljana e Luxemburgo.

Para quem ainda julga que este é um protesto só para desempregados ou trabalhadores a recibo verde, aconselho vivamente a leitura do comunicado da ATTAC Portugal. Deixo aqui um excerto:

"A precariedade atinge todos os trabalhadores, com e sem formação académica, de todas as profissões e estratos sociais e não discrimina gerações. Atinge os mais velhos que, tendo perdido o emprego, não conseguem voltar a encontrar estabilidade no mercado de trabalho, e atinge todas as gerações com menos de 45 anos, que nunca tiveram um emprego estável. Atinge os seus pais, que na reforma deixam de poder contar com a ajuda dos filhos, miseravelmente pagos. Atinge as crianças, que vivem em famílias onde o dia começa com emprego, mas nunca se sabe como acaba. Atinge todos os que têm contrato permanente, porque também sofrem a pressão para a desvalorização dos salários e do seu trabalho.
Atinge ainda todos os que estão nos quadros dos seus locais de trabalho, uma vez que os seus postos de trabalho seriam muito mais baratos se preenchidos por um precário ou estagiário. Esses trabalhadores tornam-se também precários, uma vez que o primeiro pretexto — uma recusa de fazer horas extraordinárias, uma doença, um erro apenas — será a oportunidade para tentar despedi-los, substituindo-os."



Até amanhã,

Condessa X


quinta-feira, 10 de março de 2011

De quem é a rua?


A meu ver, peca apenas pelo nome do movimento. Deveria chamar-se "Gerações à rasca". Se inicialmente a ideia era juntar jovens desemprecários num protesto apartidário, laico e pacífico, a verdade é que muitas pessoas diferentes virão a juntar-se neste protesto que será um tubo de ensaio para outros movimentos que, espero, sejam cada vez mais produtivos.
Os meus pais também têm um salário precário, os meus avós uma reforma precária e os filhos que ainda não tenho um dia perguntar-me-ão: "Maman, onde estavas tu, quando tudo isto estava a acontecer?"
Ainda que eu não fosse uma precária com alguns amigos e familiares, também precários, por solidariedade, eu teria de estar na manifestação. E falta muita solidariedade entre as mais diversas classes de trabalhadores e desemprecários. Uma greve de maquinistas, uma greve de polícias, uma greve de professores, uma manifestação de... Não se dividam, unam-se! E é isso que esta manifestação de "Gerações à rasca" propõe e é disso que a classe de bon-vivants comentadores e comilões da desgraça dos outros tem medo. Da nossa união.



Atente-se na ginástica de argumentos que a generalidade dos comentadores tem feito a este propósito:

Pacheco Pereira: "A precariedade dos jovens é culpa dos seus pais que vivem à larga, instalados na opulência de um contrato de trabalho."

Zé Manuel Fernandes, Helena Matos: "Esta geração é lixada pelos garantismos de que a geração dos pais gozou. Todos repetem “Não vão para a rua protestar. Protestem em casa, à mesa do jantar porque o salário dos vossos pais é que criou o desemprego dos filhos."

Isabel Stillwell: “Se os estudantes são escravos, são parvos, de facto. Parvos porque gastam o dinheiro dos pais e dos nossos impostos para irem estudar e não aprendem nada. (…) Os escravos não organizavam protestos nem iam para a rua, graças a deus."



Não será uma manifestação pela queda de governos ou governantes, como muitos comentadores políticos andam, propositadamente, a tentar fazer passar, mas sim uma concentração de pessoas que estão cansadas da canalhice desta gente corrupta que, tendo a faca e o queijo na mão, nos vão cortando às fatias.
Os Pachecos Pereiras, Isabeis Stillwells e Sousas Tavares odeiam-nos, naturalmente. Representamos a massa de gente que, embrutecida, lhes estenderia tapetes, não fosse a nossa sensatez. Esta gente só tem o poder que lhes atribuirmos. Esta gente odeia todos aqueles que por uma questão de sensatez e dignidade não se verga ao poder vigente, aqueles que dão prioridade à sua consciência, abdicando muitas vezes da sua carreira confortável como comentadores de sofá. Odeiam-nos, porque fizeram a escolha inversa e preferem passar a vergonha de defender o indefensável do que a vergonha de admitir que fizeram uma escolha pouco digna em prol de uma carreira, de um conforto, ou de um status. Odeia-nos, esta gente que vive com esse compromisso de ser cúmplice com a canalhice, em troca do seu bem-estar.



Só ainda não percebi muito bem o que pretende ganhar a Fenprof ao convocar uma manifestação de professores para o mesmo dia e à mesma hora, no Campo Pequeno, fazendo uma arruada até à 5 de Outubro. Partilho da opinião de Renato Teixeira, do 5dias, acho que a maioria dos professores vai mesmo descer a Av. da Liberdade.


"First they came for the communists, and I didn't speak out because I wasn't a communist. Then they came for the trade unionists, and I didn't speak out because I wasn't a trade unionist. Then they came for the Jews, and I didn't speak out because I wasn't a Jew.
Then they came for me and there was no one left to speak out for me."
Martin Niemoller


x-pressiongirl

P.S. - Sousa Tavares, se me viesses pedir dinheiro eu também não to emprestaria.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Encontra-me

A propósito da notícia sobre o projecto de protecção de animais errantes, lembrei-me de divulgar um site que tem ajudado muitos animais a reencontrar os donos.
Encontrou um animal que parece estar perdido? Clique aqui.
Perdeu o seu animal? Cllique aqui.
O site encontra-me, um projecto da Associação pelos Animais, vai ajudá-l@.
O encontra-me, além de prevenir,dá conselhos sobre as medidas a tomar em caso de perda.





Há ainda uma página dedicada a casos resolvidos e ainda uma outra de casos resolvidos após mais de um ano.
Há ainda uma nova funcionalidade que permite pesquisar animais perdidos na nossa área de residência. Basta escrever o nome da rua e ele faz uma pesquisa dos animais perdidos, indicando a proximidade em km. Vão lá e vejam se conseguem encontrar algum dono/bichinho desesperado por voltar para casa.


x-pressiongirl

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Animais portugueses terão mais protecção

As notícias são óptimas, não só para os amigos dos animais mas, sobretudo, para os nossos queridos amiguinhos.
Foi aprovado, por unanimidade, um Projecto de Resolução do Bloco de Esquerda, para uma nova política de controlo das populações de animais errantes.
Além de acabar com a política de abate nos canis municipais, este projecto visa dar direitos a animais que não têm dono e promover campanhas de esterilização a preços simbólicos.
É ainda constituída a figura de "animal comunitário". Há,na minha rua, mais 2 ou 3 vizinhos que também alimentam uma pequena comunidade de gatos que vive no jardim de um prédio devoluto (na minha rua há muitos). Estes animais que, não sendo oficialmente de nenhum de nós, "são de todos" passam a ter o direito de ser esterilizados, por um preço simbólico, num centro de recolha oficial.
Foi aprovado por unanimidade, esperemos que as medidas não tardem a fazer efeito e que haja penas severas para quem atenta contra a integridade destes seres.
Deixo-vos com um vídeo de uma campanha da União Zoófila contra o abandono de animais.



Quem quiser ajudar a associação poderá fazê-lo de diversas formas:

1 Inscrever-se como Sócio
2 Regularizar as Quotas e Actualizar de Telemóvel e E-mail
3 Contribuir com Donativos em Géneros ou Monetários
4 Apadrinhar um Animal da UZ
5 Adoptar um dos Animais da UZ
6 Juntar-se aos Voluntários da UZ
7 Ser uma das Famílias de Acolhimento Temporário
8 Ser fã numa rede social
9 Contribuir com Patrocínios e Publicidade




Mais info aqui.

Condessa x

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Manifestoon

Encontrei, via arrastão, este interessante cartoon que conta, em cerca de 8 minutos, o Manifesto Comunista, de Marx e Engels.




Have fun!

Condessa X

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Movimento Pela Igualdade promove debate - 9 Setembro

O MPI promove um debate entre represetantes dos partidos com assento parlamentar, no dia 9 de Setembro, às 21h, no Hotel Ibis do Saldanha (Av. Casal Ribeiro nº23, Lisboa).



Penso que vai ser interessante por vários motivos:

1. Miguel Vale de Almeida vai publicamente vestir a pele de porta-vos do PS nas questões LGBT. Sim, o mesmo PS que adiou as mais diversas questões de importância para muit@s LGBT para a próxima legislatura.



2. É sempre animado ouvir-se Odete Santos e há muito tempo que não a ouvimos falar.


3. Gostaria muito de ouvir Heloísa Apolónia (Verdes - PEV) e José Soeiro (BE) representam os dois partidos proponentes da proposta do projecto de lei de Acesso ao Casamento Cívil a casais do mesmo sexo, que em Outubro o PS chumbou. Relembre-se que a disciplina de voto IMPOSTA pelo PS, previa apenas a excepção de voto a Pedro Nuno Santos, ex-líder da JS que esteve à frente de várias iniciativas do PS que promoviam a igualdade no Acesso ao Casamento Cívil.
Essa mesma disciplina de voto foi quebrada por Manuel Alegre e no PSD alguns deputados se abstiveram.



Falta ainda divulgar os nomes dos representantes do PSD e do CDS-PP.

O único inconveniente deste debate é mesmo a data escolhida. O mais recente filme de Almodóvar estreia à mesma hora.

x-pressiongirl

As marchas LGBT em Portugal

Tardiamente escrevo sobre estes eventos que tão cedo aqui divulgámos, o que me traz a vantagem de poder ir beber informações a todo o lado e compilá-las aqui.
Tanto a marcha de Lisboa como a do Porto foram, segundo as respectivas organizações e até mesmo a comunicação social, as mais participadas de sempre. No entanto, como é hábito, havia alguma discrepância nos números apresentados.
Estive entre o largo número de pessoas que criticaram o facto de marcha e arraial de Lisboa decorrerem em dias diferentes, mas felizmente ambos os eventos foram bastante participados. Apenas lamento que as pessoas que vivem longe da capital não tenham tido facilidade em vir aos dois.
Da organização da Marcha do Orgulho de Lisboa (MOL) fizeram parte as associações LGBT Clube Safo, Rede Ex Aequo, ILGA Portugal, Panteras Rosa, Não Te Prives, Associação Cultural Janela Indiscreta e Rumos Novos.
Não sendo associações de cariz LGBT, participaram também na organização do evento a associação Médicos pela Escolha (MPE), a Associação Pelo Planeamento da Família (APF), Grupo Português de Activistas Sobre Tratamentos de VIH/SIDA (GAT), Rede Portuguesa de Jovens Para a Igualdade de Oportunidades entre Mulheres e Homens, SOS Racismo e UMAR.
O Sindicato de Professores da Grande Lisboa estreou-se pela primeira vez na marcha LGBT.



A recém-criada associação AMPLOS (Associação de Mães e Pais pela Liberdade de Orientação Sexual) também participou pela primeira vez.
ATTAC, Marcha Mundial das Mulheres e Amnistia Internacional são alguns exemplos de associações que têm sido assíduas na marcha.



Dos partidos políticos, viu-se largamente vários deputados e membros activos do BE



e consta que por lá andou também o Partido Humanista e a JS.
As palavras de ordem andaram pelo mesmo de sempre e confesso que não suporto o "Sim, sim, sim, nós somos assim" porque não consigo entender o alcance do slogan.
Estava um calor imenso e quando me preparava para entrar no primeiro lugar que me vendesse água fresca eis que surgem activistas que presumi serem da ILGA com imensas garrafas de água que distribuiram gratuitamente entre @s marchantes. A particularidade das garrafas estava no rótulo que anunciava o Arraial Pride da semana seguinte, divulgando os artistas que actuariam no Arraial. Excelente iniciativa!
Tal como no ano passado, voltaram a ser lançados pequenos papéis com mensagens, por cima de quem passava o elevador. "Já marchavas comigo", "Gosto de ti!", "Fora dos armários directamente para a rua", "Ano 2009: gays discriminados na doação de sangue", "Século XXI: Portugal não tem lei de identidade de género", "Pela despatologização das identidades trans", "Em 2000 marchámos pela primeira vez em Portugal", "Até 1973 ainda éramos tod@s doentes", "A partir de hoje vou beijar quem eu quiser", "Vamos dançar esta noite?" e "Ainda bem que estás aqui!" foram algumas das mensagens que consegui apanhar. Muito gira a ideia de passar a mensagem, informando e provocando sorrisos.
A marcha esteve animada com as habituais carrinhas de caixa aberta a fazer de pista de dança, poucos motards do "Sai de mota do armário"



e muitos mas muitos smarts, esperteza da discoteca Maria Lisboa. A parte menos engraçada foi a clara divisão à chegada ao Rossio, quando num lado discursavam os presidentes das Associações e do outro soavam as músicas made in Maria Lisboa. Não é bonito. É verdade que o pessoal quer é festa, mas teria sido bom ouvir o que dizem os líderes do movimento.
Fica aqui o vídeo recentemente divulgado pela equipa da discoteca Maria Lisboa.



Quanto à marcha do Porto, na qual, infelizmente, não estive, li delícias sobre a mesma. Tanto marcha como arraial têm crescido a olhos vistos, quer em participações quer em apoios de associações, movimentos.
Segundo o portugalgay (promotor da iniciativa portuense), "as entidades que organizaram e apoiaram a edição deste ano foram: Abismo Humano - associação de Artes, Abraço, ATTAC Portugal, Bloco de Esquerda, Caleidoscópio LGBT, Centro das Culturas - Acção Humanista, Cooperação e Desenvolvimento, Grupo de Trabalho Identidade X/Y - Sindicato Unificado da Polícia de Segurança Pública, não te prives - Grupo de Defesa dos Direitos Sexuais, Panteras Rosa, Partido Humanista, Poly-Portugal, Ponto Bi, PortugalGay.PT, SOS Racismo e UMAR - União de Mulheres Alternativa e Resposta. Além do carro do Porto Pride a marcha também contou, pela primeira vez, com a participação do Pride Bar e da discoteca Maria Lisboa.".
Comparando as entidades enumeradas com as de Lisboa, saltam-me à vista a inclusão de partidos políticos como o BE e o Partido Humanista como organizadoras/apoiantes da marcha, o recém-criado Grupo de Trabalho Identidade X/Y - Sindicato Unificado da Polícia de Segurança Pública e a UMAR (que no ano passado não se quis associar à iniciativa portuense pelos mesmos motivos que a Rede Ex Aequo apresentou novamente este ano para se desmarcar da marcha do Porto). Congratulo a UMAR pela capacidade de rever a sua posição e lamento que a Rede Ex Aequo não o tenha feito. Podem ler aqui o documento redigido pela REA, que roubei do Estrelaminha, em que a REA justifica deste modo a não subscrição do Manifesto "Não acreditamos ser possível comparar a inclusão de temas consensuais socialmente, como a luta contra o racismo e o sexismo, com um tema altamente polémico e problemático em termos de aceitação e recepção como o das relações poliamorosas".
Vídeo e foto-reportagem da marcha do Porto aqui.

x-pressiongirl

P.S. - Fotos roubadas do Lisboa SOS. Podem encontrar a foto-reportagem do Lisboa SOS aqui.
Se quiserem dar um lucky look na cronologia do movimento LGBT em Portugal, vale a pena visitar esta casa.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Marcha LGBT 2009

aqui e aqui se escreveu sobre este evento imperdível.



Este ano também vamos ter motards.
Deixo-vos com o vídeo da marcha do ano passado.



Tragam também amig@s hetero!
É já amanhã!

Condessa X

P.S. - Para quem não sabe o porquê de se fazer uma marcha e um arraial, a visita aqui é obrigatória.

sábado, 13 de junho de 2009

Ana Zanatti (re) assume-se?

Pensava, tal como muitas outras pessoas que Ana Zanatti já se assumira como lésbica há muito tempo. Basta visitar outros blogues ou entrevistas antigas para se perceber que se Ana Zanatti ainda não o tinha feito claramente, isso estava muito bem subentendido.
É com entusiasmo que leio as notícias que tiveram origem na entrevista da Visão, e que esta semana vieram novamente a Público em diversos jornais.
Na apresentação do MPI



Ana Zanatti falou, tal como a maior parte das figuras públicas ali presentes na 3ª pessoa, sendo que a determinado momento terá falado na 1ª pessoa sem que a maior parte dos presentes tivesse dado conta, tal era a ideia de que ela já se teria assumido anteriormente.
De realçar que os próprios livros que escreveu são livros orientados para a temática LGBT e dedicados a uma pessoa especial, uma mulher.
Segundo o Público, Ana Zanatti terá dito em determinado momento qualquer coisa como:

«Estou a reclamar os meus direitos como cidadã que quer ou não casar», e que a incomodava «perder direitos por ser uma minoria».



No final do ano passado também Manuel Luis Goucha se assumiu. Acho óptimo que mais figuras públicas saiam dos ecrãs por iniciativa própria, sem que se sintam pressionados a fazê-lo, pois tantos os hetero como os homossexuais têm todo o direito de não querer falar da sua vida privada.

Condessa X


P.S. - As imagens foram gentilmente cedidas por glorybogz.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Como continuares a ser vítima sem que ninguem dê por nada

Se acreditas num grande amor que te salvará de todas as desgraças, não te tornes numa desgraçadinha. Tudo o que doravante escrever neste post é violência e onde houver verdadeiro amor não há espaço para qualquer uma destas alíneas.

A abnegação é o primeiro passo para te anulares a ti mesma, eis os seguintes:


1. - Isola-te do mundo e passa a privar apenas com a tua cara-metade;
2. - Deixa de sair com os teus amigos, sobretudo se a tua namorada não gostar muito deles;
3. - Apaga o teu hi5, gaydargirls, orkut e, se possível, muda de número de telefone;
4. - Vai viver com a tua namorada, sobretudo se ela te fizer ver que assim poderão passar mais tempo juntas;
5. - Não te importes de chegar atrasada ao teu emprego desde que a noite anterior com a tua namorada tenha sido animada. Já sabes que na ausência de boas desculpas para o patrão aquele decote resolve alguns argumentos em falta;
6. - Deixa que seja a tua namorada a decidir tudo por ti. Ela parece uma pessoa mais experiente e saberá o que é melhor para vocês duas;
7. - Se ela alguma vez parecer rude contigo é impressão tua. Tu é que és demasiado obcecada com gentilezas e devias respeitar mais o feitio das outras pessoas;
8. - Aprende a ser obediente e nada de mal te acontecerá;
9. - Se te parecer que ela te controla demais, isso também deve ser impressão tua. O mais provável é ela estar, simplesmente, preocupada com o teu bem.
10. - Se ela te proibir de fazer alguma coisa, não o encares como uma restrição, apenas como um bom conselho que deverás seguir tão cegamente como o vosso amor;
11. - Nunca contes nada sobre o teu relacionamento a quem quer que seja porque ninguém tem nada com isso. Se a pessoa for insistente limita-te a responder sempre "Está tudo bem", porque tu sabes que está sempre tudo bem;
12. - Mesmo que não estejas disposta a fazer algo que ela deseje muito, deverás sacrificar-te pois o amor é feito de sacrifícios;
13. - Sabes que se a largares nunca mais vais encontrar alguém que te ame tanto como ela;
14. - No outro dia sonhaste com aquela rapariga que frequenta o mesmo ginásio que tu. Sabes que isso é inadmissível e até pode ser considerado traição. Nunca mais sejas simpática para essa rapariga que isso põe em causa o teu relacionamento actual;
15. - Se alguma vez ela te bater foi porque mereceste. Além disso, acredita nela se te disser naquele tom meigo "Não voltará a acontecer, querida". @-}-}--

x-pressiongirl

P.S. - Dedico este post a todas as raparigas que apesar de merecerem umas palmadinhas valentes sairam, por cortesia minha, impecavelmente ilesas. ;-)

P.S. 2 - Se estão recordad@s, as imagens provêm do talento de Tattts e de Pretty cool huh, respectivamente. Aproveito para informar que ambos se encontram com bons projectos em mãos, sendo que as suas amáveis contribuições para o sembikini estão pendentes. Por este motivo o sembikini encontra-se sem desenhistas e se quiserem aventurar-se com desenhos das 12 lésbicas poderão enviar a vossa visão das nossas 12 amigas para sembikini@gmail.com . Clicando em cada um deles poderão apreciar alguns dos seus novos trabalhos. Aos dois desejo todo o sucesso que merecem. \_/*\_/ Cheers darlings ;-)

domingo, 12 de outubro de 2008

Beauvoir - Colóquio dias 13 e 14 de Outubro, em Lisboa

O ano 2008 assinala centenário do nascimento da escritora, filósofa e feminista Simone de Beauvoir.
Estão convidad@s a participar no colóquio «Olhares sobre a Mulher e o Feminino. No Centenário do Nascimento de Simone de Beauvoir» a decorrer no Auditório 2 da Universidade Católica Portuguesa de Lisboa.
O evento contará com a presença de reconhecid@s académicos portugueses e estrangeiros que, ao longo de vários debates, reflectirão sobre Beauvoir fazendo com que a reflexão se estenda, naturalmente, pela filosofia, género, arte, literatura e intertextualidade.
Para consultar o programa é aqui.

Boas conversas! ;-)



Condessa X

P.S. - Vou deixar uma prendinha para quem nunca leu a Bíblia. Não queridas, não é essa bíblia, é aquela que Simone de Beuvoir escreveu: Segundo Sexo - parte I e Segundo Sexo - parte II.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Festa na Assembleia, dia 10, às 12h

Amanhã, dia 10 de Outubro, serão discutidos e votados os projectos do Bloco de Esquerda e d'Os verdes, a propósito da igualdade de acesso ao casamento cívil por casais do mesmo sexo.
Consta que o PS (recorde-se que este foi um dos partidos que impôs a "unanimidade" de voto entre todos os seus deputados) irá apresentar uma declaração de voto, também "unânime" a justificar a sua resposta negativa face aos projectos apresentados. Pedro Nuno Santos, ex-líder da JS, será o único com liberdade de voto. Porquê? Porque seria uma tremenda incoerência tê-lo a votar contra. Estranhamente o PS não considera incoerente o voto do partido.



Tenho a nítida sensação de que irá acontecer coisa parecida ao que aconteceu ao projecto de lei do divórcio. Votam contra para depois apresentarem um projecto similar, quiçá, na próxima legislatura (quem votar neles leva chicotada!).
Desconheço se o debate estará aberto ao público, mas várias organizações propõem uma grande concentração frente à Assembleia da República, às 12h, hora da votação.Acho que vou aproveitar a minha hora de almoço e passear até São Bento. Vai estar um dia bonito.

Condessa X

P.S. - Levarei comigo laranjas e ovos. Se não tiver apetite posso sempre praticar a minha pontaria.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Flash Mob - 5ªf, dia 2 Out às 19h30, frente à Brasileira do Chiado

Soube através do cacaoccino que irá ocorrer uma Flash Mob pelo Acesso ao Casamento Cívil entre Pessoas do Mesmo Sexo. Esta será a primeira mobilização em forma de protesto, a segunda ocorrerá no dia 8 de Outubro, também às 19h30, desta vez, na Praça do Rossio.
Está agendado para dia 10 de Outubro o debate na AR. PS e PSD já fizeram saber das suas intenções de não permitir liberdade de voto aos seus deputados, pretendendo deste modo torná-los reféns das directivas emanadas pelas direcções dos respectivos partidos.
É bom relembrar que o mesmo partido que agora diz que "O casamento de homossexuais não está na agenda política nem do Governo nem do PS." organizou no dia 16 de Julho esta Conferência favorável ao Casamento Cívil entre Pessoas do Mesmo Sexo, com o sugestivo slogan "Nada mais que a igualdade".

Ainda que se tenha reservas quanto ao casamento enquanto instituição, parece-me de todo inquestionável a importância desta mobilização de 5ªf.

A organização explica deste modo no que consiste a Flash Mob e o que os participantes deverão fazer:

"O que é uma flash mob? São multidões de pessoas, num sítio público, que realizam uma acção previamente combinada e que devem dispersar por completo após a realização do proposto.

Que devo fazer? Deves levar uma folha em branco e uma caneta. Às 19h30, deves escrever na folha em branco "Acesso ao Casamento Cívil", e de seguida erguer a folha para que todas e todos a possam ler. Ao fim de um minuto, deves dispersar, como se nada tivesse acontecido.


E procura ser pontual. Está lá um pouco antes para que a flash mob tenha o impacto pretendido.

Poderás também divulgar via sms.

1ª Flash Mob pelo acesso ao casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, quinta, dia 2, em frente à Brasileira, às 19h30. Leva folha branca e caneta para escreveres "Acesso ao Casamento Civil". Deves dispersar no minuto seguinte!

e...

2ª Flash Mob pelo acesso ao casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, quarta, dia 8, na praça do Rossio, às 19h30.

Leva folha branca e caneta para escreveres "Acesso ao Casamento Civil". Deves dispersar no minuto seguinte!

Divulga!"

Condessa X

Mais informações aqui.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Por que é que os gays não devem reivindicar casamento

Durante a semana que passou, quase toda a blogaysfera referiu o casamento das duas senhoras que ao fim de 51 anos de convivência e luta conjunta se casaram. É bonito, mas não me satisfaz.

Têm sido semanas felizes para a comunidade gay. A Noruega juntou-se aos países que permitem o casamento entre pessoas do mesmo sexo e, por cá, foi publicado este livro.

Compreendo que os gays sintam necessidade de se afirmar como iguais perante uma sociedade que contempla o casamento (ainda que só meta os pés na igreja em eventos de maior calibre) como única forma de validar uma relação afectiva. Mas a coisa é perversa... vou mostrar porquê.
Os gays não devem reivindicar o casamento, da mesma forma que os heterossexuais deviam lutar por aboli-lo.
O casamento sempre foi a instituição que mais desigualdade promoveu entre homens e mulheres, entre homo e heterossexuais. É paradoxal vermos a comunidade gay a pedir igualdade abrigando-se numa instituição que sempre promoveu, promove e continuará a promover desigualdade entre casados, viúvos, divorciados e solteiros.
O casamento (matrimónio) surge como necessidade patriarcal de carimbar a propriedade de um homem (património).
Desde os casamentos dinásticos às uniões de facto, as pessoas fazem-no por motivos políticos e económicos. Amor? O amor faz-se no dia-dia com todos os seres (humanos ou não), quando se dá um abraço sincero a um amigo, quando se cumprimenta cordialmente um vizinho ou quando se dá alimento a um animal de rua faminto, e isto, normalmente, fazêmo-lo vestidos. O que fazemos nús, é sexo! Por mais doce e ternurento que seja, continuará a ser sexo.
Assisti ao debate promovido pela Ilga e APF, no fórum Lisboa, a propósito do dia Mundial de luta contra a homofobia (Pamplona Corte-Real, jurista e co-autor do livro mencionado estava entre o público e teceu algumas considerações interessantes sobre este assunto) e recordo-me de uma abordagem particularmente pertinente a propósito de casamento.
O filme exibido, "If these walls could talk", conta a história de um casal de lésbicas idosas que partilha durante grande parte das suas vidas, uma casa (que, naturalmente, só está no nome de uma delas) paga por ambas. Todos os objectos e cada canto da casa contêm uma história que lhes é comum. Vivem como amigas, perante a sociedade. Uma delas morre (a que tinha a casa em nome dela) e o sobrinho, ansioso por herdar a casa, pressiona psicologicamente a "amiga" da tia para que abandone o lar. Ela não tem como provar que metade da casa é dela, porque apesar das prestações ao banco serem pagas conjuntamente, não tendo o estatudo de casal (a raíz desta palavra é "casa", precisamente) ela não tem direito a NADA.

Quando o debate se estendeu ao público, houve uma amiga italiana que abordou o assunto, de modo um pouco agressivo (e só depois é que eu percebi o motivo da sua irritação). Não creio que ela tenha sido bem interpretada. Aliás, eu mesma, inicialmente não a compreendi, não pela diferença linguística mas, pelo alcance da sua exposição. Só depois, quando o microfone rodou para outras mãos é que digeri a mensagem made in Itália. Ela referia-se à propriedade privada e criticava o casamento enquanto dispositivo gerador de diferenças e disse: "Eu quero que me reconheçam como indivíduo!". Nunca tinha pensado bem nisso, mas ela estava coberta de razão, antes de os gays serem discriminados, são-no tod@s @s solteir@s.
Por que é que uma pessoa casada tem vantagens nos impostos? Eu quero ter as mesmas vantagens sendo solteira. E, veja-se, nem todas as pessoas são solteiras por opção. Se eu nunca encontrar ninguém que me ache interessante?

Nunca compreendi toda a simbologia por detrás disto. Alianças no dedinho anelar, qual mijadinha de gato a marcar território quando se tem uma aliança igual. Papéis assinados perante um padre e uma multidão de convidados que só pensam em coisas rídiculas "Ai, estes sapatos apertam-me imenso", "Por que é que estes santos estão todos a olhar para mim?", "Aquela saloia tem um écharpe igual ao meu, devia fulminá-la com os olhos, mas até que é gira, vou flirtar com ela".
O pai dirige-se orgulhoso, para o altar onde se encontra o futuro genro, com a sua menina pelo braço. Entrega simbolicamente (e institucionalmente também!!!) a sua filha ao noivo. A menina passa directamente da asa do pai para a asa do marido. O último nome da rapariga (que era o do pai) muda para o nome do marido. Simbolicamente diz tudo.
A parte gira do simbolismo: Gostei de saber, no casamento da minha prima, que o marido dela fizera questão de adquirir, também ele, o último nome dela (ou seja, do meu tio).
Eu posso não estar formalmente casada com uma pessoa e ainda assim sentir-me "em casa" quando me sinto a habitar no coração dela. Precisamos mesmo de alianças nos dedos para mostrar que se é propriedade e ao mesmo tempo que se detém alguém?
Eu não me quero casar, mas quero todos os privilégios que os casados têm.
Se os gays pedem direitos iguais, eu solteirissima, peço direitos iguais aos que estão casados. Também fujo aos meus impostos, tal como todos eles, a única diferença é que sou solteira. Faz algum sentido haver privilégios fiscais e sociais simplesmente porque eu jurei amor eterno a uma pessoa (quem mais jura mais mente)?

Breves armadilhas linguísticas:

casamento - "casa" é a raíz desta palavra (por ex. casado - uma pessoa que partilha a casa com outra). Esta associação de palavras não ocorre só em Português. Até em Turco a gracinha se repete: ev - casa; evde - casado.

matrimónio - "mater" (mãe) é a raíz etimológica que deu origem a esta palavra. Significa casamento, união formal de duas pessoas vinculadas por um suposto sentimento comum.

património - deriva de "pater" (pai). Significa a propriedade privada de um sujeito ou família (a própria mulher está incluída, já que também ela é considerada património do chefe de família).

Ainda se querem casar?

x-pressiongirl

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Monokini / Topless - o exemplo sueco


As amigas suecas andam revoltadas com o facto de terem de cobrir as maminhas. A notícia, que já tem cerca de 5 meses de vida, é dada em forma de caricatura, por isso vou tentar descobrir mais coisas sobre as amigas e depois venho contar.

Elas reivindicam o direito a ter a descoberto os seios e a usar só a parte inferior do bikini, tal como os homens, nas piscinas municipais. Alegam, e bem, que a obrigatoriedade de usar a parte superior do bikini é uma forma de discriminação do corpo feminino.


Se se conquistar o direito a usar facultativamente o bikini em locais públicos, temos mais uma planta no jardim feminista. Mas atenção que esta pretensa forma de igualdade é uma faca de dois (le)gumes. Como alguém disse, isto pode não significar propriamente que a sociedade esteja a ficar mais igualitária mas sim, mais perversa. Quem dita as regras autoriza mais facilmente a pornografia do que a igualdade.


Há uns tempos, uma amiga fez-me ver que uma mulher entra mais facilmente num museu se estiver nua dentro de um quadro do que se quiser entrar enquanto artista que pretende expor as suas próprias obras. Acham que é só uma coincidência, não acham? Pois, se for, não deixa de ser uma coincidência perversa.

Condessa X