domingo, 31 de agosto de 2008

Demos um Salto Alto

Com os pés bem aperaltados percorremos a Rua da Rosa até ao número 159.

(Esta imagem foi descaradamente surripiada deste blog que, por sua vez, roubou deste)

Este espaço já teve vários nomes. Foi Salto Alto, Keops, depois Liquid e agora recuperou o Salto que havia perdido.
Fomos gentilmente recebidas pelo comité de recepção, composto por quatro mocinhas que falavam animadamente à porta.
Ao entrarmos no local parece que entramos no Maria Lisboa, não só pela decoração, mas pela música e pela frequência, já que toda a gente se conhece sem se conhecer.


Aberto no dia 13 de Agosto, este é o mais novo bar de frequência maioritariamente lésbica, juntando-se ao pequeno leque de bares vocacionados para este público específico, tais como o bar Chueca, Primas e Purex. Esquecemo-nos de algum? Bikinem por favor!


KaiMiaMera & x-pressiongirl

P.S. - mosca sugeriu que se adicionasse o bar "Lábios de vinho";
ar, sugeriu que se adicionasse "memorial" e "agito"

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

O divórcio ou Até que a morte nos separe

Li, na imprensa e um pouco por toda a blogosfera, que o Observatório de Mulheres Assassinadas da UMAR contabilizou só este ano, contas feitas até Agosto, 31 mulheres assassinadas pelo cônjuge/namorado ou ex-cônjuge/ex-namorado.
Além disto, segundo dados do DN, foram contabilizadas 35 tentativas de homicídio relacionadas com violência doméstica.
Os números parecem pequenos porque Portugal é um país pequeno. Geográfica, mental e políticamente pequeno. O nosso Pequeno presidente vetou, na passada semana, o diploma que pretendia alterar o Regime Jurídico do Divórcio (recentemente reciclado pelo PS a partir da ideia original do Bloco de Esquerda). Cavaco afirma ter vetado o diploma por este "conduzir a uma indesejável desprotecção do cônjuge ou ex-cônjuge que se encontre numa situação mais fraca - geralmente a mulher - bem como, indirectmente, os filhos menores". E disse mais ainda, "numa situação de violência doméstica, em que o marido agride a mulher ao longo dos anos - uma realidade que não é rara em Portugal -, é possível aquele obter o divórcio independentemente da vontade da vítima de maus tratos".
Tentando simplificar: Em Portugal há, legalmente, dois tipos de divórcio, aquele que é obtido por mútuo acordo e aquele que é litigioso (normalmente o que traz mais dinheiro aos tribunais). Ou seja, ou o acordo é mútuo ou terão de fazer a vida negra um ao outro até que algum desapareça.



Não existe em Portugal, como existe em Espanha ou na Suécia, o divórcio unilateral, em que um dos cônjuges decida romper o vínculo sem ter de alegar nada contra o outro. O que o projecto de lei original (do BE) defendia era que se deixasse de ter de averiguar culpas, ajudar a apaziguar todo um processo que poderia ser menos penoso para todas as partes. Lê-se no arrastão: "A actual lei aplica ao casamento a lógica de qualquer contrato, mas acrescenta-lhe obrigações morais que nada têm a ver com o património (como o da fidelidade). Ou seja, aplica a sentimentos a lógica das obrigações contratuais. Das duas uma: ou ao casamento exige-se apenas obrigações patrimoniais e financeiras ou se reconhece a sua natureza excepcional entre os contratos legais. E se assim é, aceita-se que o fim do amor, do afecto ou até do respeito são razões mais do que suficientes para pôr fim ao casamento sem que nenhuma das partes tenha de ser considerada culpada. Ou seja, aceita-se o que todos nós sabemos: que nenhum casamento pode sobreviver contra a vontade de uma das partes".
Não me confunde nada que haja divórcios decididos unilateralmente, o que me confunde é que se possa conceber que existam casamentos baseados numa vontade unilateral. Alguém que se lembre disto, por favor:



Quanto às vítimas de violência doméstica, urge entender que antes de serem vítimas de violência doméstica são vítimas de muitas outras coisas: vítimas de um casamento falhado, vítimas de um namorado obsessivo, vítimas de uma família pouco hospitaleira, vítimas de pobreza, vítimas de uma sociedade desigual e individualista, vítimas de leis que não as protegem. É sempre bom relembrar que, há cerca de três meses, Marinho Pinto, bastonário da Ordem dos Advogados dissera não fazer sentido a violência doméstica ser considerada como crime público porque "Este modelo inviabiliza a desistência do processo ainda que a vítima assim o pretenda". Lá está a preocupação com a vítima... a preocupação em ajudar a vítima, não a proteger-se mas, a desistir de uma queixa.
Foi esta a preocupação que Cavaco transmitiu na passada semana ao mostrar-se tão solidariamente empenhado em manter casamentos unilaterais, apenas para se proteger o lado mais desprotegido, segundo ele, as mulheres.
Sentimo-nos mais protegidas não nos sentimos?

Condessa X

Nova enquete: Ejaculação feminina

Admirada com a votação? Não me diga que não sabia... nós também temos ejaculação! Ok, não fiquem muito animadas com a notícia porque ao que parece isto não é para todas. Há raparigas que nunca chegam a ter (ou pelo menos a reconhecê-la como ejaculação feminina), há raparigas que têm esporadicamente e há outras que deixaram de ter. Em breve será bikinado um post decente sobre isto.
Vamos deixar de ser totós e votar, está bem?

x-pressiongirl

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Resultados da enquete: Já usaste um Femidom?

Não ando muito satisfeita com as votações... nota-se mesmo que Portugal é um país de abstencionistas. Que raio de amostra poderemos ter apenas com 18 votos? Vamos lá, é só uma cruz e não, eu não envio choques eléctricos a quem não votar, mas rezo por vocês... e quando eu rezo as coisas acontecem.
Parte das votantes não sabia da existência destes preservativos e as que sabiam desconheciam onde poderiam adquiri-los. 22% das votantes (ou seja, 4 pessoas, é ridícula esta amostra) não pratica sexo seguro porque considera estar numa relação estável. Supõe-se então que quando a relação ainda não era "estável" os usassem. Ninguém afirmou usá-los regularmente. Percebe-se o porquê.
As opções eram: Já experimentei mas não gostei; Já experimentei mas são difíceis de adquirir; Já experimentei mas são muito caros; Sim, mas agora não uso porque estou numa relação estável; Sim e uso regularmente mesmo estando numa relação estável; Sim e uso sempre em relações sexuais esporádicas; Sim, mas achei inviável; Sim, mas entre raparigas não faz muito sentido; Não porque estou numa relação estável; Não porque não sei onde adquirir; Não porque são muito caros; Não porque não me parece viável; Não porque entre duas raparigas não faz sentido; Uau! Existem preservativos femininos?



Durante um animado serão sobre preservativos femininos um amigo ajudou-me a encontrar o prazo de validade do preservativo feminino. Estava mesmo muito escondido o prazo, mas eu digo-vos onde está: na parte lateral do plástico que envolve o Femidom. Foi muito difícil abrir esse plástico, tivemos de ir buscar uma faca. Por isso tenham cuidado para não assustar a rapariga que estiver convosco na altura de abrir o Femidom.

Onde ir buscar o Femidoms e Oral Dams?
Na Ilga. Consta que têm quilos de Femidoms e Oral Dams gratuitos para todas.

O Femidom protege em que aspecto?

O Femidom é usado como alternativa ao preservativo masculino. Ou seja, é um preservativo interior que protege na penetração.

Posso usá-lo nos meus dildos?
Não, darling, o Femidom é para ser introduzido dentro de si e não no objecto. Se quiser envolver os seus brinquedos creio que será mais prático o preservativo masculino.

Então e para cunnilingus e anilingus?
Já diversas associações sugeriram que se opte por cortar um preservativo masculino ao meio e aplicar um dos quadradinhos na vagina da rapariga em questão. Outra opção é usar película Glad. Há também uma coisa a que se dá o nome de dental dams ou oral dams que podem ser encomendados através da internet.

Onde posso encontrar oral dams/dental dams?
Além da Ilga tê-los para distribuição gratuita, várias sex shops portuguesas disponibilizam-nos online, mas são muito caros. Antidote teve a gentileza de partilhar um site alemão que vende dental dams com sabor a morango ou baunilha por €0,99 cada unidade. Se encomendarem 30 unidades os portes de envio não serão cobrados. Obrigada pela partilha, antidote! Se não souberem alemão não se preocupem que há muitas amigas alemãs a passar férias por cá e que terão todo o gosto em traduzir-vos isso.

E relativamente ao contacto entre genitais?
Esta foi uma questão interessante que surgiu no fórum da rede ex-aequo. De facto, parece-me ser dos aspectos menos abordados apesar de ter a ideia de que será uma fonte de riscos no que toca a doenças infecciosas. De facto não tenho resposta para isto, se alguém tiver que as bikine, por gentileza.


x-pressiongirl

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Trocar contactos - 12 lésbicas em acção

As amigas* estão em apuros. Não frequentaram o Curso de Boas Normas e Ética Lésbica e agora não sabem muito bem como sair desta situação, de forma airosa:

“Caí na asneira de dar o meu número de telefone à rapariga que conheci ontem e ela agora não me larga. O que faço?”

Vítima – Aproveito para desabafar com ela, estava mesmo a precisar de falar com alguém.
Machona – Asneira? Qual asneira? Deixa lá a miúda continuar a ligar que eu ainda lhe mostro o meu “strap-on” novo.
Tímida – Pois, se calhar não foi mesmo boa ideia ter-lhe dado o número, mas também tive vergonha de dizer que não. Vou fingir que estou sem saldo e não lhe vou responder.
Sonsa – Ai, a gaja não se toca. Já lhe disse que sim, que gostaria de vê-la só para ela ficar contente, mas à última da hora desmarco ou então finjo que fiquei sem saldo. Há-de se fartar.
Brincalhona – Desculpe, mas acho que se deve ter enganado no número.
Simpática – Vou tomar um café com ela só para mostrar que sou fixe.
Desportista – Vou levar os meus óculos da Arnette e os meus ténis mais novos da Adidas, ah e aquele top que realça os músculos dos braços.
Intelectual – Credo, a mulher não tem conversa nenhuma. Onde é que eu estava com a cabeça quando lhe dei o número?
Obsessiva – Sim, sim, vamos tomar café. Ontem até estive a ver uns aí ao pé da tua casa. Vê lá não me deixes pendurada!
Artística – Talvez lhe possa mostrar alguns dos poemas que escrevi para a minha ex.
Púdica – Mas será que ela me quer levar para a cama? Acho perigoso encontrar-me com estranhos. Só falei com ela ontem durante meia hora.
Diva - Eu não lhe dei o meu número. A rapariga meteu conversa comigo numa discoteca, mas não fazia o meu tipo. Não gosto que as pessoas percam tempo comigo quando eu não estou interessada. Disse-lhe que fora um prazer conhecê-la (ok, é mentira, mas foi só para ser delicada, ok?), pedi-lhe que não me levasse a mal e disse-lhe que tinha clara preferência por raparigas mais novas que ela. Abri-lhe um sorriso sincero e desejei-lhe boa sorte.

x-pressiongirl

* Amigas no dicionário sembikini ganhou o siginificado de "lésbicas". Vá, perguntem: "Podemos então dizer que todas elas são amigas?"
Para eu responder: "Elas não são amigas umas das outras porque ainda nem sequer se conhecem. No entanto, podemos dizer que elas são "amigas", nesse novo sentido da palavra que eu inventei quando estava a tirar o curso de lésbica.


P.S. - Quem ainda não conhece as amigas poderá conhecê-las aqui.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Femicondom sempre consigo

Uma amiga disse-me que tem sonhado que Femicondoms gigantes a perseguem para todo o lado. Só consegue acordar quando um dos Femicondoms a apanha e começa a sufocá-la.

Vamos desmistificar o Femicondom que ainda por cima vem envolvido num panfleto informativo deveras apelativo, assim numa espécie de carteira de ganga que depois de aberta nos revela as Instruções de uso (ex: usar o dedo indicador para empurrar o anel do Femicondom... porquê o indicador se temos outro mais comprido?) e os Conselhos de Utilização.
Intrigam-me três desses conselhos de utilizaçao:
- Verificar sempre a data da embalagem;
Juro que andei às voltas a tentar encontrar alguma data e não encontro nada. Acho que vou, simplesmente, guardar o Femicondom de recordação.
- O preservativo feminino pode ser inserido até oito horas antes do coito;
Convém ter mais do que um Femidom à mão porque as brincadeirinhas podem durar bem mais de oito horas.
- Não utilizar um preservativo feminino ao mesmo tempo que um masculino.
Obviously, darling. A woman needs a man like a fish needs a bycicle.


Não tenham pesadelos com Femicondoms, está bem? Vá, sonhos femininos.

x-pressiongirl

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

I Beach party gay em Lisboa

Chama-se Sparkling Party e, segundo a organização, é a melhor beach party gay de Lisboa. Não é difícil ser a melhor porque, de facto, é a primeira.


A grande beach party vai acontecer no dia 13 de Setembro, às 22:30h na Praia da Bela Vista (praia 17,5 não é?) e ela será bela com certeza porque nessa altura Lisboa estará ainda muito povoada de turistas.
E porque o house é a nossa casa, o preço incluí todas as bebidas que quiserem e dá direito a mergulho ao som dos preciosos mixes de DJ Andy H e DJ Hugo Santana.
A organização desenvolveu parcerias com hóteis e rent-a-cars para quem não é de Lisboa mas, como vocês sabem, não há nada melhor do que interagir com os locais e, se possivel, ficar em suas casas.
Não tens como chegar à praia da Bela Vista ou não queres levar o carro? Não há problema. A organização vai disponibilizar uma Priscilla destas



de meia em meia hora, a partir do Marquês de Pombal.
Agora a má notícia: €40 euros é abusivo e eu estou a ver que vou ter de partir o meu porquinho porque a Condessa ainda está a curtir a depressão pós-férias e já fez saber que não vai oferecer entradas a ninguém. Porca!

x-pressiongirl

P.S. - Havia necessidade de se fazer um flyer só em Inglês e Espanhol? Será que a organização faz uma pequena ideia de quanto custa uma tradutora gira?

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Já usaste um preservativo feminino (Femidom)? - Enquete

Voltei a encontrar este fim-de-semana um daqueles rapazes simpáticos que costumam andar pelo Bairro Alto a distribuir preservativos. A Associação (não é a Brigada do Preservativo nem a Abraço... como eu gostaria de me lembrar do nome da Associação) distribui também uns informativos discos de papel sobre o consumo de drogas. Falámos sobre sexo seguro entre lésbicas e ele teve a gentileza de me presentear com dois Femidom prêt-a-utiliser. A palavra Femidom nasce do enlace entre FEMInin conDOM que é, como quem diz, um preservativo interior.
Fiquei a saber que a Ilga também tem um grande stock destes preservativos à nossa espera, mas estranhamente não vejo nada publicado no site deles. O sembikini vai organizar um rally até à Ilga afim de irmos buscar aquilo que têm para nós. Não mais usaremos preservativos standard cortados ao meio (querida, espera um pouco que tenho de procurar a tesoura) nem película Glad, sim dessa mesmo que foi feita originalmente para conservar os alimentos. Nham nham.
Já aqui tinha bikinado as inconclusões sobre sexo (in)seguro entre raparigas. No fórum da rede ex-aequo apercebi-me que as raparigas que afirmavam fazer sexo seguro apenas o faziam com rapazes e que a maioria afirmava nunca ter feito sexo seguro com a namorada porque estava numa relação estável. Será que a relação é estável logo na primeira noite de sexo? E uma relação estável não pode vir a destabilizar-se? Ai, eu sou horrível com estes pensamentos não sou? ;-)
Esta é a nova enquete do sembikini. As hipóteses são reduzidas e pouco abrangentes porque esta porcaria do blogspot não permite grandes devaneios. Quem quiser participar na grande votação deve fazê-lo no tópico colocado no fórum da rede ex-aequo.

x-pressiongirl

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Resultados enquete: como defines a tua relação actual

Eis os resultados da enquente sembikini. Ganharam as solteiríssimas. O que vale é que dá para mudar de voto à última da hora. Fiquei contente por saber que nenhuma das votantes mantinha qualquer outra relação, de forma secreta. ;-)
As opções eram:
Não estou envolvid@ com ninguém; Estou envolvid@ sexualmente com uma pessoa; Estou envolvid@ afectivamente com uma pessoa; Namoro com uma pessoa; Sou casad@ com uma pessoa; Secretamente mantenho várias relações ao mesmo tempo; Estou envolvid@ sexualmente com mais de uma pessoa e não o escondo; Estou envolvid@ afectivamente com mais de uma pessoa e não o escondo; Namoro com mais de uma pessoa e não o escondo; Mantenho uma relação aberta.




x-pressiongirl

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Vou apresentar-vos 12 lésbicas

Se andam no mundo real conhecem-nas bem. Algumas aparecem em maior quantidade, outras são mais raras de encontrar. Vou apresentar-vos 12 lésbicas que não têm nome, apenas adjectivação. A caricatura existe apenas porque as personagens também existem. Toda a sátira tem a pretensão de provocar uma reacção interior que desejavelmente deverá conduzir a algum tipo de mudança, no entanto, a mudança que considero desejável para as lésbicas considero-a necessária para os gays e para os heterossexuais.

Focar-me-ei na atitude delas:

Vítima – está sempre a lamentar-se que já sofreu muito. Adora associar a palavra amor a sofrimento. Toda a gente já lhe fez coisas tenebrosas mas, nem sempre esta miúda se lembra que também ela o faz.
Tem a mania – que nunca ninguém sofreu como ela;
Gosta – de raparigas complicadas e sofridas porque adora comparar as misérias e as feridas dos outros com as suas;
Não gosta – que não prestem atenção às suas infelicidades;
Acha – que o mundo é mau e as lésbicas são piores ainda;
Sexo – deve ser muito carinhoso, porque a vida já é demasiado bruta;
Assusta-se – quando alguém tem uma história similar à sua;
Recorre – à chantagem psicológica. Só raras vezes usa armas brancas;
Vai – fazer com que te sintas culpada por tudo o que de mau lhe acontece.

Machona – Pensa que é um cavalheiro. Adora abrir a porta às “damas”, oferecer bebidas e coçar os seus “tomates” imaginários. Quando tem namorada anda sempre a controlá-la e o único sítio onde é capaz de deixá-la sozinha é em casa, longe de qualquer olhar de cobiça.
Tem a mania – que tem um pénis entre as pernas;
Gosta – que as damas a vejam como um verdadeiro gentleman e nos tempos livres gosta de cuspir para o ar e ver se não lhe cai em cima;
Não gosta – que lhe toquem no corpo;
Acha – que qualquer gaja serve, desde que tenha mamas;
Sexo – Desde que seja ela a penetrar a namorada com o dildo;
Assusta-se – quando vê uma machona mais machona que ela;
Recorre – à fragilidade emocional que as suas vítimas demonstrem ter, afim de melhor poder dominá-las;
Vai – transformar-se num macho pior que um verdadeiro homem.

Tímida – diz que só procura amizade, porque tem vergonha de admitir que gosta mesmo é de uma boa f***.
Tem a mania – que têm de ser sempre as outras a tomar qualquer tipo de iniciativa;
Gosta – de ser paparicada;
Não gosta – que pensem que ela não é uma menina certinha;
Acha – que a timidez é um trunfo;
Sexo – Pouco explícito e em silêncio;
Assusta-se – quando uma rapariga é demasiado frontal com ela;
Recorre – ao papel de ingénua para justificar a sua inacção;
Vai – esperar que sejas sempre tu a fazer tudo: a iniciar, a alimentar, e a destruir o vosso relacionamento.

Sonsa – diz que não costuma engatar, mas mesmo quando tem namorada está sempre a “galar” as outras.
Tem a mania – de “dar corda” a toda a gente, mesmo àquelas que não lhe interessam para mais nada senão para encher o seu débil ego;
Gosta – de ser atormentada pelas “stalkers” (que ela própria incentivou) e mostrar às amigas as mensagens que recebe destas miúdas desesperadas para a encontrar;
Não gosta – que lhe dêem desprezo;
Acha – que ser simpática é fingir que se gosta de toda a gente;
Sexo – só se ela não contar nada a ninguém, muito menos à minha namorada;
Assusta-se – quando alguém descobre que ela é das que gostam de ter a “côrte toda atrás”;
Recorre – ao papel de ingénua para justificar a sua insensatez;
Vai – esperar que alguém lhe dê um par de estalos para ver se cresce.

Brincalhona – Aparentemente está sempre bem disposta, é naturalmente gozona e gosta de misturar-se com pessoas mais sérias que ela para poder brilhar à vontade.
Tem a mania – que está num filme de comédia;
Gosta – de ser o bobo da côrte;
Não gosta – quando alguém já conhece de avanço a piada que ela vai contar;
Acha – que as pessoas que não gostam do seu excessivo sentido de humor não merecem viver;
Sexo – com a televisão sintonizada na BritCom;
Assusta-se – quando ninguém se ri de uma piada sua;
Recorre – às mais incríveis patetices para despertar a tua atenção;
Vai – amarrar-te a uma cama e tocar-te com uma pena assim que esgotar o seu repertório de piadas.

Simpática – Mostra-se sempre muito gentil e prestável em qualquer circunstância (sobretudo antes de ires para a cama com ela), mas atenção aos segundos interesses desta menina. A partir do momento em que fores excluída da sua “pink list” a simpatia artificial dela será posta a descoberto.
Tem a mania – de dizer que as pessoas têm tendência para se aproveitar da sua bondade;
Gosta – que recorram a ela, sobretudo para contar os dramas (normalmente faz bom par com a lésbica Vítima);
Não gosta – quando alguém se está nas tintas para o seu voluntarismo;
Acha – que tudo se conquista com um sorriso. Mesmo que ele seja amarelo;
Sexo – só por caridade;
Assusta-se – quando a X recorreu à Y para lhe pedir um conselho e não a ela;
Recorre – às mini-saias e aos decotes excessivos, se achar que o seu sorriso já teve melhores dias;
Vai – estender-se aos teus pés até que ela mesma consiga pisar-te.

Desportista – Dá extremo valor ao físico mas normalmente diz que só gosta das pessoas pelo seu interior. Passa horas no ginásio só para fabricar um músculo que acha que vai ficar bem com aquele top. Faz-se fotografar com pranchas de surf e skate para dar um ar de verdadeira desportista.
Tem a mania – que tem uma mente sã;
Gosta – que pensem que o corpo dela é assim naturalmente e sem esforço nenhum;
Não gosta – quando alguém lhe diz que está mais gorda (ok, acho que desta ninguém gosta);
Acha – que só fica bem de ténis;
Sexo – só se ela não se importar com o cheiro a suor;
Assusta-se – quando conhece uma verdadeira amante de desporto que detesta ginásios;
Recorre – aos insultos e às criticas ao teu corpo só para que te sintas inferior a ela;
Vai – comprar uma prancha de surf só para te atacar, se disseres que a vossa relação não vai bem.

Intelectual – Está sempre a citar autores consagrados e a referir livros que mais ninguém leu. Dá muito valor a uma boa conversa antes, durante e depois do sexo. Um dos seus maiores defeitos é falar demais e ouvir de menos, isto porque normalmente só está calada quando está a ler (algumas até lêem em voz alta).
Tem a mania – que sabe muitas coisas e normalmente tem opinião formada sobre qualquer assunto. Quando não tem, constrói uma opinião de última hora baseada na sua mais pura intuição;
Gosta – que pensem que passa o tempo a ver exposições e a ler bons livros;
Não gosta – quando alguém menciona um autor que ela não conhece;
Acha – que as lésbicas incultas não são dignas de ser lésbicas;
Sexo – só depois de acabar de ler este capítulo, está bem? ;
Assusta-se – quando lhe propõem uma noite de copos;
Recorre – à sua cultura geral para tentar convencer os outros de coisas em que nem ela está segura de acreditar;
Vai – entupir as tuas prateleiras de livros e obrigar-te a ler um a um para que estejas à altura de ser namorada dela.

Obsessiva – A boa notícia é que não vais precisar mais de andar com a tua agenda atrás. Ela saberá a tua agenda de cor, basta que lhe perguntes. Mais do que isso, ela esforçar-se-á por ser a tua única “agenda” (a única coisa que terás para fazer).
Se ainda não começaste a namorar com ela, se calhar é bom não começares. Se já namoram, paga-lhe um psicólogo antes que sejas tu a precisar de um.
Normalmente a obsessiva tem sempre namorada, já que é uma pessoa que costuma ter extrema dificuldade em suportar-se a ela mesma, sozinha. Quando não tem namorada costuma investir nas ex.
Tem a mania – que estão sempre a esconder-lhe alguma coisa;
Gosta – que precisem dela a todo o momento e de saber tudo o que se passa no mundo e na tua cabeça (mesmo quando nem tu própria sabes);
Não gosta – que a abandonem. Prefere ser ela a abandonar;
Acha – mal que a namorada queira sair só com as colegas de turma. Faz questão de ir ao jantar mesmo que a única pessoa que conheça e com quem poderá desenvolver assunto seja a sua própria namorada;
Sexo – Espera aí, espera aí! Isto não é o teu perfume, pois não? Mudaste de perfume? Como assim, é o mesmo de sempre? Eu sei que estou constipada, mas o cheiro pareceu-me diferente. ;
Assusta-se – quando a namorada não lhe atende o telefone;
Recorre – ao seu faro de detective para descobrir verdades que só existem na sua cabeça;
Vai – deixar-te doida ao ponto de não a suportares mais. Se acabares com ela irá perseguir-te para todo o lado e encher-te o telemóvel com mensagens ora ameaçadoras, ora apaixonadas, ora depressivas, até ficar sem saldo.

Artística – Gosta de exprimir-se com uma caneta na mão, quiçá com um pincel, às vezes compõe música, faz teatro, gosta de fotografia e, mais raramente, faz cinema ou esculpe. Na verdade as lésbicas têm todas a mania que são grandes artistas. Grande parte das lésbicas lamechas passam metade da sua vida a escrever poemas e blogs para gajas que nunca as vão querer. Aquelas que são um pouco mais masoquistas adoram “copiar” poemas depressivos, sobretudo dos heterónimos pessoanos.
Tem a mania – que ninguém escreve como ela;
Gosta – de mostrar às potenciais amantes as suas grandiosas obras;
Não gosta – de raparigas que não saibam avaliar bem o seu valor artístico;
Acha – que tem uma mensagem qualquer a transmitir ao mundo;
Sexo – Primeiro tenho de esconder a câmera, sem que ela dê por isso. Sempre quis fazer um filme de qualidade;
Assusta-se – quando as ex descobrem que enviava os mesmos poemas a todas elas;
Recorre – à arte para expor publicamente todo o ódio e todo o amor que sente por ti. Amiga, reza para que ela nunca seja famosa!;
Vai – vender na feira da ladra o filme que fez na vossa primeira noite de sexo.


Púdica – Acha mal as pessoas terem sexo por divertimento. O sexo para elas é uma coisa quase sagrada que só se faz com a namorada (costumam mudar de namorada semanalmente).
Tem a mania – que é uma pessoa resguardada e que as pessoas que se assumem sem complexos são exibicionistas;
Gosta – que ninguém saiba que ela é lésbica;
Não gosta – quando alguém não se mostra surpreendido quando ela conta que é lésbica;
Acha – que as lésbicas não querem uma relação séria e só querem andar aí a curtir;
Sexo – Devia ser só para fazer bebés. Ando a tentar com a minha nova namorada. ;
Assusta-se – quando a convidam para fazer um ménage;
Recorre – à sua hipocrisia para esconder a verdadeira p*** que há dentro de si;
Vai – pôr-te os palitos com toda a gente que lhe quiser saltar em cima e se alguma vez a confrontares com isso, negá-lo-á sempre com todo o vigor. Mas não te preocupes com isto porque o mais provável é não teres tempo de questionar nada já que, como referi no início, as relações desta menina costumam durar, em média, uma semana.

Diva – Todas as descrições feitas anteriormente servem para explicar aquilo que a verdadeira lésbica Diva NÃO deve ser. O lema da Diva é “Sê aquilo que procuras nos outros!”.
Tem a mania – que não tem manias nenhumas;
Gosta – que apreciem a sua forma de ser;
Não gosta – de lésbicas que não tenham uma postura de divas. Normalmente as divas não se misturam muito com as outras categorias;
Acha – que antes de se ser lésbica, é-se mulher, é-se human@. ;
Sexo – do bom e do melhor e com pessoas de qualidade. Porque eu mereço ;
Assusta-se – com as lésbicas que estão-se nas tintas para serem exemplares Divas lésbicas;
Recorre – ao bom senso e à sua lábia natural para tentar convencer-te a ser uma Diva;
Vai – querer ser tua amiga mesmo que as coisas não corram bem noutros campos. A Diva costuma ser excessivamente diplomática o que pode causar algum constrangimento (sobretudo para aquelas que não estão habituadas às mais elementares regras de convivência). Isto pode levar-te a mandá-la ir apanhar urtigas, se não tiveres paciência com as regras diplomáticas que se estabelecem na cabeça da Diva.

Quem chegou a esta parte já compreendeu que a Diva é a melhorzinha porque alguém tem de dar o exemplo. Em breve contarei o que acontece quando elas interagem.

Se alguém quiser aventurar-se com desenhos destas lésbicas, queira ter a gentileza de partilhar para o sembikini@gmail.com , porque a condessa também não sabe desenhar. Não há prémios para melhores desenhos mas garanto que será divertido bikinar sobre isto.

x-pressiongirl



P.S. - Depois deste post inaugural, surgiram vários episódios das 12 lésbicas. Podem encontrá-los aqui.
A Condessa X ajudou-me a fazer um teste no Facebook para descobrires qual destas 12 lésbicas habita dentro de ti.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Diz-me como a chuva - até 17 de Agosto

"Diz-me como a chuva" estará em cartaz na Comuna até dia 17 de Agosto.
A partir da obra de Tenessee Williams, surge este espectáculo protagonizado por Cucha Carvalheiro e Isabel Medina que ao longo da peça irão encarnar as mais diversas personagens do universo de Williams.



Esta é uma produção da Escola de Mulheres, fundada em 1995, cujo objectivo primeiro é "privilegiar a criação e o trabalho feminino no Teatro e promover e divulgar uma nova dramaturgia de temática e escrita femininas, quer nacional, quer estrangeira, na medida em que o repertório habitualmente representado nos nossos palcos não reflecte, em nosso entender, o papel que nas últimas décadas a Mulher tem vindo a desempenhar, assim como as novas contradições que daí advêm, vinculando quase sempre pontos de vista masculinos sobre as mulheres e reproduzindo universos tipicamente masculinos.". Mais informações aqui.

Bilheteira Teatro: 931 619 217
TicketLine: 707 234 234

De 4ª a Sábado às 21h45
Domingos às 17h00

Bilhetes: 12,50 €
Descontos: 7,50 € (menos de 25 e mais de 65)
Maiores de 12 anos

Condessa X

Nova enquete: Como defines a tua relação actual?

Esta é a nova enquete sembikini. Muitas vezes definir uma relação implica entrar em acordos, dado que ninguém se relaciona sozinho. Não se pergunta aqui se se é solteiro ou comprometido, mas que tipo de relação se mantém com a pessoa ou pessoas com a qual/as quais interage no momento. Se a relação é meramente sexual ou também afectiva, se é fechada ou aberta, e se é composta por mais de duas pessoas que aceitem natural e conscientemente esse facto (a isto chama-se poliamor).

x-pressiongirl

resultado enquete: Brinquedos sexuais

É bom saber que entre as votantes não há ninguém que não saiba o que é um dildo. É bom saber também que não há nenhuma que já tivesse usado um e que não tenha gostado. Mais de metade das votantes já usou e recomenda. Cerca de 1/4 das votantes afirmou querer experimentar estes brinquedinhos. Apenas uma menina disse que nunca usou nem tenciona usar. Quanto às meninas que votaram na última opção: Não, acho que um homem não conta! ;-)




x-pressiongirl

sábado, 9 de agosto de 2008

Lesboa - 2º aniversário

Já tem data marcada a próxima Lesboa. Será no dia 3 de Outubro e como o bom filho a casa torna esta edição voltará a ter lugar no ISA. As portas abrem às 23:30 às mulheres de branco (o dress code é obrigatório). Serão €15 com direito a um duche de TGV (Tequilla, Gin e Vodka).



As DJ's são fabulosas: Raquel Kraft que recentemente tem marcado presença em diversas festas e presenteado as pistas de dança dos bares mais animados da noite lisboeta irá abrir novamente a pista da Lesboa.
Mariana Couto, cujo trabalho confesso não conhecer ainda.
Rita Zukt, a girl de Leiria que de vez em quando desce a Lisboa para animadas sessões de Electro e Minimal no club Souk. De presentinho deixo aqui uns sets belíssimos.
Tânia Pascoal, que pôs um Armazém de Alcântara a gemer de loucura e delírio na I Lesboa e que agora surge com um novo álbum com o sugestivo nome de "Electronic Seduction". A visita ao myspace desta DJ também é obrigatória!

Condessa X

P.S. - A parte de terem direito a duche de TGV era a brincar, ok? Os €15 só dão direito a uma bebida. Sugeri o shot TGV porque assim bebem três de uma vez.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Gala - a diva italiana

Digam-me que se lembram desta italiana belíssima.



Não estão a reconhecê-la? De facto, há muito tempo que não se ouve falar desta rapariga, pelo menos aqui em Portugal onde as boas notícias nem sempre chegam depressa. Esta ragazza de Milão reapareceu há cerca de 2 anos com este single "Faraway".
Em finais dos anos 90, as suas músicas fizeram tremendo sucesso por cá. Destas vocês recordam-se, hein?



Quem não se lembra dos mega-sucessos Come into my life, Let a boy cry ou Freed from desire?
Com apenas 32 anos, Gala tem uma legião de fãs espalhad@s pelos quatro cantos de uma terra arredondada. As suas letras são deveras sugestivas para as lésbicas atentas, mas não são só as letras, já que também os seus vídeos exploram bastante a questão dos papéis, do queer e, consequentemente, da sexualidade, ou melhor, das diversas sexualidades. Chego ao ponto em que me apetece transcrever algumas das suas letras.
"Everyone has inside" (esta é dedicada às amigas que não gostam de pagar entrada nas discotecas)
"Ex-excuse me
We are two
Ye-yeah, uh, me and my girlfriend "
Só consegui achar este remix, mas se tiveram acesso à versão original poderão acompanhar a letra que é hilariante.



"Summer eclipse" (com Gipsy kings)
"we try to avoid each other's eyes
they say our hands should never touch
rules of love that kill so much
I'll wait for you, if this can't be
we'll meet again in a dream"

"Let a boy cry"
"They made you change, do you remember when you were someone else
Soldiers and dolls won't give away my childhood dreams
I was a pirate, I conquered, and I sailed free
And they say silver, I choose gold
I've never done as I've been told"
e mais adiante
"Someone will judge her crazy soul
Let the girl fight and she will know"

As novas músicas também têm letras muito interessantes que poderão consultar aqui. De destacar uma musiquinha com a participação dos Balkan Beat Box, que estiveram entre nós na semana passada, no Festival Med, em Loulé.

Gala é muito reservada relativamente à sua vida pessoal e por isso ainda ganha mais pontos porque parece querer ser apreciada pelo seu trabalho e não pela sua conduta. Nos tempos que correm é uma raridade haver artistas que não se vendam ao "rosa-choque" da imprensa medíocre que reina no paraíso dos ignorantes. Nunca em lado algum li ou vi Gala assumir-se como homo ou bissexual. A Pink TV é o primeiro canal de temática gay da televisão francesa e já terá cerca de 4 anos. A Pink TV pregou-lhe uma partidinha de gosto duvidoso. É um bocado sacana tentar sacar informações pessoais desta forma:



Ah, quem tiver dificuldades com a língua francesa (os franceses têm a mania de dobrar a voz dos estrangeiros) pode avisar que a Condessa certamente disponibilizará a sua intérprete pessoal.

Mais informações sobre Gala Rizzatto:

http://www.galasound.com/ - site oficial

http://www.myspace.com/galamusic

http://galarizzatto.com/ - site criado por fãs brasileiras


Boas músicas!

x-pressiongirl

P.S. - Consta que Gala lançou recentemente a sua própria editora com o sugestivo nome de "Matriarchy". Alguma alma mais informada que tenha a gentileza de confirmar se isto é verdade.

sábado, 2 de agosto de 2008

Abrigo

Regarde de femme teve a gentileza de brindar o sembikini com uma reflexão sobre o filme Abrigo. Todo o texto que segue é da sua responsabilidade:

Caríssimas Condessa X e X-pressiongirl,

Agradeço o convite que me foi feito por vós, para escrever no “Sembikini”. É para mim, um verdadeiro privilégio!
Antes de começar quero também cumprimentar as visitantes informadas e de bom gosto do “Sembikini”. Bem-haja!
O “momento de reflexão” que escolhi desenvolver é sobre o filme “Abrigo”, que já foi sugerido aqui, pela Condessa. O objectivo não é contá-lo mas sim pensá-lo de acordo com a principal causa deste blog. A homossexualidade.

Antes de ver o filme as expectativas eram:
* Homossexualidade
* Imigração / Clandestinidade
Depois,
* Imigração / Clandestinidade
* Riqueza / Poder
* Pobreza
* Homossexualidade
Interessante, não é?
O filme vale a pena para quem gosta de causas sociais, para quem gosta de filmes algo parados. O ar que se respirava naquela sala era quase puro de tão vazia que estava. Enfim… como diria a nossa estimada Condessa, “ isto são conversas para outros «bikinis» ”.
Antes de mais, tenho de confessar uma coisa. Em primeiro lugar, fui ver o filme por causa da Maria de Medeiros (não ia perder a oportunidade de ouvi-la falar italiano! Que charme!) e em segundo por causa da Homossexualidade. Qual não foi o meu espanto, quando sai da sala de cinema a “discutir” problemas como Imigração / Clandestinidade; Poder; Globalização; Riqueza; Pobreza; Hipocrisia e… da Maria de Medeiros a falar italiano (a quem eu dou nota 20!).
A Homossexualidade ficou em segundo plano na discussão e isso, sinceramente, agradou-me. Passo a explicar. No filme, lembro-me de dois pontos altos alusivos directamente ao tema: 1) A dificuldade em dizer com todas as palavras: Sou Gay! (Continua a ser um problema real dos homossexuais!); 2) A Aceitação dos pais. Neste caso, a mãe. (O resto da família… “Hoje em dia é «moda» ter um gay na família”! Ainda não percebi se esta ideia é positiva ou não!). Todos os restantes momentos estão indirectamente ligados por consequência de outros. P. Ex: Traição, diferença de classes, i.e., namorar com a patroa que, por sinal é rica e dá direito a alguns privilégios.
A forma simples, prática e natural como Marco Puccioni, conseguiu mostrar que uma relação homossexual pode ser bela, cúmplice, sexual, sensual mas também insegura, ciumenta, possessiva foi muito bem trabalhada. Foi capaz de lhe dar um estatuto igual às relações heterossexuais, no que toca a emoções, a sentimentos, independentemente do género.
Se agora conversasse com a Condessa X aposto que me perguntaria com aquele ar sarcástico: ”Então diga-me, qual é a novidade que nos quer dar?”
Ao que eu responderia:
- Sabe Condessa, enquanto continuar a ler coisas como: “ Estava com o meu filho de 6 anos no metro e à nossa frente dois rapazes conversavam. De repente começam a beijar-se. Olhei para o meu filho e pensei: e agora como lhe vou explicar isto?”, significa que gostar de alguém do mesmo sexo ainda não é tão natural quanto queríamos que fosse, significa que ainda se continua a reivindicar direitos legislativos e sociais iguais, (como é possível ter deveres quando não se tem direitos?), significa que ainda se continua a luta contraditoriamente extenuante e incansável de mudar mentalidades.
Neste sentido, filmes que valorizem, de uma forma digna, temas bem mais graves que a homossexualidade será sempre uma mais-valia!
A Imigração/Clandestinidade é, sem dúvida, uma questão muito mais complexa que exige um estudo mais detalhado e acima de tudo uma acção forte “in loco”.
O filme representa bem a linha ténue que separa o ser descriminado daquele que descrimina. E que não é a orientação sexual que dita a degradação do mundo, mas sim, nesta longa-metragem, o poder financeiro, as classes, os conflitos de interesses.





A Homossexualidade não é um problema!




Estes são problemas e sublinho problemas que realmente interessam! Vale a pena ouvir o que esta Senhora diz!

Quando tenho o prazer de tê-las a tomar um copo de champanhe comigo?

Regarde de Femme