Conquistado o direito ao casamento civil, a comunidade LGBT deve agora focar-se noutros aspectos importantes da cidadania. Faltam ainda, como referiu Salomé Coelho, da UMAR, "(...) a resolução de questões como a parentalidade, e aí falamos da adopção e da Procriação Medicamente Assistida, ou de legislação para as pessoas transgénero”.
Importante notar que o único partido que vi lá formalmente representado, mais uma vez, foi o Bloco de Esquerda. É bom saber quem realmente vai à luta.
Amei os chupas que o restaurante Orange gentilmente distribuiu pelos marchantes. As garrafinhas de água alusivas à marcha e as mensagens de papel, lançadas do cimo do elevador, foram supresas já repetidas de anos anteriores, mas que têm sido muito bem conseguidas.
Apesar de ter tido a sensação de estarmos em menos número do que no ano passado, várias fontes indicam terem estado na marcha umas cinco mil pessoas. Podiamos e deviamos ter sido muitos mais, mas ainda há muita malta por aí que não compreende o porquê de se fazer uma marcha LGBT. É esta retrógada mania de se achar que a festa se faz só no Arraial.
A poucas ruas dali, estava o corpo de Saramago, uma das personalidades mais engajadas com todo o tipo de causas que contribuissem para uma sociedade mais justa, entre elas, a causa LGBT. É bom relembrar que ele foi um dos primeiros subscritores do Movimento Pela Igualdade (vulgo, MPI), movimento habilmente "morto à nascença" por bandalhada que não aceita dividir protagonismos com movimentos mais independentes. Um dia eu publico os vossos nomes que eu não vou de férias tão cedo.
Condessa X
P.S. - À semelhança do que sucedeu no ano passado, o Arraial Pride decorrerá na semana seguinte, Sábado dia 26, às 14h, desta vez no Terreiro do Paço.
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