sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Vais ao Queer Lisboa? - Nova enquete

O Queer Lisboa (anteriormente designado por Festival de Cinema Gay e Lésbico de Lisboa) está intimamente ligado ao movimento LGBT em Portugal.



Aproveitando as correcções que me foram feitas por Isidro Sousa (activista de longa data e autor da Korpus e do Púbico) gostaria de contextualizar a existência do festival.
Surge em 1997, pela mão de vários dirigentes da ILGA-Portugal (International Lesbian and Gay Association) tais como Celso Júnior e Gonçalo Diniz (na altura presidente da ILGA). Por esta altura, a ILGA-Portugal teria cerca de 2 anos de existência, dando fôlego a imensos projectos que ainda hoje vivem:
o primeiro portal LGBT português, o imparável Portugalgay;
o primeiro grupo lésbico Clube Safo;
a primeira revista portuguesa dirigida particularmente ao público gay e lésbico, a Korpus;
Cerca de um ano depois, em 1997, nasce então o Festival de Cinema Gay e Lésbico. 1997 foi um ano deveras produtivo:
Junho - 1º Arraial Pride, no Jardim do Príncipe Real e creio que também a associação Opus Gay (corrijam-me se estiver enganada)
Setembro - 1º Festival de Cinema Gay e Lésbico (Setembro)
Novembro - Inauguraçáo do Centro Comunitário Gay e Lésbico

De ano para ano cresceram os apoios, o número de filmes e o número de espectadores, sendo que este ano os apoios financeiros decresceram. Houve momentos altos e houve momentos mais expectantes. Refiro-me particularmente às dificuldades criadas por Santana Lopes, enquanto presidente da CML, que tentou asfixiar não só o Festival de Cinema Gay e Lésbico, cortando apoios financeiros e logísticos (até queria que se alterasse o nome para "Festival da Diversidade"), mas também a Marcha que o senhor não queria que se realizasse na Av. da Liberdade e o Arraial, que nesta altura começou a ser realizado no Parque do Calhau. Vale a pena recordar as palavras de Fabíola Cardoso do Clube Safo aquando do discurso de abertura do Arraial: "Já nos mandaram para muitos sítios, este ano foi para o Calhau". A gargalhada foi geral, mas politicamente as associações atribuiram um significado ao facto de se ter transferido o arraial do centro (Praça do Município) para os arrabaldes (Parque do Calhau). Convenhamos que a parte boa de termos festa neste parque era o facto da festa durar até sermos beijados pelos raios de sol.
O Festival de cinema passou a ser denominado de Queer Lisboa e adoptou o patinho feio como mascote.



A organização do festival viria a apresentar-se pelas mãos da ACJI (Associação Cultural Janela Indiscreta), tornando-se independente da ILGA. Este festival deve ser o que mais salas de cinema correu, chegando a ter filmes distribuidos, em simultâneo, por 4 salas diferentes. O queer festival já se sentou no King, Cinemateca, Quarteto, Fórum Lisboa, mas agora parece ter conquistado lugar na primeira fila do belíssimo São Jorge.
O Goethe-Institut e o Instituto Franco-Português são alguns dos exemplos institucionais que têm figurado sempre entre os apoios.
Hoje o Festival chama cada vez mais cinéfilos de todo o país e tem ampla projecção internacional. Longa Vida ao Festival! \_/*\_/ Cheers!

x-pressiongirl

P.S. - A programação diária pode ser consultada aqui e as sinopses neste link.

P.S. 2 - Alguém sabe o porquê de terem convidado o patinho feio para mascote?

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