Acaba de entrar num espaço lesbo-feminista (de raíz). Se não fôr, pelo menos, uma das duas, entrou no blog errado. Somos abolicionistas da prostituição e recentemente começámos a ser chamadas de TERF. Em breve um post explicando o porquê.
Já se sabe que a indumentária preferida de um lobo é a pele de um cordeiro. Assim se apresentam vestidos Hillary Clinton e Obama quando falam de direitos de LGBT. Esta semana Obama defendeu que a ajuda externa dos EUA deve ser um instrumento para defender os direitos dos homossexuais. Ajuda, veja-se bem! Como se alguma vez aquela gente se preocupasse verdadeiramente em ajudar quem quer que fosse a troco de nada. É bom que a comunidde gay perceba que não há espaço para se defender direitos LGBT sem que se defenda os direitos humanos. E esta gente espezinha os direitos humanos todos os dias.
Assinala-se amanhã o dia dos Direitos Humanos e também o dia dos Direitos dos Animais, considerando-os como sujeitos morais, de direito, capazes de sentir e sofrer. Durante o dia serão plantados, pela cidade de Lisboa, vários espantalhos com os Direitos Humanos inscritos. A organiação convida tod@s a plantar um direito.
Hoje, dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as mulheres, está marcada uma concentração às 17h no Largo Camões, de onde @s marchantes se dirigirão para o Rossio.
A marcha é apoiada por mais de meia centena de associações e movimentos e é organizada conjuntamente pela UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta, Movimento SlutWalk Lisboa e ComuniDária - Associação de Integração de Migrantes e Minorias Étnicas. Lê-se no manifesto "A violência contra as mulheres é um fenómeno inerente à opressão patriarcal e à existência de culturas machistas e misóginas em diferentes sociedades, revelando inegavelmente o quão coxas ainda estão as nossas democracias.". Importa que tod@s @s que têm voz a façam ouvir, já que @s verdadeiros oprimid@s jamais teriam como se juntar a esta marcha. Este ano morreram já 23 mulheres em Portugal, vítimas de violência doméstica. Entre marido e mulher, mete-se, obviamente
x-pressiongirl
P.S. - Neste link podem ler o manifesto na íntegra e dar o vosso próprio testemunho.
Um rei nunca se levanta do trono. Ou ele morre ou ele é expulso quando outro é aclamado. Se os reis de hoje se banqueteiam na mesma mesa, fazem-no à custa da miséria que conquistaram para quem os serve, a maior parte das vezes, de boca calada, sem piar, ora por medo ora pela esperança de usufruir de algumas migalhas que restarão caídas no fim do banquete. Alguns dos que não foram convidados para a festa e dos que não se contentam com migalhas anseiam por depôr o rei ou até mesmo por matá-lo.
Outro virá substituí-lo um dia, prometendo umas migalhas maiores. Quando tentaram assaltar o castelo, o rei mandou reforçar a guarda. Havia muita fome não só de comida mas também de abraços. As pessoas olhavam-se cada vez mais com desconfiança e o medo impedia-as de criar laços de solidariedade e de amizade. Praças inteiras eram assaltadas mesmo à luz do dia, muitas vezes até pelos próprios guardas que padeciam de fome. Tal como o rei desejava, as populações revoltosas começaram a exigir policiamento nas ruas onde moravam. Esqueceram-se que eram saqueadas porque nem todos tinham pão, e era precisamente isso que deviam reivindicar.
Então o rei disse "Preciso de mais guardas!" - não disse que todos precisavam de pão - "Trabalhem e tranquem-se em casa, pois há muitos bandidos por aí.". O rei autorizava-se a toda a sorte de extravagâncias, ainda que o tesouro do reino tivesse dado lugar a empréstimos concedidos por alguns dos seus primos cujos reinos se encontravam próximos. O rei sabia que não tinha como pagar os juros que lhe eram exigidos, mas isso não era problema seu, pois em breve o seu filho ocuparia o lugar que ele deixaria. Do mesmo modo, os primos sabiam que o rei não tinha como cobrir a dívida, muito menos os juros, mas continuavam a aliciá-lo com empréstimos, pois sabiam que alguém iria pagá-los. O rei depenado exigia sacrifícios ao povo descontente. Todos tinham de fazer cedências em nome da unidade da nação. As pessoas achavam-se livres porque podiam ir trabalhar e regressar a casa para dormir. O rei pensava e comia por elas. Entretinham-se a criticar-se uns aos outros, comparando as suas misérias como as velhas que competem entre si para ver quem tem mais doenças ou sofre mais: "Tu trabalhas menos que eu, não te podes queixar!", "Tu trabalhas directamente com o rei e dormes no palácio!", "Mas tu és um guarda e não estás aqui para nos proteger, mas para proteger a fortuna do rei!". Combatendo entre si, esqueciam-se do inimigo principal que era o rei corrupto. O rei sabia que era assim que se conquistavam territórios. Esperava-se que dois inimigos combatessem entre si e quando estivessem ambos fracos atacava-se os dois.
Alguns guardas sentiam-se injustiçados pois não eram bem aceites nem pelas populações que se sentiam ameaçadas por eles, nem pelo rei que os desprezava e os tratava como meros cães de guarda que assumiam uma forma semi-humana quando estavam fardados. Sabiam que deviam ser fiéis ao rei que lhes pagava umas migalhas, mas revoltavam-se quando chegavam a casa para junto da sua família e, despindo a farda, se encontravam como cidadãos comuns, escravizados, impotentes perante a família faminta. Secretamente,todos desejavam uma mudança. Uns queriam outro rei, outros queriam outro sistema, outros diziam que não havia solução e deviam emigrar para outro reino, outros diziam que o melhor era não levantar ondas porque as coisas podiam ficar piores. Os únicos que estavam unidos eram aqueles que não desejavam mudança, como os ministros do rei que eram regularmente convidados para os banquetes e que a troco de proteger o rei e as suas políticas recebiam terras e títulos.
Estes privilegiados procuravam amputar a todo o custo qualquer sinal de resistência. Sob qualquer pretexto vinham retirando os parcos direitos das populações para que eles mesmos pudessem manter os seus privilégios.
Se já leste esta história vezes sem conta, não a leias. Vem escrevê-la!
x-pressiongirl
P.S. - Não são os grevistas nem as pessoas que, justamente, querem fazer ouvir a sua indignação que PÁRAM o país, é quem o corrompe diariamente que o faz RECUAR!
P.S. II - O mapa das concentrações distritais pode ser consultado aqui.
Há uns dias consegui falar com a Condessa X. Queria publicar, com os devidos créditos, os seus Encontros Imediatos. Primeira coisa que me disse: "Olha que estou a pagar roaming, vá diz!". Já lá vai o tempo em que o Cromossoma XX (soma de x-pressiongirl com Condessa X) era só um e reunia-se neste blogue. Há tanta coisa a acontecer, vamos fazer bikinis, Condessinha? Respondeu que não fazia sentido bikinar nada sobre Portugal enquanto não regressasse definitivamente e que tinha sido eu a abandonar o sembikini quando abri as portas do Leswork. É verdade, sim. Também é verdade que ambas precisavamos de férias dos bikinis (e ela foi precisamente para o Rio de Janeiro nessa altura) e estavamos numa fase mais introspectiva, andavamos ambas armadas em intlectuais, queriamos ler mais para escrever mais e melhor. Nem lemos mais nem passámos a escrever mais nem melhor. Coisa de pitas, mesmo. Chateámo-nos, fizemos as pazes e a Condessa foi-se embora outra vez. Disse-me para continuar a fazer bikinis que quando ela tivesse mais energia juntar-se-ia a mim novamente, não se limitando a ler-me ou a comentar-me.
Divirto-me muito a ler as coisas que escreviamos, resultado da cumplicidade que havia nos nossos bikinis, mas não me contento em ler aquilo que éramos. Vou voltar a bikinar porque não dá para viver sem bikinis. A boa filha a casa torna.
Concordo com a pluralização. De facto há mais do que uma geração à rasca e como diz o nosso amigo Jel "O nosso inimigo não é ninguém em particular, mas a resignação e o conformismo".
O protesto decorrerá nas seguintes cidades portuguesas:
Braga – Avenida Central, junto ao chafariz Castelo Branco – Alameda da Liberdade (Passeio Verde) Coimbra – Praça da República Faro – Largo S. Francisco Funchal – Praça do Município Guimarães – Largo da Oliveira Leiria – Fonte Luminosa Lisboa – Avenida da Liberdade (frente ao cinema S. Jorge) Ponta Delgada – Portas da Cidade Porto – Praça da Batalha Viseu – Rossio, em frente à Câmara Municipal.
E nas seguintes cidades europeias, junto às respectivas embaixadas:
Haia, Londres, Barcelona, Madrid, Berlim, Estugarda, Paris, Copenhaga, Ljubljana e Luxemburgo.
Para quem ainda julga que este é um protesto só para desempregados ou trabalhadores a recibo verde, aconselho vivamente a leitura do comunicado da ATTAC Portugal. Deixo aqui um excerto:
"A precariedade atinge todos os trabalhadores, com e sem formação académica, de todas as profissões e estratos sociais e não discrimina gerações. Atinge os mais velhos que, tendo perdido o emprego, não conseguem voltar a encontrar estabilidade no mercado de trabalho, e atinge todas as gerações com menos de 45 anos, que nunca tiveram um emprego estável. Atinge os seus pais, que na reforma deixam de poder contar com a ajuda dos filhos, miseravelmente pagos. Atinge as crianças, que vivem em famílias onde o dia começa com emprego, mas nunca se sabe como acaba. Atinge todos os que têm contrato permanente, porque também sofrem a pressão para a desvalorização dos salários e do seu trabalho. Atinge ainda todos os que estão nos quadros dos seus locais de trabalho, uma vez que os seus postos de trabalho seriam muito mais baratos se preenchidos por um precário ou estagiário. Esses trabalhadores tornam-se também precários, uma vez que o primeiro pretexto — uma recusa de fazer horas extraordinárias, uma doença, um erro apenas — será a oportunidade para tentar despedi-los, substituindo-os."
A meu ver, peca apenas pelo nome do movimento. Deveria chamar-se "Gerações à rasca". Se inicialmente a ideia era juntar jovens desemprecários num protesto apartidário, laico e pacífico, a verdade é que muitas pessoas diferentes virão a juntar-se neste protesto que será um tubo de ensaio para outros movimentos que, espero, sejam cada vez mais produtivos. Os meus pais também têm um salário precário, os meus avós uma reforma precária e os filhos que ainda não tenho um dia perguntar-me-ão: "Maman, onde estavas tu, quando tudo isto estava a acontecer?" Ainda que eu não fosse uma precária com alguns amigos e familiares, também precários, por solidariedade, eu teria de estar na manifestação. E falta muita solidariedade entre as mais diversas classes de trabalhadores e desemprecários. Uma greve de maquinistas, uma greve de polícias, uma greve de professores, uma manifestação de... Não se dividam, unam-se! E é isso que esta manifestação de "Gerações à rasca" propõe e é disso que a classe de bon-vivants comentadores e comilões da desgraça dos outros tem medo. Da nossa união.
Atente-se na ginástica de argumentos que a generalidade dos comentadores tem feito a este propósito:
Pacheco Pereira: "A precariedade dos jovens é culpa dos seus pais que vivem à larga, instalados na opulência de um contrato de trabalho."
Zé Manuel Fernandes, Helena Matos: "Esta geração é lixada pelos garantismos de que a geração dos pais gozou. Todos repetem “Não vão para a rua protestar. Protestem em casa, à mesa do jantar porque o salário dos vossos pais é que criou o desemprego dos filhos."
Isabel Stillwell: “Se os estudantes são escravos, são parvos, de facto. Parvos porque gastam o dinheiro dos pais e dos nossos impostos para irem estudar e não aprendem nada. (…) Os escravos não organizavam protestos nem iam para a rua, graças a deus."
Não será uma manifestação pela queda de governos ou governantes, como muitos comentadores políticos andam, propositadamente, a tentar fazer passar, mas sim uma concentração de pessoas que estão cansadas da canalhice desta gente corrupta que, tendo a faca e o queijo na mão, nos vão cortando às fatias. Os Pachecos Pereiras, Isabeis Stillwells e Sousas Tavares odeiam-nos, naturalmente. Representamos a massa de gente que, embrutecida, lhes estenderia tapetes, não fosse a nossa sensatez. Esta gente só tem o poder que lhes atribuirmos. Esta gente odeia todos aqueles que por uma questão de sensatez e dignidade não se verga ao poder vigente, aqueles que dão prioridade à sua consciência, abdicando muitas vezes da sua carreira confortável como comentadores de sofá. Odeiam-nos, porque fizeram a escolha inversa e preferem passar a vergonha de defender o indefensável do que a vergonha de admitir que fizeram uma escolha pouco digna em prol de uma carreira, de um conforto, ou de um status. Odeia-nos, esta gente que vive com esse compromisso de ser cúmplice com a canalhice, em troca do seu bem-estar.
Só ainda não percebi muito bem o que pretende ganhar a Fenprof ao convocar uma manifestação de professores para o mesmo dia e à mesma hora, no Campo Pequeno, fazendo uma arruada até à 5 de Outubro. Partilho da opinião de Renato Teixeira, do 5dias, acho que a maioria dos professores vai mesmo descer a Av. da Liberdade.
"First they came for the communists, and I didn't speak out because I wasn't a communist. Then they came for the trade unionists, and I didn't speak out because I wasn't a trade unionist. Then they came for the Jews, and I didn't speak out because I wasn't a Jew. Then they came for me and there was no one left to speak out for me." Martin Niemoller
x-pressiongirl
P.S. - Sousa Tavares, se me viesses pedir dinheiro eu também não to emprestaria.
Daniel Craig aliou-se a uma campanha da Equals pelo centenário do dia da Mulher. Para quem ainda ousa questionar a importância deste dia, eis alguns dos motivos.
No final do ano passado a banda de rock britânica Status Quo decidiu optar por uns camuflados. O rock, aquele murro na barriga do poder, intimamente ligado ao espírito revolucionário e ao questionamento dos poderes vigentes, aparece agora deslumbrado pelo polvo, alegando que o faz por caridade. Lembram-se da música "In the army now"? Costumava ser uma música de intervenção que questionava o suposto heroísmo de quem busca a glória e o recohecimento dos vizinhos, matando em terras alheias. No final de 2010, a banda relançou o tema. Mudou a letra, vestiu camuflados e cantou ao lado de soldados, não pelo fim da guerra, mas para apoiar os soldados britânicos, através da "British Forces Foundation" e da "Help For Heroes", tendo ainda o desplante de apelar ao governo que suprima o IVA da venda do single.Vale a pena ver como mudando 6 linhas se muda de lado da barricada. A negrito aparecem as alterações.
A vacation in a foreign land [You're on your way to a foreign land]Uncle Sam does the best he can [Now's the time to do what you can]You're in the army now Oh, oh, you're in the army now
Now you remember what the draftman said Nothing to do all day but stay in bed You're in the army now Oh, oh, you're in the army now
You'll be the hero of the neighbourhood Nobody knows that you left for good [Count the days till you're back for good] You're in the army now Oh, oh, you're in the army now
Smiling faces as you wait to land But once you get there no one gives a damn [Side by side every woman and man] You're in the army now Oh, oh, you're in the army now
Handgrenades flying over your head Missiles flying over your head If you want to survive get out of bed You're in the army now Oh, oh, you're in the army now
Shots ring out in the dead of night The sergeant calls stand up and fight! You're in the army now Oh, oh, you're in the army now
You've got your orders better shoot on sight [You've got your orders better put things right] Your finger's on the trigger But it don't seem right [Now it's time to fight] You're in the army now Oh, oh, you're in the army now You're in the army now Oh, oh, you're in the army now
Night is falling and you just can't see Is this illusion or reality You're in the army now Oh, oh, you're in the army now You're in the army now Oh, oh, you're in the army now
Xutos e Pontapés, Delfins, Rádio Macau, Peste e Sida, Pedro Burmester, Sitiados, Bastardos do Cardeal, Mão Morta, Mata Ratos, Sétima Legião, entre outros, estiveram entre os grupos portugueses que, também nos anos 80, uniram vozes pelo anti-militarismo, contra a guerra e contra o Serviço Militar Obrigatório. Algumas ainda existem. Não mudem é de camisola!
Há ainda uma página dedicada a casos resolvidos e ainda uma outra de casos resolvidos após mais de um ano. Há ainda uma nova funcionalidade que permite pesquisar animais perdidos na nossa área de residência. Basta escrever o nome da rua e ele faz uma pesquisa dos animais perdidos, indicando a proximidade em km. Vão lá e vejam se conseguem encontrar algum dono/bichinho desesperado por voltar para casa.
As notícias são óptimas, não só para os amigos dos animais mas, sobretudo, para os nossos queridos amiguinhos. Foi aprovado, por unanimidade, um Projecto de Resolução do Bloco de Esquerda, para uma nova política de controlo das populações de animais errantes. Além de acabar com a política de abate nos canis municipais, este projecto visa dar direitos a animais que não têm dono e promover campanhas de esterilização a preços simbólicos. É ainda constituída a figura de "animal comunitário". Há,na minha rua, mais 2 ou 3 vizinhos que também alimentam uma pequena comunidade de gatos que vive no jardim de um prédio devoluto (na minha rua há muitos). Estes animais que, não sendo oficialmente de nenhum de nós, "são de todos" passam a ter o direito de ser esterilizados, por um preço simbólico, num centro de recolha oficial. Foi aprovado por unanimidade, esperemos que as medidas não tardem a fazer efeito e que haja penas severas para quem atenta contra a integridade destes seres. Deixo-vos com um vídeo de uma campanha da União Zoófila contra o abandono de animais.
Quem quiser ajudar a associação poderá fazê-lo de diversas formas:
Depois do sucesso da I Festa (Festa do Chapéu), a rede Leswork prepara-se para a II Festa Leswork no dia 12 de Fevereiro, também na discoteca Frágil.
A entrada é gratuita até às 2h, mediante apresentação do cartão profissional de lésbica. Se não tiverem cartão não há problema, pois a organização do evento indicou-me que a Palavra Passe é "Blind Date" (um bocadinho previsível, não, x-pression?).
Há 12 meninas que vão estar nesta festa, certamente, lembram-se delas? ;-) Se ainda estão na dúvida entre ir a esta Festa ou ir ao concerto da Dina vejam o que vão perder:
Entenda-se por burros, não os que têm o infortúnio de nunca ter sido ensinados a pensar por si mesmos, mas aqueles que tendo acesso à informação não a buscam e não fazem dela o uso racional para provocar mudanças necessárias. Os embrutecidos temem a mudança. Cavaco é só mais um dos que lucram com a burrice de quem gosta de levar na tromba. Os votos de protesto, brancos ou nulos, só servem mesmo para expressar protesto, não contribuem para a mudança.
Falhas nos dispositivos electrónicos disponibilizados para o efeito, eleitores que viram ser alterada a sua mesa de voto e não sabiam em que mesa deveriam agora votar, erros nos cadernos eleitorais e dados errados nos eleitores com cartão de cidadão, tudo isto foi um desfile de atrocidades que tão bem contribuiu para aumentar ainda mais a, já elevadada, taxa de abstenção (quase empatando com os votos de Cavaco, cerca de 53%). Os brancos bateram um recorde histórico de 190 mil votos. Pode isto ser um ensaio de lucidez?
O homem nunca fala e quando fala é para dizer que não fala. Não fala nem nunca falou sobre temas essenciais, e evita pronunciar-se sobre o que quer que seja porque não se quer comprometer com nada. Não fala sobre BPN, não fala sobre a petição contra o enriquecimento ilicito (de todos os candidatos presidenciais foi o único que não assinou a petição), não fala e por isso merece estar calado para sempre. Não votem nele e ofereçam-lhe um bolo.