sexta-feira, 16 de outubro de 2009

O não-caso Maitê ou como os portugueses nos envergonham


Faz lembrar, ressalvando todas as diferenças óbvias, o caso sobre o artista Dinamarquês que foi enxovalhado pela comunidade muçulmana após ter publicado uma caricatura de Maomé.
Ainda não percebi muito bem como é que este "não-caso" apareceu como notícia num canal de televisão que, a meu ver, nada mais fez do que reavivar pequenos odiozinhos adormecidos por parte, sobretudo, de quem é complexado com o seu Portugal. A forma como a notícia foi dada, foi precisamente para suscitar esta onda de indignação. Que credibilidade merece uma estação de televisão que vai desencantar um vídeo caseiro feito, haverá uns 3 anos, com o propósito de fomentar o ódio entre os dois povos?
A actriz, tal como nós, tem direito à sua liberdade de expressão. Fez um vídeo caseiro como nós fazemos, a brincar com factos que decorreram durante a sua viagem.
Quanto à sua suposta ignorânia, pergunto quantos portugueses sabem, ao certo, quantos anos esteve Salazar no poder.
Brincar com os portugueses todos nós fazemos e por vezes até de forma mais cravada. Gato Fedorento, Herman José (que surpreendentemente aparece agora como ofendido), ou o pessoal do "Vai tudo abaixo" são exemplos de verdadeiros humoristas que brincam com os portugueses.
Vale a pena relembrar que a própria actriz brincou com os Gato Fedorento satirizando as próprias novelas brasileiras. Há algum brasileiro que se ofenda com isto?



As mesmas piadas que os brasileiros fazem dos portugueses fazemos nós de alentejanos ou nortenhos. E não há quem faça o mesmo tipo de piadas aplicando-as a pretos a loiras?
Por fim, não foi a actriz que me envergonhou, mas sim a imensa quantidade de comentadores portugueses que, fosse com vídeos, fosse com respostas escritas desceram ao nível da indecência, criticando brasileiros (sobretudo, brasileiras), difamando a actriz e o povo brasileiro, julgando-se donos da língua portuguesa, realçando o glorioso Portugal que os brasileiros deviam respeitar, esquecendo-se propositadamente ou desconhecendo a parte da história que revela que nós matámos brasileiros para que os forçassemos a falar a "nossa" língua. É deses portugueses que me envergonho.

Tomem lá esta preciosidade. Hitler comenta o caso. Riam-se mas é disto e semeiem a paz entre os povos!



Condessa X

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Lesboa - 3º aniversário no ISA

Soprando velinhas, a Lesboa desta noite promete... esvaziar a carteira das raparigas que não se contentarem com uma bebida pelos €15 de entrada. A maior objecção que ouvi de pessoas que não comparecerão à festa pende-se, de facto, com o preço excessivo da entrada.
Vejamos que para uma festa que se realiza com uma periodicidade trimestral, que tem tido toda uma preocupação estética (desde a escolha do espaço aos adereços), que tem procurado dinamizar o evento com animação e boas e bons DJs (não só a nível nacional) e que ainda não tem concorrência à altura (e não, a Maria Lisboa não é concorrente directa da Lesboa de forma nenhuma) €15 com direito a uma bebida não é assim tão chocante. Só o é porque, de facto, as pessoas estão todas nas lonas.
A tia x-pression vai ajudar-vos a tentar poupar umas massas:

- Recebi, como devem ter recebido outras pessoas registadas na mailing list o seguinte apelo (tardio, é preciso dizer, datado de quarta-feira, dia 30 de Setembro):

"Subject: PASSATEMPO #8: Olhó cartaz

Temos 5 entradas para oferecer às 5 melhores fotos do cartaz de divulgação da Lesboa Party [3º Aniversário], que se realiza esta sexta-feira, 2 de Outubro, a partir das 23h30, no ISA.

Se vir o cartaz por aí, tire uma foto e envie-nos, até dia 1, para lesboaparty@entrevirgulas.com."



Não tenho andado muito pela cidade por isso não é de estranhar que não os tenha visto, mas das pessoas com quem falei nenhuma os viu. Será que alguém os fotografou e roubou-os logo a seguir? Divulgar isto no dia 30 e fechar o concurso logo no dia 1, foi mesmo obra típica de propaganda barata, um pouco à moda dos pseudo-concursos do Instituto Camões ou dos castings para a novela das 8h.

- Resta poupar uns trocos comprando por €12,50 os bilhetes de avanço num destes sítios: Abreu, Bliss, Bulhosa, Dolce Vita, El Corte Inglês, Fnac, Megarede e Worten.

Agora a parte melhor: as 12 lésbicas vão lá estar, com um novo look e a nossa equipa de reportagem vai tentar encontrá-las depois de tanto tempo sem saber delas. Vai ser difícil reconhecê-las porque Tattts deu-lhes novo look, mas nós estaremos lá.
Quem também estará presente e já vai sendo companhia habitual das festas Lesboa é a jovem Geraldine. Acreditem que vale a pena conhecê-la aqui (se vos parecer que entraram nas páginas amarelas e se enganaram no site, acreditem que estão no sítio certo).
A segunda boa notícia é que estarão lá duas das DJ preferidas das visitantes sembikini: Miss T (1ª) e Tânia Pascoal (3ª). Se não se lembram do contexto da votação, este pequeno post refresca a memória.



Mais informações sobre a Lesboa aqui.
Have fun!

x-pressiongirl

sábado, 26 de setembro de 2009

Um brinde às eleições!

O período de reflexão exige sobriedade.
Enfrasquem-se de consciência e votem amanhã, evitem é repetir os mesmos filmes. Estamos cansados das mesmas personagens incoerentes, não?



Um brinde às verdadeiras esquerdas!

x-pressiongirl

Dias de cinema

Não digam que nós falamos mal dos filmes do queer. O post anterior foi só um grito de desespero transformado em letras. Mas se os filmes lésbicos ainda têm um percurso por fazer, os restantes filmes que vimos pareceramme deveras bons.
Dos filmes de hoje destacamos o muito aplaudido "O signo da cidade", de Carlos Alberto Ricelli, a passar às 15h30. De presentinho, o trailer:



Bruna Lombardi (casada com Ricelli há 25 anos), Graziela Moretto, Eva Wilma e Denise Fraga, todas elas poderosas neste filme belíssimo sobre a solidariedade vs solidão.
De Graziela Moretto já aqui tinhamos falado. ;-)



Também a não perder, às 17h30 a curta "Neurótica" e "Patrick 1.5". A sugestão de x-pression também é boa e tem a vantagem de ser gratuita, mas videoclips podemos ver na internet e quem a conhece deve estar "farta" de ouvir Mylène Farmer. No entanto, estou segura de que também não será mau optar pela sala Buondi e relaxar ao som de Mylène (a Madonna francesa, não tenham dúvidas) e Zazie (dois ícones gays nos países francófonos).
Às 21h a gala de encerramento com a divulgação dos filmes vencedores e logo de seguida "Were the world mine".
Se ainda estão a ler isto, saiam imediatamente de casa, que hoje o dia é para ser passado no cinema S. Jorge!

Condessa X

P.S. - Isto de termos a sede do sembikini a dois passos do S. Jorge é uma maravilha. Depois de sabermos quais os filmes vencedores iremos esmiuçar as votações e escrever mais umas linhas sobre cinema de temática LGBT.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

As lésbicas e a porno

Saber escolher exige, antes de mais, que haja quantidade passível de ser escolhida. A escolha será tanto melhor quanto mais oferta houver e o "cinema lésbico" (se é que se pode considerar que ele exista), seja concebido integralmente por mulheres lésbicas, seja concebido através do olhar masculino, pouco oferece a quem espera ver mais do que filmes de terror.
Falo-vos de terror porque observo o ar assustado de quem sai de uma sessão de "filmes lésbicos". Entre o Hard e o Porno, venha quem saiba escolhê-los.
Já no ano passado me tinha excitado muito mais com os filmes gays do que com os lésbicos, sendo que continuo com algumas reservas quanto à minha suposta bissexualdiade.
Também no ano passado a senhora Kay, realizadora dos filmes hard lésbicos em exibição, esteve entre nós a defender que a porno lésbica está a ganhar qualidade. Sinceramente, não vejo como. Não há produção suficiente para se poder seleccionar.
A verdade é que quando se sai de um filme de porno lésbico temos logo vontade de ir a correr entregar o nosso cartão de lésbica, que não, que aquilo não somos nós e que as lésbicas nao são assim. Ou melhor, aquelas são as que nós não queremos que sejam lésbicas de tão longe que estão do nosso ideal de MULHER.
Parto do princípio que a porno é feita para excitar e não para chocar, mas tenho dificuldades em explicar isto a quem faz da sua bandeira o choque.
Se não gosto da porno que é vendida como lésbica (sobretudo a homens), em que ressalta o ar de prostitutas baratas que exibe a maior parte das actrizes, não compro também a porno lésbica que me vende uma mulher máscula, bruta, com a depilação orgulhosamente por fazer. Passar de um cliché para outro não é inteligente.
De antemão sabemos que os filmes são seleccionados por homens gays, cuja sensibilidade artística estará acima de todas estas considerações, mas eles só poderão selecionar bons filmes, se houver bons filmes a concorrerem para entrar no festival.



Sobre a pornografia lésbica, já x-pressiongirl tinha sondado.
A maioria (40%) disse que consumiria pornografia lésbica se a houvesse, 22% afirmava que não havia porno lésbica, 18% preferia porno hetero e 13% assumia não gostar de porno.
Não houve muitas votações e a meu ver a votação não estava bem feita porque as opções eram pouco específicas.
Por que raio nos apresentam sempre as lésbicas com ar bruto e desgraçadinho? O trunfo de L word, foi precisamente o de trazer para o ecrã as lésbicas que todas gostamos de ver, ainda que se tenha passado de um cliché para outro. Dessem um toque de porno a um filme L word e as sessões lésbicas teriam sala cheia e ninguém sairia a meio, como acontece sucessivamente nestas sessões.



A título de exemplo, reparem no gaydar masculino e feminino. Já há cerca de um ano, tinha reflectido sobre isso.

Condessa X

P.S. - Este post também serve de aviso a quem estiver a ponderar ir hoje à sessão de curtas da meia-noite! Vejam o programa com atençao e invistam o vosso dinheiro num dos muitos outros filmes bem melhores. Aproveitem que acaba amanhã!

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Vais ao Queer Lisboa? - Nova enquete

O Queer Lisboa (anteriormente designado por Festival de Cinema Gay e Lésbico de Lisboa) está intimamente ligado ao movimento LGBT em Portugal.



Aproveitando as correcções que me foram feitas por Isidro Sousa (activista de longa data e autor da Korpus e do Púbico) gostaria de contextualizar a existência do festival.
Surge em 1997, pela mão de vários dirigentes da ILGA-Portugal (International Lesbian and Gay Association) tais como Celso Júnior e Gonçalo Diniz (na altura presidente da ILGA). Por esta altura, a ILGA-Portugal teria cerca de 2 anos de existência, dando fôlego a imensos projectos que ainda hoje vivem:
o primeiro portal LGBT português, o imparável Portugalgay;
o primeiro grupo lésbico Clube Safo;
a primeira revista portuguesa dirigida particularmente ao público gay e lésbico, a Korpus;
Cerca de um ano depois, em 1997, nasce então o Festival de Cinema Gay e Lésbico. 1997 foi um ano deveras produtivo:
Junho - 1º Arraial Pride, no Jardim do Príncipe Real e creio que também a associação Opus Gay (corrijam-me se estiver enganada)
Setembro - 1º Festival de Cinema Gay e Lésbico (Setembro)
Novembro - Inauguraçáo do Centro Comunitário Gay e Lésbico

De ano para ano cresceram os apoios, o número de filmes e o número de espectadores, sendo que este ano os apoios financeiros decresceram. Houve momentos altos e houve momentos mais expectantes. Refiro-me particularmente às dificuldades criadas por Santana Lopes, enquanto presidente da CML, que tentou asfixiar não só o Festival de Cinema Gay e Lésbico, cortando apoios financeiros e logísticos (até queria que se alterasse o nome para "Festival da Diversidade"), mas também a Marcha que o senhor não queria que se realizasse na Av. da Liberdade e o Arraial, que nesta altura começou a ser realizado no Parque do Calhau. Vale a pena recordar as palavras de Fabíola Cardoso do Clube Safo aquando do discurso de abertura do Arraial: "Já nos mandaram para muitos sítios, este ano foi para o Calhau". A gargalhada foi geral, mas politicamente as associações atribuiram um significado ao facto de se ter transferido o arraial do centro (Praça do Município) para os arrabaldes (Parque do Calhau). Convenhamos que a parte boa de termos festa neste parque era o facto da festa durar até sermos beijados pelos raios de sol.
O Festival de cinema passou a ser denominado de Queer Lisboa e adoptou o patinho feio como mascote.



A organização do festival viria a apresentar-se pelas mãos da ACJI (Associação Cultural Janela Indiscreta), tornando-se independente da ILGA. Este festival deve ser o que mais salas de cinema correu, chegando a ter filmes distribuidos, em simultâneo, por 4 salas diferentes. O queer festival já se sentou no King, Cinemateca, Quarteto, Fórum Lisboa, mas agora parece ter conquistado lugar na primeira fila do belíssimo São Jorge.
O Goethe-Institut e o Instituto Franco-Português são alguns dos exemplos institucionais que têm figurado sempre entre os apoios.
Hoje o Festival chama cada vez mais cinéfilos de todo o país e tem ampla projecção internacional. Longa Vida ao Festival! \_/*\_/ Cheers!

x-pressiongirl

P.S. - A programação diária pode ser consultada aqui e as sinopses neste link.

P.S. 2 - Alguém sabe o porquê de terem convidado o patinho feio para mascote?

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Com que frequência vais ao ginecologista? - resultados enquete

Não sei até que ponto se podem chegar a grandes conclusões nesta votação. Não se sabe se as pessoas que afirmam ir ao ginecologista regularmente o fazem por rotina ou se tiveram algum tipo de complicação e não se sabe a idade das votantes, portanto é normal que votantes mais novas tenham respondido que nunca foram ou que foram apenas uma vez.
Resulta, no entanto, queA maioria das votantes afirmou ser homossexual e ir ao ginecologista pelo menos uma vez por ano. Cai por terra a minha suposição de que as homossexuais evitam ir ao ginecologista (pelo menos a maioria das votantes sembikni).



As opções eram:
Sou homossexual e vou pelo menos uma vez por ano
Sou bissexual e vou pelo menos uma vez por ano
Sou heterossexual e vou pelo menos uma vez por ano
Sou homo e vou pelo menos de 3 em 3 anos
Sou bi e vou pelo menos de 3 em 3 anos
Sou hetero e vou pelo menos de 3 em 3 anos
Sou homo e só fui uma vez
Sou bi e só fui uma vez
Sou hetero e só fui uma vez
Sou homo e nunca fui
Sou bi e nunca fui
Sou hetero e nunca fui

x-pressiongirl

P.S. - Se quiserem partilhar nomes de boas e bons ginecologistas, queiram visitar o fórum da REA.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Da corrupção

Pouco surpreende @s mais atent@s o artigo da Sábado que denuncia o envolvimento do PSD em obscuras manobras que lhe tem permitido sobreviver no panorama político português.
São este tipo de políticos que descredibilizam toda uma classe e envergonham os seus militantes (ou que deveria envergonhar, pelo menos os mais sensatos).
Já há uns anos o Bubu tinha fominha, olhou para meia dúzia de frigoríficos e transformou-os em votos. Papou todos, claro. Engoliu apitos dourados, engordou o BPN e arrota imunidade política para se recandidatar. Enumerem-me políticos que não estejam envolvidos em processos judiciais! Podem começar pelos bons amigos de Manuela Ferreira Leite ou até mesmo do 1º ministro. São gente boa, sem dúvida.



A notícia da Sábado só vem confirmar o que muitos de nós já suspeitava ainda que nunca o tivessemos ouvido da boca de quem com eles comia à mesa.
O artigo incide sobre o PSD mas não me surpreenderia se políticos de outras cores usassem dos mesmos métodos. Querem descredibilizar a classe política e a democracia, para que só vote quem lhes interessa que vote.
1. militantes angariados em bairros sociais a troco de meia dúzia de euros;
2. inscrição de militantes fictícios
3. chantagem sobre trabalhadores e avençados
4. ameaças e agressões físicas

Convido-vos a assistir aos vídeos das testemunhas e a ouvir as respostas telefónicas dos visados aqui.
Não há justiça neste país que lhes ponha a mão em cima?

Condessa X

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Mylène Farmer e Zazie no Queer Festival 13


Decorre este ano de 18 a 26 de Setembro, no Cinema São Jorge. Apesar do orçamento mais reduzido (talvez advenha daí o facto de este ano haver menos festas), espero que o Festival continue com o fôlego que tem tido ao longo dos últimos anos.
Estive a ver mais detalhadamente a programação do Queer Festival deste ano voltei a encontrar agradáveis surpresas.
Mylène Farmer, a diva sobre a qual ainda não escrevi nada decentemente (chicoteio-me mentalmente de cada vez que penso nisso) e Zazie, outra francesa avant-garde.

De presentinho dois dos vídeos a não perder na sessão das 18h, no dia 26:





Divirtam-se!

O portugalgay teve a gentileza de esmiúçar (obrigada pela ideia, gatinhos) o festival. A programação diária do Festival pode ser consultada aqui e as sinopses neste link.

x-pressiongirl

P.S. - Não encontro divulgada a lista de convidados, que terá sido apresentada no dia 8. Se alguém souber, que tenha a gentileza de responder ao post.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Os abraços de Almodóvar

Ainda não foi desta que Almodóvar levou a Palma dourada consigo, mas esta é mais uma das películas imperdíveis do cineasta.
Explorando a temática do amor comprado, da chantagem e da vingança, este é um filme que surpreende, não tanto pela história, mas pela forma como ela é contada.
O único gay que surge é um puto detestável e nota-se a ausência de travestis e transexuais, às quais Almodóvar tem tantas vezes dado voz. Ressurge a Diva Penélope Cruz, em óptima forma.



Falando de filmes, estamos já na contagem decrescente para o queer festival (ex festival de cinema gay e lésbico de lisboa), que terá início na sexta, dia 18. A programação pode ser consultada aqui.

x-pressiongirl





segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Raparigas Combikini

Vários jornais noticiaram um artigo da Lusa que indicava que cada vez menos mulheres fazem topless.
De notar que um dos primeiros posts que escrevemos foi precisamente sobre o movimento Bara Bröst, que surgiu na sequência da expulsão de duas raparigas, por fazerem top less numa piscina sueca.
A notícia que esta semana ecoou nos mais diversos órgãos de comunicação social surgiu a propósito da polémica na Austrália, Estados Unidos da América, França entre outros, em que o topless está a ser banido em algumas praias.



Os argumentos são tão diversos como "as praticantes de topless deixam as outras pessoas pouco confortáveis" ou que "banir o topless é uma forma de não ofender ninguém independentemente das suas posições religiosas ou culturais", ou seja, evitar que orientais e muçulmanos se sintam desconfortáveis nas praias.
Penso que é um argumento totalmente descabido e que a oposição entre mulheres ocidentais e orientais é uma falsa questão. Se querem falar de respeito e liberdade comecem eles a respeitar as mulheres que querem usar os seus trajes nas faculdades francesas, por exemplo. É interessante notar que a mesma França que tem o presidente da Câmara de Paris Bertrand Delanoë (homossexual assumido) a defender o fim do top less nas praias artificiais de Paris é a mesma que tem Sarkozy a defender o fim de símbolos religiosos, sendo que as raparigas que queiram entrar na Faculdade com o véu islâmico são impedidas. Vistam os bikinis, tirem os véus!
O direito a usar ou não determinada roupa é tido como capricho ou provocação.
Lubna Hussein, jornalista e activista sudanesa, foi condenada por usar calças. Consta que se demitiu do cargo que ocupava na ONU (e que lhe dava imunidade) para se aproximar das mulheres sudanesas que não poderiam recorrer a esse privilégio, procurando, desse modo, relançar o debate a nível internacional e denunciar o que se passa no Sudão.
Li diversos comentários saloios, por parte de rapazes que confundem a liberdade de se fazer topless com a montra de um "peep show" e estou segura de que muitas raparigas não o fazem precisamente porque não se sentem à vontade com estes sujeitinhos e isto sim, é violência.

A reportagem portuguesa na íntegra, aqui.


x-pressiongirl

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Movimento Pela Igualdade promove debate - 9 Setembro

O MPI promove um debate entre represetantes dos partidos com assento parlamentar, no dia 9 de Setembro, às 21h, no Hotel Ibis do Saldanha (Av. Casal Ribeiro nº23, Lisboa).



Penso que vai ser interessante por vários motivos:

1. Miguel Vale de Almeida vai publicamente vestir a pele de porta-vos do PS nas questões LGBT. Sim, o mesmo PS que adiou as mais diversas questões de importância para muit@s LGBT para a próxima legislatura.



2. É sempre animado ouvir-se Odete Santos e há muito tempo que não a ouvimos falar.


3. Gostaria muito de ouvir Heloísa Apolónia (Verdes - PEV) e José Soeiro (BE) representam os dois partidos proponentes da proposta do projecto de lei de Acesso ao Casamento Cívil a casais do mesmo sexo, que em Outubro o PS chumbou. Relembre-se que a disciplina de voto IMPOSTA pelo PS, previa apenas a excepção de voto a Pedro Nuno Santos, ex-líder da JS que esteve à frente de várias iniciativas do PS que promoviam a igualdade no Acesso ao Casamento Cívil.
Essa mesma disciplina de voto foi quebrada por Manuel Alegre e no PSD alguns deputados se abstiveram.



Falta ainda divulgar os nomes dos representantes do PSD e do CDS-PP.

O único inconveniente deste debate é mesmo a data escolhida. O mais recente filme de Almodóvar estreia à mesma hora.

x-pressiongirl

As marchas LGBT em Portugal

Tardiamente escrevo sobre estes eventos que tão cedo aqui divulgámos, o que me traz a vantagem de poder ir beber informações a todo o lado e compilá-las aqui.
Tanto a marcha de Lisboa como a do Porto foram, segundo as respectivas organizações e até mesmo a comunicação social, as mais participadas de sempre. No entanto, como é hábito, havia alguma discrepância nos números apresentados.
Estive entre o largo número de pessoas que criticaram o facto de marcha e arraial de Lisboa decorrerem em dias diferentes, mas felizmente ambos os eventos foram bastante participados. Apenas lamento que as pessoas que vivem longe da capital não tenham tido facilidade em vir aos dois.
Da organização da Marcha do Orgulho de Lisboa (MOL) fizeram parte as associações LGBT Clube Safo, Rede Ex Aequo, ILGA Portugal, Panteras Rosa, Não Te Prives, Associação Cultural Janela Indiscreta e Rumos Novos.
Não sendo associações de cariz LGBT, participaram também na organização do evento a associação Médicos pela Escolha (MPE), a Associação Pelo Planeamento da Família (APF), Grupo Português de Activistas Sobre Tratamentos de VIH/SIDA (GAT), Rede Portuguesa de Jovens Para a Igualdade de Oportunidades entre Mulheres e Homens, SOS Racismo e UMAR.
O Sindicato de Professores da Grande Lisboa estreou-se pela primeira vez na marcha LGBT.



A recém-criada associação AMPLOS (Associação de Mães e Pais pela Liberdade de Orientação Sexual) também participou pela primeira vez.
ATTAC, Marcha Mundial das Mulheres e Amnistia Internacional são alguns exemplos de associações que têm sido assíduas na marcha.



Dos partidos políticos, viu-se largamente vários deputados e membros activos do BE



e consta que por lá andou também o Partido Humanista e a JS.
As palavras de ordem andaram pelo mesmo de sempre e confesso que não suporto o "Sim, sim, sim, nós somos assim" porque não consigo entender o alcance do slogan.
Estava um calor imenso e quando me preparava para entrar no primeiro lugar que me vendesse água fresca eis que surgem activistas que presumi serem da ILGA com imensas garrafas de água que distribuiram gratuitamente entre @s marchantes. A particularidade das garrafas estava no rótulo que anunciava o Arraial Pride da semana seguinte, divulgando os artistas que actuariam no Arraial. Excelente iniciativa!
Tal como no ano passado, voltaram a ser lançados pequenos papéis com mensagens, por cima de quem passava o elevador. "Já marchavas comigo", "Gosto de ti!", "Fora dos armários directamente para a rua", "Ano 2009: gays discriminados na doação de sangue", "Século XXI: Portugal não tem lei de identidade de género", "Pela despatologização das identidades trans", "Em 2000 marchámos pela primeira vez em Portugal", "Até 1973 ainda éramos tod@s doentes", "A partir de hoje vou beijar quem eu quiser", "Vamos dançar esta noite?" e "Ainda bem que estás aqui!" foram algumas das mensagens que consegui apanhar. Muito gira a ideia de passar a mensagem, informando e provocando sorrisos.
A marcha esteve animada com as habituais carrinhas de caixa aberta a fazer de pista de dança, poucos motards do "Sai de mota do armário"



e muitos mas muitos smarts, esperteza da discoteca Maria Lisboa. A parte menos engraçada foi a clara divisão à chegada ao Rossio, quando num lado discursavam os presidentes das Associações e do outro soavam as músicas made in Maria Lisboa. Não é bonito. É verdade que o pessoal quer é festa, mas teria sido bom ouvir o que dizem os líderes do movimento.
Fica aqui o vídeo recentemente divulgado pela equipa da discoteca Maria Lisboa.



Quanto à marcha do Porto, na qual, infelizmente, não estive, li delícias sobre a mesma. Tanto marcha como arraial têm crescido a olhos vistos, quer em participações quer em apoios de associações, movimentos.
Segundo o portugalgay (promotor da iniciativa portuense), "as entidades que organizaram e apoiaram a edição deste ano foram: Abismo Humano - associação de Artes, Abraço, ATTAC Portugal, Bloco de Esquerda, Caleidoscópio LGBT, Centro das Culturas - Acção Humanista, Cooperação e Desenvolvimento, Grupo de Trabalho Identidade X/Y - Sindicato Unificado da Polícia de Segurança Pública, não te prives - Grupo de Defesa dos Direitos Sexuais, Panteras Rosa, Partido Humanista, Poly-Portugal, Ponto Bi, PortugalGay.PT, SOS Racismo e UMAR - União de Mulheres Alternativa e Resposta. Além do carro do Porto Pride a marcha também contou, pela primeira vez, com a participação do Pride Bar e da discoteca Maria Lisboa.".
Comparando as entidades enumeradas com as de Lisboa, saltam-me à vista a inclusão de partidos políticos como o BE e o Partido Humanista como organizadoras/apoiantes da marcha, o recém-criado Grupo de Trabalho Identidade X/Y - Sindicato Unificado da Polícia de Segurança Pública e a UMAR (que no ano passado não se quis associar à iniciativa portuense pelos mesmos motivos que a Rede Ex Aequo apresentou novamente este ano para se desmarcar da marcha do Porto). Congratulo a UMAR pela capacidade de rever a sua posição e lamento que a Rede Ex Aequo não o tenha feito. Podem ler aqui o documento redigido pela REA, que roubei do Estrelaminha, em que a REA justifica deste modo a não subscrição do Manifesto "Não acreditamos ser possível comparar a inclusão de temas consensuais socialmente, como a luta contra o racismo e o sexismo, com um tema altamente polémico e problemático em termos de aceitação e recepção como o das relações poliamorosas".
Vídeo e foto-reportagem da marcha do Porto aqui.

x-pressiongirl

P.S. - Fotos roubadas do Lisboa SOS. Podem encontrar a foto-reportagem do Lisboa SOS aqui.
Se quiserem dar um lucky look na cronologia do movimento LGBT em Portugal, vale a pena visitar esta casa.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Com que frequência vais ao ginecologista?

Existe no fórum da rede ex-aequo um tópico muito interessante que pretende divulgar uma lista de ginecologistas gay friendly e denunciar quem discrimine raparigas não heterossexuais.
Penso que existe, entre as lésbicas e bissexuais algumas reservas em se assumirem como tal perante ginecologistas.
Esta votação, ligeiramente diferente, ainda que baseada na votação da rede ex-aequo pretende comparar a frequência de idas ao ginecologista entre hetero bi e homossexuais.
Se conhecem boas/bons ginecologistas, não deixem de contribuir no fórum da rea.

x-pressiongirl

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Votaste nas Europeias? - Resultado enquete

Começo por lamentar ter-me esquecido de incluir na votação o MEP (Movimento Esperança Portugal), que suponho representado pelos votantes que se incluem na opção "Votei noutro partido". Foi, de facto, o partido que mais votos obteve, entre os partidos sem assento parlamentar.



Apesar das peripécias que aqui mencionei a propósito da falta de informação, esta foi uma campanha engraçada, que aliás está a desencadear as mais engraçadas reacções por parte dos dois partidos que têm trocado tronos.
Espanta-me que tenham recebido com surpresa o crescimento do BE. O que mais me surpreende é que ele não tenha crescido mais.




x-pressiongirl

terça-feira, 1 de setembro de 2009

De volta

As nossas malas vêm apinhadas



de bikinis, pois claro. Depois de me terem ficado com as algemas no aeroporto de Heathrow nunca mais voltei a repetir a gracinha.

Muitas coisas se passaram nos quase dois meses de penosa ausência de bikinis, mas esforçar-nos-emos para retomar a pedalada, não nos esquecendo de apreciar as notícias que desfilaram no Verão que só agora se parece querer fazer notar.
De volta está também o blog da Kriz, um dos primeiros amiguinhos do sembikini, do outro lado do oceano.
Retomemos do ponto onde ficámos. Das eleições europeias; pulando para a marcha LGBT; pelo jantar da Leswork; arraial pride; literatura erótica; viagem ao Norte; viagem ao Sul; as declarações de Olim e o silêncio da Ministra a propósito do sangue gay; o casamento de Miguel Vale de Almeida com o PS; o sem número de portuguesas e portugueses que não gozam de férias, desempregados ou sem dinheiro para veranear; a Lesboa anunciada; o Festival de Cinema Gay e Lésbico; os ultrajantes testes a que Caster Semenya teve de ser submetida; e cerejas em cima do bolo as 12 Lésbicas vistas por glorybogz no Sims2 e as 12 Lésbicas revisitadas pelo artista Tattts.


Passamos às emissões regulares, rezando para que Condessa X se recomponha depressa da depressão pós-férias.
O sembikini segue dentro de momentos. ;-)

x-pressiongirl

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Férias

Temos estado por aqui



e vamos continuar até à próxima semana. Traremos novidades!

Boas férias! ;-)

Condessa X

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Arraial 2009

aqui divulgámos o Arraial deste ano.
A organização tem apostado fortemente no evento e parece-me que este ano o Arraial contará, tal como a marcha, com um novo recorde.
Os 40 anos de Stonewall e os 25 da morte de Variações dão o mote para um ano pleno de efemérides.
Ninguém parece ter gostado do facto de arraial e marcha se realizarem em fins-de-semana diferentes. A organização tem justificado as datas como um contra-tempo causado pelas obras em curso no Terreiro do Paço (o local preferido da maioria das pessoas, segundo os resultados da enquete aqui realizada há uns meses).



A culpa disto é toda das lésbicas que se recusaram a ajudar nas obras! Mereciam umas valentes chicotadas de Rainha Malvada, que ao que parece, ainda se encontra acorrentada a um dos bancos da cozinha do castelo.

HORÁRIO ARRAIAL
Restauração e programação - a partir das 15H00
Expo arraial – a partir das 12H00
Queer Games – 18h00 às 19h30
Arraialito - das 16h às 19h

Tenda Lounge [A partir das 16H00 até 20H00]
Rainha Malvada ( DiscóRace Masmorra)
LorenzFactor
Natasha Semmynova
Bruna Meneghel
Helena Martins
Kassandra

18H30 – Queer Games (girls, vamos mostrar que batemos as travecas a andar de salto alto e de saia justa!)

Palco Principal [A partir das 20H00]
Plastic Poney
BadLovers & Hysteria Iberika
Deborah Kristall & Companhia
Les Baton Rouge
La Terremoto de Alcorcon
Dj: Miss T ; Hush Hush
Vj Phaustino
Dj :Rui Murka

Mais informações aqui.

Para quem quiser garantir a sua inscrição nos queer games, sugere-se que se inscrevam aqui ou se dirijam à Ilga, na rua de S. Lázaro, nº 88 (metro Martim Moniz).

E não, não é necessário levar pochetes nem saltos altos que a organização garante tudo isso. Sejam ladies e inscrevam-se!

Condessa X

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Marcha LGBT 2009

aqui e aqui se escreveu sobre este evento imperdível.



Este ano também vamos ter motards.
Deixo-vos com o vídeo da marcha do ano passado.



Tragam também amig@s hetero!
É já amanhã!

Condessa X

P.S. - Para quem não sabe o porquê de se fazer uma marcha e um arraial, a visita aqui é obrigatória.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Migrant Women Festival - Lisboa 17 a 20 Junho

O "Migrant Women" é um festival promovido pela Motus, Bollywood Pictures e Zecora Ura Theatre. O projecto "Migrant Women" é composto por três festivais europeus: o Mater Festival, que se realiza nas cidades italianas de Montepulciano e Sienna, "Migrant Days London" e os "Migrant Days Lisboa", este último a decorrer entre 17 e 20 de Junho.
Debater a interculturalidade do ponto de vista crítico-artístico, através do olhar de mulher migrante é o objectivo do festival que se amplia entre Itália, Reino Unido e Portugal.
A abertura do festival terá lugar amanhã no Cinema S. Jorge, às 18h30, com a projecção do documentário "Migrant Women - Lucy in the sky with diamonds", de Myriam Xafrêdo dos Reis. Para consultar a sinopse é aqui.



Se quiserem assistir à exibição sugere-se que enviem um e-mail para rita@bollywood.pt ou rute@bollywood.pt afim de efectuar a reserva.
Ao longo dos três dias serão apresentados entre o Teatro Ibérico e a Fábrica Braço de Prata, concertos, seminários, filmes, dança, e teatro, sendo que o festival termina com uma festa de encerramento na Fábrica.

Mais informações sobre o Migrant Women Festival e sua programação podem ser encontradas aqui.

Condessa X

P.S. - Agradeço a Kaimiamera pelo convite e pela partilha de informações.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Vicky e Cassandra - uma história de violência

Com a devida autorização de glorybogz e nana, gostaria de publicar um texto de sua autoria, baseado em factos verídicos. Todo o excerto que aqui transcrevo é de sua responsabilidade. Para facilitar a leitura dos 6 capítulos indíco, logo abaixo, os respectivos links.
Gostaria de sugerir outros testemunhos de quem, de forma anónima, quiser contribuir com textos sobre este mesmo tema para sembikini@gmail.com .



Personagens:

Vitima: Vicky – Loira, cabelo curto, magra, baixa, gira, olhos castanhos.
Antes: Alegre, animada, forte, sensível, apaixonada pela vida
Depois: Depressiva, emotiva, sem força de vontade, desmotivada.

Agressora: Cassandra – Morena, cabelo comprido encaracolado, olhos verdes, estatura média, magra, sedutora.
Antes: Simpática (para quem quer), manipuladora, decidida, control freak, aparentemente forte mas no fundo, fraca.
Durante: mais controladora, mais agressiva, aparentemente mais confiante, moody.

Amiga: Ângela – Amiga da Vicky


Vicky sempre gostou de navegar na Internet, assim como Cassandra.
Uma noite em que a chuva se fazia ouvir, Vicky decidiu ficar em casa com a sua amiga Ângela em vez de irem ao cinema. Acabaram por andar a ver perfis de raparigas num desses sites do conhecimento comum.
– Olha esta! – diz Vicky, - Parece-me interessante! O nosso perfil coincide em algumas coisas e ainda por cima é gira!! Vou mandar-lhe uma mensagem.
No dia seguinte, Cassandra responde-lhe à mensagem e, após trocarem umas quantas marcaram um encontro para essa mesma noite.
Vicky e Cassandra encontraram-se pela primeira vez no Purex. Após trocarem algumas palavras, Vicky tem a sensação de que Cassandra vai ser uma pessoa importante na vida dela. Depressa se sentem dominadas por uma atracção inexplicável. Pouco tempo depois, conduzidas pelo desejo, Cassandra tem confiança suficiente para tomar a iniciativa de beijar Vicky. O desenrolar da noite faz a atracção que ambas sentiram desabrochar para uma paixão intensa e ardente. Começaram a sair mais vezes, de um modo mais intenso e, o que no inicio parecia ser só paixão, foi evoluindo, tornando-se em algo mais profundo.
Em poucas semanas de convivência intensiva, começaram a pensar num futuro juntas, não imaginado os seus dias uma sem a outra. Tudo estava perfeito – alegres, sorridentes, as suas gargalhadas eram constantes – enfim, ambas estavam felizes. Ambas tinham defeitos mas eram dificeis de apontar.
O primeiro conflito, a primeira forte discordância de opiniões, surgiu passados dois meses, mas não foi caso de alarme… afinal de contas os casais discutem e é “normal”.
Os amigos de Vicky começam a notar uma certa ausência e decidem convidá-la para uma saída. Vicky e Cassandra tinham-se perdido no mundo uma da outra e isso levou-as a um certo isolamento dos amigos habituais, mas ambas achavam que era normal e preferiam sempre estar as duas juntas. Além disso, Cassandra estava sempre a dizer que está sempre presente e disponível para Vicky, e sendo que ela é a prioridade número 1 da sua vida esperava obter uma certa reciprocidade nesse aspecto.
Vicky pondera a hipótese de sair com os amigos mas, talvez por se sentir inconscientemente pressionada pelas palavras fortes de Cassandra, optou por pensar numa desculpa e rejeitar o convite.

Capítulo II, Capítulo III, Capítulo IV, Capítulo V, Capítulo VI


domingo, 14 de junho de 2009

1º jantar do Leswork

Decorre já esta sexta-feira, dia 19, em Lisboa, o jantar do primeiro Network dirigido somente a raparigas, o Leswork, plataforma sobre a qual já aqui se falou.



Decorrendo no dia anterior à Marcha LGBT, o Leswork associar-se-á de modo informal a este evento, possibilitando a participantes que morem longe algumas opções de carsharing e couch surfing, anunciados no fórum do Leswork. O jantar é fechado às membros do Leswork e amigas que queiram trazer desde que especifiquem o número exacto) afim de garantir que as participações não serão afectadas pela presença de intrusos.
Por questões de segurança o ponto de encontro apenas está a ser divulgado no Leswork, tornando-se assim necessário fazer o registo para obter as necessárias informações.



O jantar terá um custo total de €12 com comida e bebida à discrição e a noite pós-jantar promete agradáveis surpresas em espaço ainda por divulgar.
Inscrições no Leswork são aqui.
Mais informações sobre o evento em lesworqueen@gmail.com

You're almost Lesworking

x-pressiongirl

sábado, 13 de junho de 2009

Ana Zanatti (re) assume-se?

Pensava, tal como muitas outras pessoas que Ana Zanatti já se assumira como lésbica há muito tempo. Basta visitar outros blogues ou entrevistas antigas para se perceber que se Ana Zanatti ainda não o tinha feito claramente, isso estava muito bem subentendido.
É com entusiasmo que leio as notícias que tiveram origem na entrevista da Visão, e que esta semana vieram novamente a Público em diversos jornais.
Na apresentação do MPI



Ana Zanatti falou, tal como a maior parte das figuras públicas ali presentes na 3ª pessoa, sendo que a determinado momento terá falado na 1ª pessoa sem que a maior parte dos presentes tivesse dado conta, tal era a ideia de que ela já se teria assumido anteriormente.
De realçar que os próprios livros que escreveu são livros orientados para a temática LGBT e dedicados a uma pessoa especial, uma mulher.
Segundo o Público, Ana Zanatti terá dito em determinado momento qualquer coisa como:

«Estou a reclamar os meus direitos como cidadã que quer ou não casar», e que a incomodava «perder direitos por ser uma minoria».



No final do ano passado também Manuel Luis Goucha se assumiu. Acho óptimo que mais figuras públicas saiam dos ecrãs por iniciativa própria, sem que se sintam pressionados a fazê-lo, pois tantos os hetero como os homossexuais têm todo o direito de não querer falar da sua vida privada.

Condessa X


P.S. - As imagens foram gentilmente cedidas por glorybogz.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

A raça dos prémios

Em nada me sensibiliza a atribuição destes prémios a portugueses que de algum modo tenham contribuído para a notabilização do país nas mais diversas áreas.
Não consegui conter risada quando soube que a UGT figurava entre os premiados (há favores que o bloco central não esquece).
Há, no entanto, entre os laureados uma figura sobre a qual já me tinha ocorrido escrever. Joana Vasconcelos é uma artista portuguesa (nascida em Paris) cujas instalações por demais criativas têm sido muito bem acolhidas pela crítica. É, portanto, uma artista habituada a receber prémios.
O imaginário feminino sempre ligado à generalidade dos seus trabalhos em materiais como tampas, panelas, tabletes de aspirinas, crochés, tricots, espanadores, collants, flores plásticas, brincos, secadores de cabelo, cabelo sintético, entre outros.



A famosa "Noiva" dos tampões OB, muito bem acolhida na bienal de Veneza e Priscilla, o sapato que falta no terraço do Lux, são duas das suas mais conhecidas obras.



Condessa X

P.S. - A lista de premiados com as mais honrosas distinções atribuídas por Cavaco está aqui

terça-feira, 9 de junho de 2009

Voluntariado no Arraial Pride

A organização do arraial pride procura voluntári@s nas seguintes áreas:

Produção do Espectáculo (preferência com experiência ou imensa boa vontade)
Segurança
Expo Arraial
Logística
etc...



Querendo participar activamente na construção do evento basta enviar um mail para: arraialpride@gmail.com, com os dados pessoais e específicar em que área gostariam de colaborar.
Quem quiser conribuir mas achar que os seus erros gramaticais colocam em causa a boa impressãao inicial, deve esquecer o mail e optar por ligar para a Dream Team especificando o que mais gostaria de fazer como voluntári@: 96 819 09 91.

A Dream Team oferece comida e bebida durante todo o evento (e nem precisam de lavar a loiça).



Bons espectáculos, jogos (as inscrições podem ser feitas através deste link), arraialito para as crianças, entre muitas novidades que podem cuscar aqui.


Condessa X

sábado, 6 de junho de 2009

Votaste para as Europeias no dia 7?

Aproveitando as Eleições Europeias, achei que seria engraçado ver que importância dão as visitantes do sembikini à questão política. Se se revêem em algum partido, se dão alguma importância às europeias e se se sentem bem informadas.
Não tendo achado nenhum sítio que tivesse compilado os programas eleitorais dos partidos reservo-me no direito de lançar apenas a enquete.
Parece que se fez uma grande coisa ao recensear-se automaticamente todos os jovens com 18 anos, por todo o lado, nas ruas e nos transportes públicos uns cartazes assim a incentivar ao voto. Votar é fácil.
Pois, mas olhem que descobrir onde é que podemos votar (não é em quem, é onde, em que espaço físico, escola e mesa) nao é nada fácil. Tenho amigos que foram automaticamente recenseados e amigos que ganharam a nacionalidade recentemente e não soube responder nem lhes indicar onde se poderiam informar sobre o local onde se pdoeriam dirigir para exercer o seu "direito" de voto. Já agora gostaria também de ter o direito de tirá-los de lá quando me falhassem nas promessas que me levaram a elegê-los.
A propaganda lançada pelo Mi(ni)stério da Administração Interna apregoava:



e



Chamar-lhes de mentirosos é elogio. A única informação que o site do Recenseamento eleitoral indica é o número de eleitor, que de pouco serve se as pessoas não souberem onde se devem dirigir para votar. Indica o Distrito e a Freguesia, mas obviamente a freguesia onde se vota é a que esta registada como sendo a nossa freguesia de morada, portanto, agradecemos imenso as linhas de informação, o 3838, o MAI, o DGAI e a saloiada toda que trabalha em prol apenas de manter vivos estes organismos parasitários.
As juntas de freguesia têm o dever de divulgar onde votam os numeros de eleitores compreendidos entre xxx e xxx - zona 1 - escola x .... parece que custava muito terem divulgado isto na internet ou criarem uma linha específica para isso. Mas não, cria-se uma linha para se indicar só o número de eleitor e depois queixamo-nos da taxa de absteção. Os dinossauros políticos sabem que as novas gerações (sim, os que passaram a estar recenseados automaticamente) não gostam deles e portanto quanto mais novos votaram, maior percentagem perdem.
É triste a notícia que aqui comentaram sobre os votos brancos não valerem para nada, segundo a Comissão Nacional de Eleições (vejam que são os senhores que compõem o órgão porque eles têm caras e nomes).

Isto não vos revolta?
Mesmo que não votem amanhã, tentem votar nesta enquete. ;-)


Motivos para votar nas eleições amanhã:

1. O INM previu que iria estar um tempo agradável;
2. O vosso cão gosta de ir à rua convosco;
3. É um bom pretexto para conhecerem uma rapariga giríssima que queira participar convosco numa conspiração anti-sistema;
4. Devem votar numa mudança porque é na Europa que se decide tudo o que virá a afectar o país. A título de exemplo as propostas dos chulos, que sao os maiores partidos do parlamento europeu como vender-se pacotes de internet (comprar hi5, msn, blogger, tudo como se fossem canais de tv) ou aquela outra de as empresas fornecedoras de internet poderem cancelar o serviço a uma pessoa que fosse captada a partilhar ficheiros e a fazer downloads!
5. Se não se identificam com nenhum partido ao qual queiram dar poder, elegendo mais deputados, aproveitem para fazer desenhos e escrever frases inteligentes que os envergonhem na altura em que forem ver os votos.

Um dia quando foi comprar tabaco, Campos disse "Come chocolates, pequena! Come chocolates! Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates!"

Votem nos mesmos, queridos, votem nos mesmos. Olhem que não há mais alternativa no mundo senão os mesmos dois únicos chocolates que vocês parecem conhecer. Qual é a diferença entre a Pepsi e a Coca-cola? ;-)

x-pressiongirl

P.S. - Se querem perder tempo a chamarem-lhes nomes e a ameaçarem-nos via e-mail fiquem sabendo que é sempre uma secretária (a mesma de há 10 anos, praí) que reencaminha a mesma resposta para o vosso email. De qualquer modo, se quiserem enviar uns vírus, aqui fica: adm.eleitoral@dgai.mai.gov.pt
Se tiverem uma respiração assim meio ameaçadora também podem telefonar para a DGAI 213947100.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Já agrediste/foste agredida por uma namorada? - resultados enquete

A boa notícia é que entre as visitantes sembikini parece não haver muitas agressoras. Não se percebe se será por se tratar de um blog bem frequentado ou se as meninas que votam mentem.
75% das votantes afirma nunca ter sido agredida nem ter agredido. A maioria também não conhece nem agressoras nem agredidas, possivelmente vivem no mesmo mundo rosa de Condessa X.



Nenhuma das votantes afirmou estar a ser agredida no momento presente. Pergunto-me, no entanto, se a agressora não estaria por perto no momento da votação (as nossas votações têm a desvantagem de gravar no computador de origem as opções seleccionadas). Além disso, com os bons conselhos que damos por aqui, é mais que natiral que as agressoras não permitam ás vítimas tomar contacto com informação que as conteste.
Apenas 31% das votantes conhece vítimas e 24% afirma conhecer agressoras. Presumo que seja dificil para uma pessoa assumir-se como vítima e muito mais difícil porque por demais condenável, como agressora.
13% das votante confessa ter-se arrependido da agressão (uma das agressoras admite ter já agredido várias vezes). Dos motivos apresentdos apontam "Agredi porque fui estúpida" (13%) e apenas uma "Agredi porque ela me agrediu".
As que foram agredidas consideram que o foram por:
"Agrediu-me porque discutimos" (3 de 7 vítimas ou agressoras)
"Agrediu-me por ciúmes" (1 em 7 votantes)
"Agrediu-me porque mereci" (1 em 7)

Para a rapariga que seleccionou esta última opção: Querida, ninguém merece ser agredida, muito menos pela pessoa que afirma gostar de si. Afaste-se dessa vaca imediatamente! Você está a perder a sua juventude com uma pessoa que não a valoriza e há um mundo de amigas novaspara conhecer. Liberte-se!
Apenas 3 das 7 vítimas denunciaram. 2 delas denunciaram a situação a familiares ou amigos e 1 denunciou às autoridades. Uma salva de palmas!

x-pressiongirl

P.S. - Se alguma agressora houver por aqui, é bom que tome conhecimento que nós sabemos tudo sobre vocês e as vossas estratégias que adoro denunciar. Tenham vergonha de existir e não voltem jamais so sembikini. Não gostamos de vocês, assumidamente.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Criada a primeira associação de polícias homossexuais em Portugal

Tendo tido o seu primeiro encontro formal no passado dia 30, no Porto, surge formalmente a IXY, primeira associação que pretende informar e defender os direitos dos polícias gays e lésbicas em Portugal que já começou a recolher as primeiras denúncias não só da PSP, como de profissionais de outras forças como a GNR e o Exército, através do e-mail sup.ixy@sup.pt .
A iniciativa partiu do Sindicato Unificado da Polícia, para combater a discriminação homofóbica entre polícias e de polícias para cidadãos. O Sindicato exige também a alteração dos estatutos da PSP para garantir a não discriminação em função da orientação sexual.

Para ler a notícia no JN é aqui.
O Esquerda.net transcreve a posição do Presidente do SPP, um outro sindicato da PSP:
"Não me parece que na PSP exista [homossexualidade]. É um mundo muito masculino. Desconheço completamente". Já Paulo Rodrigues, da Associação Sindical dos Profissionais de Polícia, acredita que é altura para assumir que há homossexualidade nesta força. "É a primeira vez que se fala neste assunto. Mas é uma realidade. Ninguém quererá voltar ao passado, quando essas pessoas eram enxovalhadas" frisou, em declarações ao JN.

Bonito era vê-los a desfilar fardados no dia 20, na próxima marcha LGBT. Se não quisessem vir a pé podiam vir nos novos carros eléctricos da polícia ou nas Trotinetes.

De presentinho, um vídeo de George Michael em homenagem aos polícias gays.



Condessa X

terça-feira, 2 de junho de 2009

A lucidez de Saramago

Encontrei na edição impressa do Informação uma breve entrevista ao escritor José Saramago sobre a sua associação ao Movimento pela Igualdade (cuja apresentação pública decorreu no passado Domingo, no cinema S. Jorge).
Gosto da sua lucidez.

Por que razão decidiu dar a cara por este movimento?

Dar a cara por um movimento de igualdade, seja ele qual for, é uma obrigação moral. Porque se trata exactamente disso: de igualdade. Achei que o manifesto estava muito bem estruturado. Por que não apoiar?

Acredita que este pode ser um passo decisivo?

Acho que sim. Temos de ver como é que a sociedade portuguesa vai reagir. O que não significa que esse movimento não se possa desenvolver, esperar e conseguir realizar as suas reivindicações. O importante é garantir direitos, é isso que está em questão.

Ajudava ter um político assumidamente homossexual?

Acho que não. Entrariamos num sistema de relações quase de casta em que os homossexuais protegem os homossexuais. Seria muito grave se as coisas fossem mais fáceis para os homossexuais por haver políticos com essa orientação.


Deixo aqui um presentinho para @s fãs de Saramago, porque em vésperas de eleições sabia bem que se reflectisse um pouco mais sobre democracia. ;-)



Condessa X

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Movimento pela Igualdade - o primeiro beijo

Mais de 1000 figuras públicas associaram-se ao Movimento Pela Igualdade, que agora se encontra num crescendo acelerado após a sua colocação à subscrição pública. Para assinar o documento é aqui.
Após a leitura do manifesto, vários promotores e apoiantes da iniciativa explicaram em linhas gerais o fundamento do mesmo, para logo depois dar voz às sugestões dos presentes. Descentralizar o debate, promover acções de divulgação em vídeo e em plataformas e redes sociais, tornar o movimento mais inclusivo e abrangente, procurando associar nao só pessoas ligadas à causa LGBT, entre outros.
O único ponto que mereceu alguma discórdia foi mesmo a eventual associação do movimento a iniciativas claramente LGBT, dado que as figuras públicas que se associaram ao Movimento poderiam não se identificar claramente com outro tipo de iniciativas mais políticas que pudessem querer surgir sob o carimbo do MPI (???).
Os países onde o casamento gay é permitido são:
Holanda (2001), Bélgica (2003), Espanha (2005), Canadá (2005), África do Sul (2006), Noruega (2009), Suécia (2009) e em alguns estados dos EUA (Massachussets, Connecticut, Iowa, Vermont e Maine).

x-pressiongirl

sábado, 30 de maio de 2009

Movimento pela Legalização do Casamento Homossexual - dia 31 Maio, 16h, Cinema São Jorge


Decorre amanhã a apresentação pública do Movimento Pela Igualdade (MPI) no Acesso ao Casamento Cívil no Cinema São Jorge.
O Movimento surge em boa altura para conseguir compromissos políticos, pois a avidez eleitoral costuma levar a classe política a comprometer-se com coisas que outrora havia colocado fora da agenda.



Conta já com quase um milhar de subscritores, entre figuras públicas dos mais variados quadrantes políticos, como os artistas plásticos Graça Morais e Julião Sarmento, a jurista Teresa Beleza, o jornalista Miguel Sousa Tavares, o cientista Alexandre Quintanilha, os humoristas Herman José e Ricardo Araújo Pereira e os actores Alexandra Lencastre, Catarina Furtado, Soraia Chaves, Filipe Duarte, Nuno Lopes e Pepê Rapazote, ou o escritor e reconhecido activista em diversas áreas, José Saramago.
Na apresentação intervirão o psiquiatra Daniel Sampaio, a constitucionalista Isabel Mayer Moreira, e a actriz Ana Zanatti. A leitura do manifesto estará a cargo da também actriz Fernanda Lapa.
Sendo apologista do não-casamento, e considerando que mais do que os homossexuais lutarem pelo casamento deveriam ser os heterossexuais os primeiros a querer abolir a sua existência, reconheço que a existir a possibilidade de casamento que é hoje acessível a heterossexuais ela deve ser também extensível a homossexuais que queiram optar pelo casamento como via de formalizar a sua união e ter ascesso a todas as vantagens e desvantagens que tal passo implica.

x-pressiongirl

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Monólogos à trois

Guida Maria vale por muitas e mostrou-o há cerca de 8 anos, quando inaugurou os Monólogos da Vagina nos palcos portugueses.
Guida Maria surge desta vez acompanhada por Ana Brito e Cunha e por São José Correia, na peça produzida pela mão de Isabel Medina da Escola de Mulheres - Oficina de Teatro.
Os Monólogos da Vagina, reflexão de Eve Ensler sobre a sexualidade feminina vista por várias mulheres, fruto de testemunho de centenas de mulheres, está em cartaz no Casino de Lisboa até Domingo às 16h.
Desconheço se a peça voltará a estar em digressão pelo país, mas torço para que tal suceda.
O único ponto negativo é mesmo o preço.
Enjoy!



Condessa X

P.S. - Alguém sabe quem foi a menina L Word que interpretou recentemente esta mesma peça nos EUA?

terça-feira, 26 de maio de 2009

Passeios livres


Quem mora ou trabalha em cidades grandes sabe que estas estão cada vez mais pensadas à medida das viaturas e não à medida dos peões. Soube, via Spectrum, do movimento passeio livre, que através da iniciativa de aplicar autocolantes nos vidros dos carros (há um procedimento específico, que deverão seguir, caso queiram participar, basta que leiam a secção lateral do blog) visam alertar os condutores desrespeitosos para o transtorno que a falta de cívismo causa aos peões.



Para enviar fotos ou participar com outro tipo de contributos basta enviar um mail para peao.exaltado@gmail.com .
Está a decorrer uma votação no Passeio Livre para que elejam o autocolante que considerem mais apelativo e eficaz.
Sensibilizada com as inúmeras campanhas que promovem os transportes não poluentes e a utilização de viaturas por mais de uma pessoa (não vos choca aperceberem-se que a generalidade das viaturas transporta em média uma pessoa por viagem?), indico para a secção das "praias com ondas grandes" três outros espaços de interesse. O "carpool.pt", o "mobcarsharing.pt" e o "de boleia".



Condessa X

P.S. - A "falta de noção" começa naqueles que são coniventes com o que se passa nas Escolas de Condução Portuguesas, cuja prioridade é sacar o máximo de dinheiro aos alunos, procurando, em vez de formá-los, confundi-los com testes que em nada atestam a sua capacidade de bons condutores.

sábado, 23 de maio de 2009

Conferência sobre (homo)parentalidade no Porto

Vai decorrer na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto, na terça-feira, dia 26 de Maio, às 11h, no auditório 2B, uma Conferência sob o tema "(Homo)parentalidades: um passo para a emancipação familiar".
Os conferencistas convidados serão Fabíola Cardoso (activista do meio-vivo Clube Safo) e Professor Jorge Gato.



Transcrevo parcialmente o apelo gentilmente me fizeram chegar:
Todos nós em algum momento reflectimos acerca da questão "Quem é a minha
família?". É inclusive uma questão que nos é feita frequentemente no ensino
primário. No entanto, é uma questão bastante mais complexa do que possa parecer à
primeira vista. Pois se cada um de nós a responder, muito provavelmente os
resultados vão sofrer um grau de variação tão grande quantas respostas houver. O que
quer isto dizer? Que o conceito de família não é estanque, encontra-se em constante
mutação. E é precisamente esta pluralidade de visões sobre a família que pretendemos
apurar nesta conferência sobre a Homoparentalidade.

Os tópicos a ser desenvolvidos serão:

· Por que é que ser lésbica/gay parece ser incompatível com ser mãe/pai?

· De que modo as questões da homoparentalidade questionam (ou alargam?) a ordem
cultural/moral/política/instituional estabelecida?

· Que temem os que nos tentam excluir do conceito de família?

· A homossexualidade é contagiosa? É uma escolha?

· Famílias há muitas? O que define uma família?

· Como ser família aqui e agora?

· Questões legais questões morais questões culturais

· Que papel para a escola e os educadores?

·E as crianças?

· Questões práticas ou um exemplo real: a minha vida

·Espaço para debate/ questões


Serão distribuídos certificados de participação.

x-pressiongirl

P.S. - mais informações aqui ou através do e-mail fafaguedes1@hotmail.com .

sexta-feira, 22 de maio de 2009

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Já agrediste/foste físicamente agredida por uma namorada?

Só recentemente é que se começou a falar de violência entre casais do mesmo sexo. Como disse Condessa, isso talvez se prenda com o facto de os "casais" gays só recentemente começarem a ser tímidamente encarados como casais. No entanto, não sei como é que pode afirmar que não conhece casos de violência entre casais homo ou heterossexuais. Ou só conhece mesmo pessoas solteiras ou ninguém lhe assume sofrer/praticar violência (ter fama de fofoqueira, não ajuda muito).
A votação é de escolha múltipla porque contém vários blocos de questões.
Tenho conhecido casos infelizes e parece que cada vez mais se começam a assumir as pessoas que sofreram violência física (sim, porque as que a praticam parecem nunca assumi-lo), a que deixa marcas e que se consegue provar.
As formas de violência que não são invisíveis são precisamente aquelas que conduzem à violência física e como nem sempre são fáceis de detectar, a vítima tende a subvalorizá-las não as entendendo, de facto, como agressoras.
Dominar, controlar, maltratar, enganar, mentir, humilhar e insultar são apenas algumas delas.
Esqueçam o ditado "entre marido e mulher não se mete a colher" porque tão criminoso é quem aperta o gatilho como quem finge que não viu o crime.

x-pressiongirl

P.S. - Se souberem de casos denunciem-nos à polícia e incentivem @ voss@ amiga a afastar-se de imediato d@ namorad@. Se acham que nunca foram vítimas reparem nos "conselhos" de uma agressora típica no post "Como continuares a ser vítima sem que ninguém dê por isso".