Quis saber como tinha corrido o blind date e perguntei-lhes:
Como vos parecia ela no início?
Onde se encontraram?
Como correu o date?
Com que impressão ficaste dela no final?
Vão voltar a ver-se?
Vítima – Ela parecia uma rapariga muito doce, escutava-me sempre que eu precisava de desabafar e decidimos combinar um encontro. Fomos dar um ameno passeio no Parque Eduardo VII. Ela estava constantemente a tocar-me e a abraçar-me, fartou-se de me dar dicas e quando eu tentei avançar com um beijo ela disse que eu estava a interpretá-la mal. Só me acontecem destas. Fiquei com a impressão que além de sonsa ela finge ser simpática só para as pessoas falarem bem dela. Ah, eu gostava de voltar a vê-la porque apesar de tudo ela parece ser uma boa ouvinte.
Machona – Acho que ela precisa de alguém que a proteja das lésbicas cabras que andam por aí. Parece um bocado tímida e tem cá umas mamas… Encontrámo-nos num centro comercial e tudo parecia estar a correr bem até que eu decidi ir à casa-de-banho atrás dela. Ela pareceu-me um pouco nervosa e disse que tinha de se ir embora em breve. Insistiu que queria ir de metro, mas eu voluntariei-me para levá-la a casa no meu carro. Fiz questão de me certificar que ela entrava no prédio, só para ficar a saber onde mora. Vou telefonar-lhe mais logo para saber se posso voltar a vê-la amanhã.
Tímida – Pareceu-me muito prestável e perante a minha indecisão tomou a iniciativa de escolher um sítio, por sinal, bem movimentado para que toda a gente nos visse. Odiei. Fiquei iludida pelas fotos que ela tinha da Angelina Jolie e devo ter-me mentalizado que ela seria parecida. Nunca mais me encontro com ninguém que não tenha foto. Eu devia ter desconfiado que ela era uma machona quando me perguntou o número do meu soutien. Não parava de me agarrar as mãos e elogiar o meu bonito sorriso. Entrei em pânico porque não conseguia dizer nada e então tive a ideia de lhe dizer que ia à casa-de-banho, sendo que a minha intenção era fugir dela. Quando olhei para trás notei que me seguira até à casa-de-banho. Disse-lhe que me estava a sentir mal e que ia para casa. Ela insistiu para que eu a deixasse levar-me de carro. Disse que não, mas ela agarrou no meu braço com tanta força que fiquei com medo e deixei-a levar-me. Felizmente dei a morada da casa da minha avó, que ficou surpreendidíssima com a minha visita. Acho que amanhã vou mudar o número do telemóvel porque a gaja não pára de me chatear.
Sonsa – Percebi que a gaja queria festa porque foi logo bem clara no início. Achei-a demasiado confiante e isso assusta-me um bocado. Também a achei convencida e isso enerva-me. Inventou que me queria levar para ver dança do ventre, olhem só o truque dela! Como se alguém fizesse dança do ventre profissional aqui em Portugal… Encontrámo-nos no cabaret Maxime e curtimos numa das mesas mais escondidas, ainda que só eu parecesse ter a preocupação de poder ser vista. Ela passou o tempo todo a fazer-se a mim e eu acabei por me deixar influenciar pela doidice do momento e pelo álcool que ela me ia incentivando a tomar, porque a minha intenção era mesmo tomar só um copo e vir-me embora. Basicamente, ela embebedou-me.
Fomos para a casa dela a seguir porque apesar da minha namorada estar fora em trabalho e de eu lhe ter dito que morava sozinha, alguma coisa podia correr mal como daquela vez em que uma tipa estúpida me perguntou por que é que eu tinha duas escovas de dentes na prateleira da casa-de-banho. Não lhe contei que tenho namorada porque ela podia ficar chocada comigo e provavelmente ia andar por aí a difamar-me. Acho mal as pessoas terem relações liberais, só consigo conceber relações sérias e fechadas. Isto que aconteceu foi um mero deslize e não voltarei a contactá-la.
Brincalhona– Achei-a demasiado atraente porque gosto de mulheres musculadas e de porte atlético, ainda por cima faz bodyboard e anda de skate e eu gostava de começar a praticar desportos radicais. Encontrámo-nos num bar que ambas costumamos frequentar e até acho que já a tinha visto por lá. Foi muito divertido porque como a música não estava muito alta deu para nos rirmos um bocado. Percebi que ela só queria sexo e decidi testar a paciência dela. Fiz-me de difícil, mas assim que ela me começou a fazer cócegas, não consegui conter-me. Fiquei interessada em ver a prancha dela, mas ela achou melhor irmos para a minha casa. Não lhe mostrei prancha nenhuma, mas mostrei-lhe outras coisas que ela muito apreciou. Penso que vou contactá-la em breve, é óptima na cama e estou ansiosa por aprender a fazer bodyboard.
Simpática – Achei-a um bocado depressiva, mas como gostávamos do mesmo tipo de música resolvi dar o benefício da dúvida. Além disso parecia-me engraçadinha. Enganei-me redondamente, as fotos que ela tinha não eram actuais e não gostei muito do estilo dela. Fartou-se de falar na ex e eu, para ser simpática, dei-lhe o meu ombro para a consolar um bocado. O quê? Ela disse isso? Não eu não me fiz a ela nem sequer lhe dei dicas nenhumas. O que aconteceu é que eu acho que a rapariga interpretou mal o abraço que eu lhe dei e tentou beijar-me. Não lhe disse que não fazia o meu estilo porque não quis ser indelicada com ela. Vou limitar-me simplesmente a responder às mensagens que me continuar a enviar, mas irei sempre declinar todos os convites que me voltar a fazer. Hei-de vencê-la pelo cansaço, eu sei que não é lá muito simpático, mas eu também não sou.
Desportista – Pareceu-me engraçadinha pelas fotos e muito bem disposta. Não me enganei, ela até era gira, mas no bar onde nos encontrámos já me estava a passar com tanta piada sobre loiras (é, eu colori o cabelo com tons alourados para me dar um ar assim mais de surfista) e decidi partir para o ataque, comecei a acariá-la e ela começou a rir desalmadamente como se eu lhe estivesse a fazer cócegas. Decidi calá-la com um beijo e a rapariga, mais tarde, sugeriu que fôssemos para minha casa porque queria ver a prancha (se calhar não lhe devia ter mentido). Inventei que a minha irmã estava a passar uns dias em minha casa e acabámos por ir para casa dela onde tivemos muito bom sexo. Gostava de voltar a encontrá-la, mas já vi que primeiro vou ter de comprar a porcaria da prancha.
Intelectual – O perfil dela despertou-me a atenção porque percebi que era uma pessoa ligada às artes. Gosta muito de literatura e frequenta sítios interessantes. Falámos bastante antes de marcar este encontro. Marquei com ela na Gulbenkian, que é um sítio onde gosto de levá-las, só para impressionar um bocadinho. Deitadas na relva do jardim fumámos uma erva que ela trouxera. Admito que não sou dada a erva, mas tinha de causar boa impressão e não queria dar um ar demasiado betinho. Fartei-me de tossir, acho que ela topou que eu não fumo. Fiquei um bocado desiludida quando ela me disse que não conhecia Judith Butler nem Gloria Steinem. Felizmente nem tudo é mau e já leu o “Segundo Sexo” de Simone de Beauvoir. Não faz mal, é uma questão de tempo. Se continuarmos amigas talvez possa pensar numa relação mais séria.
Obsessiva – Achei-a um bocado envergonhada porque não se abriu muito e nem tinha fotos no gaydar. Disse que era professora e tinha receio que alguma das suas alunas divulgasse o perfil. Arrisquei um encontro e felizmente ela era gira. Foi penoso marcar este encontro porque a gaja parecia só querer cybersex, ainda por cima sem cam. Mas pronto, acho que no início até correu bem, falámos imensamente mal das nossas ex, apesar de ela inicialmente ter dito que não era lésbica e que só tinha curiosidade.
Encontrámo-nos numa esplanada para os lados da Graça, escolha dela. No final do encontro voltou a dizer-me que afinal era heterossexual e eu achei que ela estava a gozar da minha cara. Tive o cuidado de anotar mentalmente a matrícula do carro dela e quando menos esperar terá os 4 pneus em baixo.
Artística – Ela elogiou muito as minhas fotos artísticas e como gosta de literatura fiquei com vontade de lhe mostrar uns poemas. Sugeriu que nos encontrássemos na Gulbenkian. Levei uma ervinha deliciosa mas ela pareceu não gostar muito porque engasgou-se várias vezes. Está sempre a falar de livros que leu e para contentá-la disse-lhe que tinha lido o “Segundo Sexo”, de Beauvoir. Se calhar é melhor lê-lo mesmo, não vá dizer alguma asneira num próximo encontro. Gostaria de lhe ter dado uns beijinhos e eventualmente ter ido para a cama com ela, mas ela pareceu-me um pouco mais conservadora e penso que neste momento só está empenhada em relacionamentos sérios. Talvez fiquemos amigas, um pouco coloridas seria o ideal.
Púdica – Como eu não ando no engate não sou de meter conversa com ninguém. A rapariga é que se meteu comigo e ao fim de umas semanas a teclarmos no messenger achei que já nos conhecíamos um pouco melhor para irmos tomar qualquer coisa. Por mim teríamos ficado só ali pela conversa, mas a rapariga insistiu tanto que não quis contrariá-la. Comprei uma lingerie fantástica para a ocasião, não que quisesse ter alguma coisa com ela mas porque gosto de me sentir confortável. Inicialmente ela começou a enervar-me porque estava sempre a pressionar-me para que lhe enviasse fotos, coisa que nunca fiz porque a Internet é perigosa. O quê ela disse que fizemos cybersex? Não, nunca fiz cybersex com ela nem com ninguém, aliás nem sei ao certo o que significa isso. E além do mais eu nem sequer tenho webcam!
Encontrei-a numa esplanada para os lados da Graça. Não lhe achei muita graça fisicamente quando a vi, mas fui ter com ela por consideração às conversas que tivemos durante quase dois meses. Como a achei desinteressante fisicamente e não o quis dizer directamente inventei que voltara a sentir-me heterossexual. É óbvio que não tenciono voltar a encontrá-la porque achei-a feia. Já viram mesmo a trabalheira que esta porcaria dá? Já a bloqueei do meu messenger mas agora ainda falta mudar o número de telefone e fazer mais outro perfil no gaydar, só naquela, mesmo até porque eu não procuro nada que não seja pura amizade.
Diva – Normalmente encontro-me só com outras divas, mas às vezes sou “enganada” por simpáticas, sonsas e brincalhonas com algum talento e que, por vezes, conseguem fazer-se passar por divas. As outras eu detecto mais facilmente e descarto-as ainda antes de entrar em qualquer tipo de diálogo. Ela pareceu-me bem gira e descomplexada, portanto decidi ir directa ao assunto. Resultou porque meia hora depois já estávamos lá. Na verdade, eu queria ter ido a um sítio com umas almofadas muito confortáveis enquanto assistiríamos a dança do ventre, mas ela achou melhor irmos para o Maxime. Escolheu precisamente a mesa mais escondida que havia lá. Parecia que estávamos numa competição porque ela também não parava de me provocar e fui eu quem, de facto, tomou a iniciativa. Quando já estávamos por demais excitadas e achámos que não era boa ideia continuar naqueles sofás ela sugeriu que fôssemos para minha casa. Sugestão amplamente aceite, mas ainda assim com algumas reticências. Por que se convidava ela mesma a vir para a minha casa ao invés de propor irmos para a dela, já que me dissera que também morava sozinha? Acho de mau tom fazer-se de convidada para minha casa, quando também ela mora sozinha.
Por acaso achei-a um bocado estranha, agora que penso nisso, as coisas que dizia nem sempre se coadunavam com a postura dela. Ainda assim tivemos uma noite de sexo fantástica que eu gostaria de repetir. Penso que vou telefonar-lhe em breve a propor a repetição da noite anterior. Se ela quiser, será ouro sobre azul, se não que mo diga logo directamente porque eu não sou de perder tempo.
Como vos parecia ela no início?
Onde se encontraram?
Como correu o date?
Com que impressão ficaste dela no final?
Vão voltar a ver-se?
Vítima – Ela parecia uma rapariga muito doce, escutava-me sempre que eu precisava de desabafar e decidimos combinar um encontro. Fomos dar um ameno passeio no Parque Eduardo VII. Ela estava constantemente a tocar-me e a abraçar-me, fartou-se de me dar dicas e quando eu tentei avançar com um beijo ela disse que eu estava a interpretá-la mal. Só me acontecem destas. Fiquei com a impressão que além de sonsa ela finge ser simpática só para as pessoas falarem bem dela. Ah, eu gostava de voltar a vê-la porque apesar de tudo ela parece ser uma boa ouvinte.
Machona – Acho que ela precisa de alguém que a proteja das lésbicas cabras que andam por aí. Parece um bocado tímida e tem cá umas mamas… Encontrámo-nos num centro comercial e tudo parecia estar a correr bem até que eu decidi ir à casa-de-banho atrás dela. Ela pareceu-me um pouco nervosa e disse que tinha de se ir embora em breve. Insistiu que queria ir de metro, mas eu voluntariei-me para levá-la a casa no meu carro. Fiz questão de me certificar que ela entrava no prédio, só para ficar a saber onde mora. Vou telefonar-lhe mais logo para saber se posso voltar a vê-la amanhã.
Tímida – Pareceu-me muito prestável e perante a minha indecisão tomou a iniciativa de escolher um sítio, por sinal, bem movimentado para que toda a gente nos visse. Odiei. Fiquei iludida pelas fotos que ela tinha da Angelina Jolie e devo ter-me mentalizado que ela seria parecida. Nunca mais me encontro com ninguém que não tenha foto. Eu devia ter desconfiado que ela era uma machona quando me perguntou o número do meu soutien. Não parava de me agarrar as mãos e elogiar o meu bonito sorriso. Entrei em pânico porque não conseguia dizer nada e então tive a ideia de lhe dizer que ia à casa-de-banho, sendo que a minha intenção era fugir dela. Quando olhei para trás notei que me seguira até à casa-de-banho. Disse-lhe que me estava a sentir mal e que ia para casa. Ela insistiu para que eu a deixasse levar-me de carro. Disse que não, mas ela agarrou no meu braço com tanta força que fiquei com medo e deixei-a levar-me. Felizmente dei a morada da casa da minha avó, que ficou surpreendidíssima com a minha visita. Acho que amanhã vou mudar o número do telemóvel porque a gaja não pára de me chatear.
Sonsa – Percebi que a gaja queria festa porque foi logo bem clara no início. Achei-a demasiado confiante e isso assusta-me um bocado. Também a achei convencida e isso enerva-me. Inventou que me queria levar para ver dança do ventre, olhem só o truque dela! Como se alguém fizesse dança do ventre profissional aqui em Portugal… Encontrámo-nos no cabaret Maxime e curtimos numa das mesas mais escondidas, ainda que só eu parecesse ter a preocupação de poder ser vista. Ela passou o tempo todo a fazer-se a mim e eu acabei por me deixar influenciar pela doidice do momento e pelo álcool que ela me ia incentivando a tomar, porque a minha intenção era mesmo tomar só um copo e vir-me embora. Basicamente, ela embebedou-me.
Fomos para a casa dela a seguir porque apesar da minha namorada estar fora em trabalho e de eu lhe ter dito que morava sozinha, alguma coisa podia correr mal como daquela vez em que uma tipa estúpida me perguntou por que é que eu tinha duas escovas de dentes na prateleira da casa-de-banho. Não lhe contei que tenho namorada porque ela podia ficar chocada comigo e provavelmente ia andar por aí a difamar-me. Acho mal as pessoas terem relações liberais, só consigo conceber relações sérias e fechadas. Isto que aconteceu foi um mero deslize e não voltarei a contactá-la.
Brincalhona– Achei-a demasiado atraente porque gosto de mulheres musculadas e de porte atlético, ainda por cima faz bodyboard e anda de skate e eu gostava de começar a praticar desportos radicais. Encontrámo-nos num bar que ambas costumamos frequentar e até acho que já a tinha visto por lá. Foi muito divertido porque como a música não estava muito alta deu para nos rirmos um bocado. Percebi que ela só queria sexo e decidi testar a paciência dela. Fiz-me de difícil, mas assim que ela me começou a fazer cócegas, não consegui conter-me. Fiquei interessada em ver a prancha dela, mas ela achou melhor irmos para a minha casa. Não lhe mostrei prancha nenhuma, mas mostrei-lhe outras coisas que ela muito apreciou. Penso que vou contactá-la em breve, é óptima na cama e estou ansiosa por aprender a fazer bodyboard.
Simpática – Achei-a um bocado depressiva, mas como gostávamos do mesmo tipo de música resolvi dar o benefício da dúvida. Além disso parecia-me engraçadinha. Enganei-me redondamente, as fotos que ela tinha não eram actuais e não gostei muito do estilo dela. Fartou-se de falar na ex e eu, para ser simpática, dei-lhe o meu ombro para a consolar um bocado. O quê? Ela disse isso? Não eu não me fiz a ela nem sequer lhe dei dicas nenhumas. O que aconteceu é que eu acho que a rapariga interpretou mal o abraço que eu lhe dei e tentou beijar-me. Não lhe disse que não fazia o meu estilo porque não quis ser indelicada com ela. Vou limitar-me simplesmente a responder às mensagens que me continuar a enviar, mas irei sempre declinar todos os convites que me voltar a fazer. Hei-de vencê-la pelo cansaço, eu sei que não é lá muito simpático, mas eu também não sou.
Desportista – Pareceu-me engraçadinha pelas fotos e muito bem disposta. Não me enganei, ela até era gira, mas no bar onde nos encontrámos já me estava a passar com tanta piada sobre loiras (é, eu colori o cabelo com tons alourados para me dar um ar assim mais de surfista) e decidi partir para o ataque, comecei a acariá-la e ela começou a rir desalmadamente como se eu lhe estivesse a fazer cócegas. Decidi calá-la com um beijo e a rapariga, mais tarde, sugeriu que fôssemos para minha casa porque queria ver a prancha (se calhar não lhe devia ter mentido). Inventei que a minha irmã estava a passar uns dias em minha casa e acabámos por ir para casa dela onde tivemos muito bom sexo. Gostava de voltar a encontrá-la, mas já vi que primeiro vou ter de comprar a porcaria da prancha.
Intelectual – O perfil dela despertou-me a atenção porque percebi que era uma pessoa ligada às artes. Gosta muito de literatura e frequenta sítios interessantes. Falámos bastante antes de marcar este encontro. Marquei com ela na Gulbenkian, que é um sítio onde gosto de levá-las, só para impressionar um bocadinho. Deitadas na relva do jardim fumámos uma erva que ela trouxera. Admito que não sou dada a erva, mas tinha de causar boa impressão e não queria dar um ar demasiado betinho. Fartei-me de tossir, acho que ela topou que eu não fumo. Fiquei um bocado desiludida quando ela me disse que não conhecia Judith Butler nem Gloria Steinem. Felizmente nem tudo é mau e já leu o “Segundo Sexo” de Simone de Beauvoir. Não faz mal, é uma questão de tempo. Se continuarmos amigas talvez possa pensar numa relação mais séria.
Obsessiva – Achei-a um bocado envergonhada porque não se abriu muito e nem tinha fotos no gaydar. Disse que era professora e tinha receio que alguma das suas alunas divulgasse o perfil. Arrisquei um encontro e felizmente ela era gira. Foi penoso marcar este encontro porque a gaja parecia só querer cybersex, ainda por cima sem cam. Mas pronto, acho que no início até correu bem, falámos imensamente mal das nossas ex, apesar de ela inicialmente ter dito que não era lésbica e que só tinha curiosidade.
Encontrámo-nos numa esplanada para os lados da Graça, escolha dela. No final do encontro voltou a dizer-me que afinal era heterossexual e eu achei que ela estava a gozar da minha cara. Tive o cuidado de anotar mentalmente a matrícula do carro dela e quando menos esperar terá os 4 pneus em baixo.
Artística – Ela elogiou muito as minhas fotos artísticas e como gosta de literatura fiquei com vontade de lhe mostrar uns poemas. Sugeriu que nos encontrássemos na Gulbenkian. Levei uma ervinha deliciosa mas ela pareceu não gostar muito porque engasgou-se várias vezes. Está sempre a falar de livros que leu e para contentá-la disse-lhe que tinha lido o “Segundo Sexo”, de Beauvoir. Se calhar é melhor lê-lo mesmo, não vá dizer alguma asneira num próximo encontro. Gostaria de lhe ter dado uns beijinhos e eventualmente ter ido para a cama com ela, mas ela pareceu-me um pouco mais conservadora e penso que neste momento só está empenhada em relacionamentos sérios. Talvez fiquemos amigas, um pouco coloridas seria o ideal.
Púdica – Como eu não ando no engate não sou de meter conversa com ninguém. A rapariga é que se meteu comigo e ao fim de umas semanas a teclarmos no messenger achei que já nos conhecíamos um pouco melhor para irmos tomar qualquer coisa. Por mim teríamos ficado só ali pela conversa, mas a rapariga insistiu tanto que não quis contrariá-la. Comprei uma lingerie fantástica para a ocasião, não que quisesse ter alguma coisa com ela mas porque gosto de me sentir confortável. Inicialmente ela começou a enervar-me porque estava sempre a pressionar-me para que lhe enviasse fotos, coisa que nunca fiz porque a Internet é perigosa. O quê ela disse que fizemos cybersex? Não, nunca fiz cybersex com ela nem com ninguém, aliás nem sei ao certo o que significa isso. E além do mais eu nem sequer tenho webcam!
Encontrei-a numa esplanada para os lados da Graça. Não lhe achei muita graça fisicamente quando a vi, mas fui ter com ela por consideração às conversas que tivemos durante quase dois meses. Como a achei desinteressante fisicamente e não o quis dizer directamente inventei que voltara a sentir-me heterossexual. É óbvio que não tenciono voltar a encontrá-la porque achei-a feia. Já viram mesmo a trabalheira que esta porcaria dá? Já a bloqueei do meu messenger mas agora ainda falta mudar o número de telefone e fazer mais outro perfil no gaydar, só naquela, mesmo até porque eu não procuro nada que não seja pura amizade.
Diva – Normalmente encontro-me só com outras divas, mas às vezes sou “enganada” por simpáticas, sonsas e brincalhonas com algum talento e que, por vezes, conseguem fazer-se passar por divas. As outras eu detecto mais facilmente e descarto-as ainda antes de entrar em qualquer tipo de diálogo. Ela pareceu-me bem gira e descomplexada, portanto decidi ir directa ao assunto. Resultou porque meia hora depois já estávamos lá. Na verdade, eu queria ter ido a um sítio com umas almofadas muito confortáveis enquanto assistiríamos a dança do ventre, mas ela achou melhor irmos para o Maxime. Escolheu precisamente a mesa mais escondida que havia lá. Parecia que estávamos numa competição porque ela também não parava de me provocar e fui eu quem, de facto, tomou a iniciativa. Quando já estávamos por demais excitadas e achámos que não era boa ideia continuar naqueles sofás ela sugeriu que fôssemos para minha casa. Sugestão amplamente aceite, mas ainda assim com algumas reticências. Por que se convidava ela mesma a vir para a minha casa ao invés de propor irmos para a dela, já que me dissera que também morava sozinha? Acho de mau tom fazer-se de convidada para minha casa, quando também ela mora sozinha.
Por acaso achei-a um bocado estranha, agora que penso nisso, as coisas que dizia nem sempre se coadunavam com a postura dela. Ainda assim tivemos uma noite de sexo fantástica que eu gostaria de repetir. Penso que vou telefonar-lhe em breve a propor a repetição da noite anterior. Se ela quiser, será ouro sobre azul, se não que mo diga logo directamente porque eu não sou de perder tempo.
E agora já dá para perceber o quebra-cabeças do "quem se encontrou com quem"? Tentem mais uma vez para isto parecer mais divertido porque a história não acaba aqui. É que elas ainda vão interagir em muitos mais sítios. ;-)
x-pressiongirl
P.S. - Quem precisar de refresh pode recordar-se do perfil de cada uma delas aqui.
6 comentários:
:) bom dia!
vitima - simpática
machona - vitima
sonsa - diva
brincalhona - desportista
intelectual - artística
pudica - obsessiva
(se ainda não foi desta... :S)
Machona - timida
Dahhhhhhhhh
simpatica-vitima
diva-sonsa
artistica-intelectual
obsessiva-pudica
deportista-brincalhona
timida-machona
Ambar.
Bom dia Marta. Que rápida no gatilho...Está tudo certíssimo (eu percebi que se havia esquecido da tímida).
Ambar, não vale copiar as respostas d@s outr@s, então? ;-)
Certíssimo, queridas. Pouparam-me o trabalho de vir aqui dar a resposta certa.
Copiar respostas!? Porra! tive a dedicar 10 mins d meu preciosso tempo a isto,diverti me horrores a re-ler e comparar. Copiar nunca.
Ambar
Estava a brincar, Ambar. Valeu a pena a comparação porque acertou em todas. Ah, esta era fácil, não era? ;-)
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