quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Resultados enquete: Os grandes amores têm de ser sofridos?

Sem as indecisões de 16% d@s votantes o resultado teria ficado mais claro já que 41% se dividiu entre o não e o sim (estes repartidos entre os 9% que votaram "Sim, todo o grande amor é sempre sofrido" e os 32% que consideraram que "Sim, o amor acaba sempre por doer").


Ninguém votou em "Não há grandes amores", mas admito que inicialmente pretendia votar nesta opção até que depois desenvolvi a minha lógica partindo dessa premissa: Sei que não há grandes amores porque aprendi que eles TORNAM-SE naquilo que quisermos à medida que nos formos empenhando na sua construção. É só através do seu crescimento que eles engrandecem. Nunca vi um bebé grande. Se ele cresceu bem e saudável foi porque teve boas mãos que cuidassem de si.
E então sim, considerando isto posso afirmar também que a construção/crescimento do amor "Não tem de ser sofrido". Mais, ele NÃO PODE nunca ser sofrido. Se projectamos, sentimos ou semeamos sofrimento não poderemos nunca colher amor.


(Imagem que alegremente desencantei do Les maîtres fous - ex Paraíso Sandwich, de rosa-que-fuma)

É necessário que o amor nos faça sofrer ou nos cegue para que nos autorizemos a vê-lo como amor? Não. É muito fácil culpar os outros pelas nossas fraquezas. Paremos de culpar o amor porque ele não cega nem é cego, mas sim aqueles que não vêem que o que os cega é precisamente o desamor.

x-pressiongirl

P.S. - Conclusão da votação: Não há coisa mais deprimente do que ver pessoas deprimidas.
Contra a cegueira voluntária vale bem a pena ver Ensaio sobre a cegueira baseado na obra homónima de José Saramago (que recentemente também se tornou bloguista, vão lá cuscar).

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