terça-feira, 30 de setembro de 2008

Flash Mob - 5ªf, dia 2 Out às 19h30, frente à Brasileira do Chiado

Soube através do cacaoccino que irá ocorrer uma Flash Mob pelo Acesso ao Casamento Cívil entre Pessoas do Mesmo Sexo. Esta será a primeira mobilização em forma de protesto, a segunda ocorrerá no dia 8 de Outubro, também às 19h30, desta vez, na Praça do Rossio.
Está agendado para dia 10 de Outubro o debate na AR. PS e PSD já fizeram saber das suas intenções de não permitir liberdade de voto aos seus deputados, pretendendo deste modo torná-los reféns das directivas emanadas pelas direcções dos respectivos partidos.
É bom relembrar que o mesmo partido que agora diz que "O casamento de homossexuais não está na agenda política nem do Governo nem do PS." organizou no dia 16 de Julho esta Conferência favorável ao Casamento Cívil entre Pessoas do Mesmo Sexo, com o sugestivo slogan "Nada mais que a igualdade".

Ainda que se tenha reservas quanto ao casamento enquanto instituição, parece-me de todo inquestionável a importância desta mobilização de 5ªf.

A organização explica deste modo no que consiste a Flash Mob e o que os participantes deverão fazer:

"O que é uma flash mob? São multidões de pessoas, num sítio público, que realizam uma acção previamente combinada e que devem dispersar por completo após a realização do proposto.

Que devo fazer? Deves levar uma folha em branco e uma caneta. Às 19h30, deves escrever na folha em branco "Acesso ao Casamento Cívil", e de seguida erguer a folha para que todas e todos a possam ler. Ao fim de um minuto, deves dispersar, como se nada tivesse acontecido.


E procura ser pontual. Está lá um pouco antes para que a flash mob tenha o impacto pretendido.

Poderás também divulgar via sms.

1ª Flash Mob pelo acesso ao casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, quinta, dia 2, em frente à Brasileira, às 19h30. Leva folha branca e caneta para escreveres "Acesso ao Casamento Civil". Deves dispersar no minuto seguinte!

e...

2ª Flash Mob pelo acesso ao casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, quarta, dia 8, na praça do Rossio, às 19h30.

Leva folha branca e caneta para escreveres "Acesso ao Casamento Civil". Deves dispersar no minuto seguinte!

Divulga!"

Condessa X

Mais informações aqui.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

12 lésbicas - o blind date

As 12 lésbicas fizeram um perfil no gaydargirls e parece que amanhã vão conhecer uma amiguinha nova. Elas disseram-me: “Fiz um perfil no gaydargirls. Tenho trocado mensagens com algumas raparigas e amanhã vou ter um blind date".
Então eu coloquei-lhes três questões: "1. Como parece ser ela? 2. Onde vai ser o encontro? 3. Apenas uma soft drink, sexo, ou relacionamento?"

E elas responderam:


Vítima – Parece ser uma rapariga frágil e muito doce, escreve muitas palavras carinhosas e tem um ar fofinho. Combinámos à porta dos Armazéns do Chiado. Se tudo correr bem, talvez possamos apostar numa relação.


Machona – Acho que ela precisa de alguém que a proteja do mundo. Pelas fotos parece tímida e insegura, mas tem um corpinho bem bom. Eu sugeri ir buscá-la a casa, mas ela disse que preferia que nos encontrássemos num centro comercial. O ideal seria uma relação, mas se não der, ao menos que me valha uma noite de sexo.


Tímida – Parece muito simpática e afável. Falámos imenso sobre cinema e descobrimos que temos gostos em comum. O encontro vai ser num barzinho pacato que fica a meio caminho de nossas casas, somos praticamente vizinhas. Acho que vai ser só mesmo uma bebidinha porque eu só procuro amizade. Mas vou provocá-la e esperar que seja ela a tomar a iniciativa.


Sonsa – Penso que ela é bem-disposta e espontânea. Pelas fotos parece engraçadinha. Já lhe dava uns beijinhos, mas palpita-me que vai ser mais uma que vai andar a massacrar-me com mensagens. Vamos encontrar-nos num bar de jazz que ambas conhecemos. Não sei muito bem ainda, talvez possamos curtir, mas não quero parecer muito interessada, pelo sim, pelo não vou usar aquelas cuecas novas de fio dental com aquelas meias de ligas super sexy.


Brincalhona – Vejo-a como uma pessoa um pouco deprimida e que precisa de alguém para a animar e ajudá-la a passar esta fase difícil que é o fim de um relacionamento longo. Achei-a divertida por causa das montagens e dos desenhos que tinha nas imagens do perfil. Sugeri que ela me procurasse em cima de uma das árvores da Avenida da Liberdade, mas ela achou que era melhor ideia tomarmos café numa esplanada. Ah, sexo não seria nada mal pensado.


Simpática – Achei-a um bocado depressiva, mas como gostamos do mesmo tipo de música resolvi dar o benefício da dúvida. Além disso é gira à brava. Como quis ser simpática deixei ao critério dela a escolha do sítio e ela disse que podia ser na Fnac, acham normal? Apetece-me só sexo, mas se lho disser directamente acho que ela vai afastar-se por isso vou fingir que quero investir numa relação.


Desportista – Fiquei com a sensação que ela é o tipo de rapariga que também gosta de desportistas. Quando me disse que andava de patins, fazia bodyboard e não frequentava ginásios fiquei aterrorizada com a perspectiva de ela vir a descobrir que eu passo metade da minha vida enfiada no ginásio. Não lhe vou contar isso, obviamente. Sugeri que nos encontrássemos na Sport Zone, a pretexto de comprar uma nova prancha de surf. Vou impressioná-la porque vou levar a mais cara que houver. O ideal para mim neste momento seria só uns beijinhos porque estou com o período.


Intelectual – Ela parece-me uma pessoa muito interessante. Também gosta muito de literatura, mostrei-lhe o meu blog e estive a ver também o dela. Não escreve tão bem como eu, mas ainda assim parece ser muito inteligente e culta. Vamos encontrar-nos na Gulbenkian para tomarmos um café e depois vermos a nova exposição. O ideal será uma boa conversa, quem sabe mais adiante possamos ter uma relação.


Obsessiva – Ah, ela é fixe. Trocámos logo o msn e os telefones e temos falado todos os dias, é quase como se já fôssemos namoradas. Estou ansiosa pelo nosso encontro. Fiquei de ir buscá-la a casa, assim aproveito logo para saber onde mora. Quero uma relação porque estou farta de estar sozinha. Ao menos quando estamos numa relação temos sexo garantido.


Artística – Ela gostou muito das minhas fotos artísticas e dos meus poemas. Elogia muito a minha capacidade artística e isso agrada-me bastante. Combinámos encontrar-nos no Chapitô porque eu moro perto do Castelo e ainda queria mostrar-lhe uns desenhos que fiz e que tenho cá em casa. Logicamente, o ideal seria uma relação, mas se não der, o sexo é bem vindo com certeza.

Púdica – Acham que eu tenho perfil no gaydar? Pronto, ok eu admito que fiz um perfil, mas foi só há coisa de duas semanas e foi só por brincadeira para ver como era. Nem sequer tenho fotos. Não é que me considere feia ou desinteressante fisicamente mas não gosto de me expor e não quero que as pessoas saibam que eu fiz um perfil num site de engates porque eu gosto de conhecer as pessoas normalmente. Como ela também não tinha fotos no perfil achei que também teria interesse em manter-se no anonimato e marcámos um encontro numa esplanada, na Baixa. Eu mato a cabra se ela divulgar a minha identidade. O ideal para mim é só uma bebidinha mesmo. Não sou de me envolver com desconhecidos. E sim, é verdade vou levar a minha lingerie nova, mas é só para me sentir confortável porque como já disse não me envolvo com desconhecidos.


Diva - Eu não vou ter nenhum blind date amanhã. Eu vou encontrar-me com ela daqui a meia hora porque eu não deixo para amanhã o que me apetece fazer hoje. Pareceu-me uma pessoa confiante, bem disposta e com um humor aguçado. A avaliar pelas fotos tem um ar sensual, espero que as fotos sejam mesmo dela. Vamos encontrar-nos num bar marroquino onde fazem dança do ventre e se tudo correr bem, depois disso, iremos directas para minha casa. Não planeio nenhum relacionamento sem primeiro saber como funciona a pessoa na cama e até mesmo fora dela. O ideal neste momento será, sem dúvida, uma tórrida noite de sexo. Depois disso o que vier é lucro, mais sexo, amizade, relação… whatever.


x-pressiongirl

P.S. - A continuação da história já está escrita. Alguém tem um palpite sobre quem vai encontrar-se com quem? Escrevam bikinis! Alguém quer trazer desenhos alusivos ao blind date? sembikini@gmail.com
Se ainda não estiver familiarizad@ com as 12 amigas, pode visitá-las aqui na casa partida.

domingo, 28 de setembro de 2008

Nova enquete - Vais à Lesboa Party?

São cerca de 2 anos de Lesboa Party. Sejamos franc@s, por mais que a organização frise que esta é uma festa inclusiva, sabe-se que há um determinado público a quem ela maioritariamente se dirige. Tem todos os méritos, uma festa que perdura após 2 anos entre críticas e louvoures. Não há em Portugal nenhuma festa concorrente e as exigências do público são cada vez maiores.
Entre as mais desiludidas e as mais entusiastas há sempre quem volte e desta vez muitos motivos há para voltar ou descobrir a Lesboa. Além da boa música, as performances made in Stress surgem de brinde.
As 12 amigas vão estar lá e como nenhuma delas vem com manual de instruções, temos sempre a vantagem de poder instruí-las. ;-)
É bbom relembrar que a festa irá ocorrer na Sexta-feira, dia 3 e não no Sábado como já ouvi dizer.
Vais à Lesboa?

Condessa X

Resultados enquete - vais ao queer festival?

A maiorir a d@s votantes nunca foi ao queer lisboa. O sembikini dá o devido desconto porque sabe que nem toda a gente tem facilidade de se deslocar a Lisboa nesta altura.



As sessões estiveram bem animadas e, segundo a organização, este ano o festival rondou os 16500 espectadores.
Informações sobre os filmes vencedores aqui.
Em breve um bikini mais composto sobre a 12ª edição do queer lisboa.
Gostaram dos filmes que viram?

Condessa X

P.S. - Afinal a x-pression tem razão. É muito cortês bater-se palmas no fim de cada filme que se tenha gostado de ver.

sábado, 27 de setembro de 2008

Lesboa - não STRESSem


(Imagem descaradamente surripiada do blog Lesboa)

Já compraram o bilhete para a Lesboa? Se já havia bons motivos para comprá-lo agora temos mais um: STRESS!
Além das DJ's vamos ter uma performance ao vivo. STRESS tem corrido vários países e animado os serões da party people mais afortunada. Côr, boa música, efeitos especiais e boa disposição para essas cabeças. Mais informações sobre STRESS aqui.






Comprar o bilhete de avanço dá direito a mini-desconto e evita surpresas de última hora como serem enviadas para casa devido a lotação esgotada.
Gostaria de sugerir que houvesse uma outra fila para bilhetes pré-comprados.
É já para a semana! Divirtam-se, caríssimas! \_/*\_/ Cheers!

x-pressiongirl

P.S. - Pessoal Lesboa, não é boa ideia terem uma backgroud music no vosso site. Além de começar a tocar automaticamente não dá para desligar, ou será que dá e eu ando mesmo distraída e não encontro o botão de stop. Dificulta a visualização do vídeo e a audição das músicas.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Fac(h)adas - por Tattts

Há conversas produtivas que resultam sempre em mais conversas produtivas. É por isso que agente nunca mais se cala e Tattts mostra que além de desenhista tem outros dotes.
Todo o texto que se segue é da sua responsabilidade.

No outro dia em conversa com a x-pressiongirl acerca dos vários tipos de lésbicas, começámos a divagar se não faltariam alguns outros estereótipos por expor, como o caso da lésbica parola que se diverte em por fotos que não são suas em sites de encontros, ou então aquelas lésbicas autenticas machonas (e não só) que aparecem com amigas do nada, que ninguém conhece e insistem em não assumir a sua homossexualidade até aos próprios amigos, pensando que enganam todos com a nova “amiguinha”, e foi neste deambular de conversa que surge outro tipo de lésbica, a lésbica heterossexual, aquela que cria um casamento de fachada, e por sugestão da x-pressiongirl, aceitei escrever um post acerca disso, até porque tenho conhecimentos de varias situações assim e vejo o transtorno que isso causa a curto e a longo prazo.
Na minha opinião, pessoas homossexuais que mantêm casamentos heterossexuais deviam ser todas levadas a uma salinha escura e serem esbofeteadas até acordarem para a realidade. Se estivéssemos a falar de há cinquenta anos atrás ou até mesmo há trinta anos, faria um esforço para tentar compreender e até mesmo tentar aceitar o porquê de uma pessoa que gosta de mulheres casar-se com um homem, pois back in the day a sociedade impunha-nos ainda muita mais pressão do que nos dias de hoje. Mesmo a vários níveis, a mulher casava no início da casa dos vinte e impensável um homem com um quarto de século não estar a trabalhar para sustentar uma casa com filhos; muito menos aceitável então era uma mulher pegar nas coisinhas e ir viver feliz com outra mulher sem perder a honra e ser rejeitada tanto pela sociedade como pela sua família, então para se evitar o sofrimento de tanta gente, havia malta que preferia sacrificar a própria felicidade… mas isto há 50 anos atrás, minha gente!!!
A pressão ainda hoje existe, mas não se pode comparar, e cada um tem que se impor por aquilo em que acredita, e pessoas homossexuais que insistem em viver dormentes para não fazer os outros desconfortáveis é do mais hipócrita, egoísta e horrível que alguém pode fazer. Valerá mesmo a pena sacrificar a nossa felicidade e a nossa sexualidade só para não magoar o papá ou a mamã que imaginaram a menina vestida de branco pronta a ser entregue a um homem que a mereça? Os pais projectam sempre nos filhos coisas que de eles se possam orgulhar; vai ser médica, ou advogada! Vai casar-se e encher-me a casa de netos! Então e se quiser ser artista? Se quiser enveredar por uma vida que não aquela que os pais ou mesmo a sociedade pensou para ela? Em nada difere o facto de se ser gay, não vai encher a casinha da avó com crianças, mas não é por isso que não possa deixar de ser uma pessoa excelente. Vale mesmo a pena
viver uma vida dupla, em que o dia-a-dia é feito de mentiras? Esse tipo de pessoas nem tem a noção no mal que estão a fazer à sua cara-metade, que sem saber vive na ilusão dum casamento normal. Mas acho que já é um ponto bem assente que, tudo o se faz mais cedo ou mais tarde vem-se a saber, e sim, a cara metade vai com certeza descobrir! E aí minhas caras podem sentir-se orgulhosas por arrasarem com outro ser humano!
Acham que isto justifica a capa que alguns ainda hoje insistem em pôr? Não tiveram a coragem para serem livres e tomar “o touro pelos cornos”, então preferem sacrificar outra pessoa para manter a fachada que os liberta dos problemas, um verdadeiro escudo humano!!! Daí eu sentir até uma certa repulsa por pessoas que preferiram enveredar por esse “way of life”. Já para não falar na vida sexual! Como é que uma mulher que quer é outras mulheres, quer a sensualidade e o toque de outra mulher, consegue ser penetrada por um homem?! Como é que uma mulher que gosta dos contornos dum corpo feminino se sujeita à rudeza dum corpo masculino?
Um exemplo que me chocou recentemente:
No outro dia em conversa com um amigo, soube que o X namorava há uma serie de anos com o Y, casado e com dois filhos (UAU), e para melhorar a coisa X até conhece a esposa do Y!!! Há coisas fantásticas não há? A esposa acredita que os dois são bons amigos, ela até gosta do X e ele frequenta a casa e conhece os putos… Digam-me como é que ela se sentirá quando descobrir que o amigo X afinal até anda a comer no mesmo sítio que ela (se é que ainda coma alguma coisa de jeito) e que até trata o seu marido por namorado há não sei quantos anos? Digam-me como é que essa mulher se vai sentir com ela própria e com a vida? Uma mentira! Viveu uma ilusão, uma farsa! Tudo em prol duma fachada para poupar gente? Tudo em prol de gente sem colhões, sem capacidade para enfrentarem o mundo para serem felizes?! Já para não falar do X, esse então devia ser morto a tiro por ser tão fraco de personalidade e com tão pouca ética para se deixar enrolar com um homem casado e pai de filhos, como se não houvesse por ai gays suficientes dispostos a abrir a pernoca. Alem do mais, nunca chega a ter uma relação decente… pois a noite não lhes pertence, a constante presença/ausência, como tantas outras coisas que fazem parte e são necessárias ao desenvolvimento saudável numa relação.
Por isso minhas caras sejam íntegras a vocês mesmas; tenham o arcaboiço para serem felizes! Não magoem deliberadamente o próximo, pois não há nada pior que males do coração e vidas de faz de conta.
Para aquel@s que quiserem ver um outro ponto de vista, também interessante, sobre este tema, fica aqui o link.

Um bem-haja,
Cheers!

Festas queer


Aquela porta laranja vai voltar a abrir-se e vai engolir todinh@s vocês para uma noite de farra que deixará peso na consciência de quem tiver de trabalhar na manhã do dia seguinte. Abram-se as devidas exce(p)ções porque o queer festival está a chegar ao fim.
Hoje a festa no Purex começa imediatamente a seguir ao filme da meia-noite. Dizem as boas línguas que conservar o bilhete de cinema dá direito a uma bebida grátis (e não, acho que não é água por causa daquelas bactérias que andavam a transformar pessoas normais em gays).
No Sábado, a festa acaba na casa Maria Lisboa. Estranhamente, não há nenhuma festa com o carimbo queer festival na sexta-feira. Para onde irão tod@s? Quem acertar ganha um bikini autografado pela Condessa (se não tiverem bikinis ela autografa noutro lado qualquer).
Ainda há muitos bons filmes para ver até às últimas horas de Sábado por isso eu nem devia estar aqui a escrever posts. Apenas o link com a programação.

Auf wiedersehen! ;-)

P.S. - Querida Condessa, que ideia foi aquela de oferecer um bilhete para a sessão de encerramento do queer festival? É bom que já o tenha comprado porque ouvi dizer que a lotação está esgotada, my darling. E agora, como é que vai descalçar esta botinha? ;-)

x-pressiongirl


12 lésbicas - por Pretty cool huh

Reconhecem estas meninas?
Tentem descobrir quem é quem. Está a valer 1 bilhete para a sessão de encerramento do queer festival. TODAS elas vão estar por lá também juntamente com muita gente que figura na pink list sembikini! ;-)
x-pressiongirl só fica autorizada a arrumá-las na prateleira do post de inauguração das 12 lésbicas assim que alguém acertar nelas.
Entretanto, Pretty cool huh teve a gentileza de nos brindar com uma mini-entrevista e dá algumas pistas sobre as 12 fabulosas. É importante referir que elas já vão em 13 porque há uma sonsa que veio de brinde para um dos episódios.

Pretty cool huh começa por dizer que procurou mostrar raparigas de etnias e estilos muito diversos. Revela que "O mais difícil foi fazer com que elas transparecessem a personalidade que lhes havia sido dada" através dos textos. "Tive que refazer umas tantas porque não tinham nada em concreto que as relacionasse com a personalidade que deviam ter. O que foi mais difícil acabou por se revelar o mais fixe ao mesmo tempo porque eu sempre gostei de dar uma historia aos meus desenhos, personalidade às minhas personagens."
Mas Pretty cool huh, que já está habituado a ilustrar ideias de outras pessoas, afirma que quando desenha a partir da sua própria imaginação nem sempre tem uma história bem definida por detrás da personagem.
Para ele é sempre mais difícil desenhar sobre a "ideia de outra pessoa, porque há expectativas. Quando é para mim posso fazer ao meu ritmo e se me fartar, fartei-me e continuo quando quiser. Para os outros há, normalmente, prazos que podem ser mesmo formalmente postos ou então apenas pelo bom senso".
Apesar de não ter havido nenhuma lésbica que lhe tenha sido particularmente difícil de desenhar, Pretty cool huh lamenta não estar totalmente satisfeito com a brincalhona porque "não há nada que dê a entender que a gaja é realmente divertida e não ía por um nariz de palhaço".
Perante a pergunta sobre qual delas tinha recaído o maior gozo, Pretty cool huh afirma "Gosto de todas elas, difícil dizer... gostei da machona". Reconhece que "umas são mais credíveis que outras" e que não lhe teria dado o mesmo gozo desenhar 12 gays porque "as mulheres, por acaso, sempre foram mais giras para desenhar".
Pretty cool huh acha que as mulheres que desenhou existem por aí e por acaso textual são lésbicas estereotipadas "há muito estereótipo por aí, quer queiramos quer não".
Sobre o "fim" que poderiam dar às personagens Pretty cool huh acha que "umas deviam acabar com outras, outras deviam ficar sozinhas, outras sempre em busca, cada uma é diferente".

Quem quiser conhecer melhor alguns dos trabalhos de Pretty cool huh deve visitar imediatamente a sua galeria no deviantart.

Condessa X

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Púbico

Este é o primeiro jornal homoerótico. Surge do cabecilha da revista Korpus (1ª revista gay editada e produzida em Portugal) e promente pubicar mensalmente histórias eróticas (sobretudo homoeróticas) a partir de textos enviados pelos próprios leitores.



@s interessad@s deverão enviar os seus textos para jornal.pubico@gmail.com

Mais informações aqui.

Boas estórias!

Condessa X

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

12 lésbicas em acção - namorada aprecia bartender

As amigas estão apreensivas porque a namorada acaba de comentar a bartender:

“A minha namorada acaba de me dizer que acha lindíssima a rapariga do bar”

Vítima – Não tenho mesmo sorte nenhuma, eu. Já vi que me vai deixar por qualquer saloia que lhe dê trela.

Machona – A minha namorada não se atreveria a dizer-me uma coisa dessas!

Tímida – Não sei o que lhe dizer. Acho que nem merece resposta. Finjo que não ouvi.

Sonsa – Vou esforçar-me para que a gaja do bar repare mais em mim do que na minha namorada.

Brincalhona – Já curti com ela há uns tempos antes de te conhecer. É muito fraquinha de cama e andava sempre bêbeda, tadinha.

Simpática – Queres que eu vá lá dar-lhe o teu número de telefone?

Desportista – Olha bem para o corpo dela, é magra que nem um pau.

Intelectual – Não percebo o que vês tu no pessoal da noite, não têm conversa nenhuma.

Obsessiva – A minha namorada nunca expressa verbalmente essas coisas, mas eu sei para quem ela olha e leio-lhe os pensamentos. Eu vou dar cabo da gaja do bar se a apanhar a olhar para aqui.

Artística – Começo a sentir-me inspirada para escrever lamechices.

Púdica – A minha namorada sabe que uma brincadeira dessas pode custar-lhe a nossa relação. Não admito que olhe para outras da mesma forma que olha para mim.

Diva – Perfeito. Acho-a lindíssima também. Talvez fosse boa ideia começarmos a flirtar as duas com ela, quem sabe ela não alinhará num ménage.

x-pressiongirl

P.S. - Quem ainda não conhece bem as 12 amigas, pode encontrá-las aqui.

P.S. 2 - Ainda não tenho os desenhos das lésbicas todas. Acho que amanhã vou, finalmente, visitar o meu Pai e Santo e rezar um bocadinho.

domingo, 21 de setembro de 2008

Bikinis há muitos


Sembikini é que há poucos.
@s visitantes mais regulares já terão certamente notado que o pequeno sembikini tem nova "cara".



A ilustração surge das talentosas mãos de Tattts, que teve a gentileza de brindar este espaço com este delicioso presente.
E como não há ninguém melhor para falar sobre isso do que o próprio artista, Tattts concedeu-nos uma mini-entrevista.
Tattts queria "desenhar uma mulher que se liberta de algo", fazendo assim uma analogia à emancipação feminina. O soutien, visto pelas feministas mais radicais como um espartilho social é, neste contexto, substituído pelo bikini.
O bikini é um objecto feminino, sugere momentos de lazer e é simultaneamente uma peça moderna que enche revistas e passerelles.
A história do bikini em mini-flash-backs para quem nunca reparou no vídeo de inauguração do sembikini que ainda resiste por cima do "medidor de banhistas":

Ao mesmo tempo que nos protege do sol as zonas mais sensíveis, protege-nos também dos olhares indiscretos e mantem erectos até os seios mais flácidos. Porém, deixa-nos marcas inestéticas, impede que a água do mar nos acaricie livremente o corpo todo e faz-nos sentir aprisionadas. Já repararam que o delicioso Bond, James Bond anda sempre acompanhado de preciosas raparigas que, não raras vezes, surgem de bikini? Não é uma mera coincidência, pois não? ;-)
Há movimentos de mulheres que proclamam que seja permitido fazer topless em piscinas públicas (uma aproximação à liberdade masculina de não se ter de cobrir os seios em espaços em que podem andar só de tanga ou calção) como o Bara Bröst, já aqui escrevi sobre elas e já aqui no post de inauguração tinha explicado o porquê do nome sembikini.
Tattts não ilustra os olhos dela porque "os olhos dão logo alma aos desenhos". Mantida no anonimato através da ocultação do olhar ela pode personificar qualquer uma de nós. "Uma mulher anónima, uma qualquer, podes ser tu ou a tua vizinha ou a amiga da amiga". A boca sugere nojo, desprezo por uma peça que aprisiona o corpo e que lhe deixou marcas. Mesmo sem bikini ainda se nota a recente presença dele na pele.
Tattts parece não se importar muito com o tamanho, as dimensões dos seios são mais uma "trade mark" sua do que um gosto pessoal.
"Além do mais o destaque de se estar sem bikini só poderia estar focado nas mamas, coisa mais ou menos ainda aceite, senão tinha mesmo posto o quadril da senhora". Tattts tem razão, é só "mais ou menos" aceite. ;-) E ainda bem que há letras a cobrir o quadril da senhora porque as mentes mais perversas conseguem ver apenas pornografia onde somente existe arte e estética sensuais, ainda que apresentadas de forma mais ou menos explícita.
Tattts, que já figurava na pink list do sembikini vem juntar-se a Pretty-cool-huh na aventura dos desenhos pelo sembikini. Preparem-se para as suas ilustrações com a continuação do devaneio da x-pressiongirl com as 12 lésbicas... Ou serão 24? ;-)

Condessa X

P.S. - A visita às casas destes senhores é sempre um bom refresco visual. Para quem ainda não reparou na secção de "arte na praia" vale a pena o clique:

Pretty-cool-huh

Tattts


quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Nova enquete: Vais ao festival de cinema queer?

Surge em 1997, pela mão de vários dirigentes da ILGA - Portugal (International Lesbian and Gay Association) tais como Celso Júnior e Gonçalo Diniz (na altura presidente da ILGA) o 1º Festival de Cinema Gay e Lésbico de Lisboa. A ILGA - Portugal teria cerca de 2 anos de existência. É também por esta altura que surge o primeiro portal LGBT português, o imparável Portugalgay; o primeiro grupo lésbico Clube Safo; a associação Opus Gay; a primeira revista portuguesa dirigida particularmente ao público gay e lésbico, a Korpus e pouco depois o primeiro hotel LGBT Anjo Azul. O Festival de cinema surge, portanto, numa altura em que a comunidade LGBT, sobretudo a lisboeta, começava a espreitar para fora do armário.
De ano para ano cresceram os apoios, o número de filmes e o número de espectadores. Houve momentos altos e houve momentos mais expectantes. Refiro-me particularmente às dificuldades criadas por Santana Lopes, enquanto presidente da CML, que tentou asfixiar não só o Festival de Cinema Gay e Lésbico, cortando apoios financeiros e logísticos (até queria que se alterasse o nome para "Festival da Diversidade"), mas também a Marcha que o senhor não queria que se realizasse na Av. da Liberdade e o Arraial, que nesta altura começou a ser realizado no Parque do Calhau. Vale a pena recordar as palavras de Fabíola Cardoso (do meio adormecido Clube Safo) aquando do discurso de abertura do Arraial "Já nos mandaram para muitos sítios, este ano foi para o Calhau". A gargalhada foi geral, mas políticamente as associações atribuiram um significado ao facto de se ter transferido o arraial do centro (Praça do Município) para os arrabaldes (Parque do Calhau). Convenhamos que a parte boa de termos festa neste parque era o facto da festa durar até sermos beijados pelos raios de sol.
O Festival de cinema passou a ser denominado de Queer Lisboa e adoptou o patinho feio como mascote (alguém me explique o porquê, eu preferia a Branca de Neve). A organização do festival viria a apresentar-se pelas mãos da ACJI (Associação Cultural Janela Indiscreta), tornando-se independente da ILGA. Este festival deve ser o que mais salas de cinema correu, chegando a ter filmes distribuidos, em simultâneo, por 4 salas diferentes. O queer festival já se sentou no King, Cinemateca, Quarteto, Fórum Lisboa, mas agora parece ter conquistado lugar na primeira fila do belíssimo São Jorge.
O Goethe-Institut, O British Council, o Instituto Cervantes e o Instituto Franco-Português são alguns dos exemplos institucionais que têm figurado sempre entre os apoios. Onde pára o Instituto Camões?
Hoje o Festival chama cada vez mais cinéfilos de todo o país e tem ampla projecção internacional. Longa Vida ao Festival! \_/*\_/ Cheers!

x-pressiongirl


P.S. - Nota muito negativa para o preço dos bilhetes. Nos festivais de cinema é suposto assistir-se a muitos filmes e €3,5 por cada sessão é um convite descarado para eu usar a minha pistolinha da hello kitty. Cuidado com essas carteiras!

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Resultados da enquete: "O sexo tem de ser"

Chego à conclusão que para acabar com a raça d@s abstencionistas é necessário colocar uma enquete sobre sexo. Admita-se que um universo de 39 votantes é um marco na história do pequeno sembikini.
Na verdade havia 3 questões implícitas: o sexo deve ser, o que é que o sexo exprime e com quem se faz sexo.
A maior parte d@s votantes acha que o sexo deve ser: sensual (76%), intenso (74%), descomplexado (69%), orgásmico (61%), louco (58%), quente (58%), libertador (58%), e carinhoso (58%).
Como se encara o sexo: a x-pressão do desejo (53%), a x-pressão física das nossas fantasias (30%), a x-pressão física do amor (25%).
Com quem se faz sexo: com quem considere interessante (35%), apenas com a pessoa que amo (15%).

Divirtam-se com os resultados convertidos num gráfico de melhor leitura.



Se alguém gosta de sexo: silencioso (2%), baunilha (2%), espiritual (15%) ou estridente (15%) deverá ponderar melhor se quiser ter sucexo neste âmbito. É que certamente não encontrará muita gente com o mesmo gosto, pelo menos, entre @s visitantes do sembikini. ;-)

x-pressiongirl

Queer Festival - 2 trailers

O sembikini andou a consultar a programação do queer festival (ainda não encontrei as sinopses dos filmes) e deparou-se com esta pequena homenagem:



Era a brincar, a única homenagem aos bikinis far-se-á na curta-metragem "No bikini". Este filme de animação poderia ter passado no Queer Festival mas coube ao Indie Lisboa mostrar este animadíssimo bikini.

Destaque para dois filmes que vão dar que falar. O novo filme de Bruce LaBruce "Otto; or, Up with Dead People"



E uma viagem à guerra colonial no mais recente filme de Joaquim Leitão, "20,13 Purgatório"



Condessa X



P.S. - Está anunciada uma festa no Foyer do cinema São Jorge, na Sexta 19, às 23:30 logo após a sessão de abertura. Haverá também uma festa de abertura do queer festival na discoteca Maria Lisboa à meia-noite. Das duas uma, ou a festa no São Jorge dura apenas meia-hora ou teremos duas festas à escolha. É belíssimo o terraço do São Jorge, não é? ;-) Cheers!

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

O flirt - 12 lésbicas em acção

As amigas estão tristes porque o flirt não correu lá muito bem. Elas explicaram-me o que aconteceu:

"Os nossos olhares cruzaram-se várias vezes, intercalados por sorrisos abertos. A rapariga estava a flirtar comigo e decidi avançar. Começámos a falar e quando lhe perguntei se ela costumava vir a esta discoteca ela disse que sim, que vem sempre com a namorada. Então flirta comigo daquela forma e depois diz-me que tem namorada??? Interpretei isto como? Como um corte radical, talvez. O assunto morreu ali mas eu fiquei a matutar na cena.”

Vítima – As pessoas estão sempre a iludir-me. As lésbicas adoram enganar-se umas às outras.

Machona – Gostava de ver as trombas da tua namorada. Não deve ser lá muito certa de deixar uma rapariga sozinha enquanto vai buscar as bebidas.

Tímida – Eu não cheguei a ir ter com ela. Saí da discoteca um pouco arrependida por não lhe ter falado, mas acho que ela é que devia ter tomado a iniciativa de vir falar comigo. (Pois é, amiga, duas tímidas não vão a lado nenhum)

Sonsa – Olha a cabra a usar a minha técnica. Há-de pagá-las. (Adoro quando duas sonsas se encontram e provam o veneno uma da outra).

Brincalhona – Desculpe desiludi-la, mas eu confundi-a com outra pessoa. Agora que estou a vê-la melhor é que percebo que preciso mesmo de mudar as lentes.

Simpática – Permita-me dizer que a sua namorada tem imenso bom gosto.

Desportista – Eu sabia que devia ter vestido aquele top. Sim, aquele mesmo, o que me realça os músculos. (humm, não sei se era bem isso, se calhar devias era ter tomado aquele duchinho)

Intelectual – Fufa tonta. A fazer-me crer que estava interessada em conversar comigo.

Obsessiva – Oh, a sério, tens namorada? Mas olha, podemos trocar contactos e combinar café um dia destes sem ela saber!

Artística – Tonta. Se soubesses os poemas lindos que eu iria escrever-te arrependias-te agora.

Púdica – Eu não meto conversa com desconhecidos. Eu só procuro amizade e, além disso, os contactos que se fazem na noite e na Internet não são válidos. (púdica, não me diga que anda a conhecer lésbicas na mercearia...)

Diva – Eu interpretei a frase dela como um convite para um ménage, resta-me saber se a namorada é tão gira como ela. Apesar de não usar a fórmula “costumas vir a este sítio?” não sei o que me deu desta vez. Uma diva também se descontrola às vezes, hein?
Eu sei que há muitas raparigas que sentem prazer em dar cortes, possivelmente, porque têm uma auto-estima muito baixa. De facto, acho que a luz da discoteca não revela a minha beleza real e se é verdade que ela tem namorada e está a flirtar descaradamente com outras raparigas, das duas uma, ou têm uma relação muito liberal e querem um ménage ou então a rapariga é uma cabra e se realmente me deu um corte, ainda bem que o fez agora porque eu detesto as cabras que não mostram logo o que são. Se ela é capaz de enganar a namorada agora, seria capaz de me enganar a mim também se algum dia eu viesse a namorar com ela. As que teriam a coragem de enganar as namoradas para ficar connosco são SEMPRE cartas fora do baralho.

Quanto a vocês não sei... mas eu vou...
Vá, Bom fim-de-semana! ;-)

x-pressiongirl

P.S. - O quê? Ainda não conhece estas 12 amigas? Elas andam sempre por aqui.

P.S. 2 - O sembikini já tem 2 desenhistas oficiais. É bom saber que os desenhos estão a chegar porque eu já estava a ponderar ir visitar o meu "Pai de Santo" para ir rezar um bocadinho. A rapariga que surge desenhada é aquela com a qual as nossas amigas travaram conhecimento. As 12 lésbicas surgem das mãos habilidosas de pretty cool huh, que tem o mérito de imaginar as personagens através dos textos. O sembikini agradece o enorme empenho nesta brincadeira desvairada que já nos valeu tantos elogios como repreensões. É uma honra termos pretty cool huh a figurar na pink list activa do blog pois este é um nome a não perder de vista na cena BD. Vale a pena a visita ao seu deviant art!

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

As jeitosas

Hoje é dia 11 de Setembro e para assinalar a triste data também eu venho falar de atentados (se quiserem reflectir um bocado sobre o 11 de Setembro, cliquem nos links; se preferirem continuar a acreditar nas mentiras que a imprensa e os políticos controlados pelos donos do mundo nos vendem, ignorem os links e continuem a ler como se eu não tivesse dito nada) .
Penso que no Porto chamar-lhes-iam mais facilmente de mal-jeitosas. A x-pression tentou convencer-me a fazer um perfil mas assim que me deparei com a página principal, achei que sairia mais no lucro fazendo um perfil no gaydar dos rapazes.
Descobri que as raparigas contratadas para represntar as lésbicas na homepage do gaydargirls foram despedidas, por isso, de recordação, deixo aqui esta foto que roubei ao senhor nuba, que já havia reflectido sobre isto.



O gaydargirls colocou recentemente um anúncio para novas modelos a figurar nas imagens da página de entrada. Os requisitos eram muito difíceis de preencher pelas portuguesas que, regra geral, até têm algum gosto. Vale a pena dar um lucky look no anúncio que a administração do Gaydargirls colocou nos subúrbios londrinos e eu tomei a liberdade de traduzir:

"O gaydargirls procura raparigas jovens (preferencialmente virgens, mas, se não poder ser, ao menos que tenham boas mamas), com aspecto de quem leva porrada dos pais diariamente, com ar de que não toma banho regularmente e, mais importante de tudo, que não saiba sorrir.
Tens um ar desgraçadinho e infeliz, assim tipo Floribela?
Tens um corte de cabelo daqueles que não lembra a ninguém?
És gorda que nem uma lontra?
Tens um ar antipático?
Achas que perto de ti o Mike Tyson sentir-se-ia efeminado?
És a nossa rapariga! Vem tirar umas fotos e figurar na nossa homepage!"


Soube, junto de fonte fidedigna que o gaydargirls teve grande dificuldade em escolher as concorrentes, mas elas foram escolhidas a dedo (não sei qual deles, juro, se o indicador se o do meio).
Comparem as fotos do gaydargirls com as fotos do gaydarboys e chorem um bocadinho que é para aliviar os nervos.



Têm todas um ar desgraçadinho e infeliz q.b. Não há uma única foto em que alguma das pobres raparigas esteja com um ar mais feliz ou meio sorridente. É o tal drama de que vos falei. Até as administradoras do gaydargirls têm um pézinho a escorregar para o chinelo dramático. As miúdas têm todas um ar de quem acaba de sair da prisão e isso não é bom para uma rapariga que pondere fazer o seu registo e se depare com aquelas imagens. Vai deixar de ser lésbica nesse exacto momento, só de pensar que lá dentro vai encontrar raparigas iguais àquelas. Há quem jure que mesmo as raparigas portuguesas com as quais deus não foi tão generoso conseguem superar de longe qualquer uma das “modelos” gaydargirls (produto britânico da pior qualidade). Uma das minhas amigas descreveu melhor ainda este fenómeno: “Bem brega!”. :-)
Tenho um precioso informante que andou a partilhar umas coisinhas bem interessantes sobre o gaydar dos rapazes por isso um destes dias venho trazer informações sobre o que andei a descobrir no G World.

Trureloo,

Condessa X

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Bed Death

A comunicação dos corpos extinguiu-se porque já não há aquele apetite inicial? Tornaram-se mais amigas do que amantes? A vossa cama morreu, amigas? Em linguagem lésbica diz-se que estão a passar por uma Lesbian Bed Death, que em português soará mais ou menos como "morte de cama".



Vivemos tempos de comida e de dinheiro de plástico, por isso como acham que a sociedade de consumo nos educa a ver as pessoas? Exactamente. Nos tempos que correm, quando alguma coisa se avaria é, ridiculamente, mais fácil comprar-se a coisa nova do que mandar arranjar o objecto antigo. Da mesma forma, procurar uma nova pessoa que nos proporcione todas as emoções da loucura inicial parece mais simples mas já alguém aqui explicou, e muito bem, que isso é uma faca de dois (le)gumes. Aparentemente é mais fácil projectar um novo romance baseado no prazer da nova descoberta do que REdescobrir e REinventar uma RElação que parece não poder evoluir mais. A palavra relação significa precisamente a renovação de laços. E não, a experiência nem sempre é proporcional à maturidade, basta observarmos o escandaloso número de pessoas que têm tanto de experientes como de imaturas.
Passemos de nível neste próximo parágrafo, reciclado a partir de um post antigo que deixei na rede ex-aequo:
Creio que a Bed Death ocorre mais facilmente em casais cuja relação seja longa, por estes motivos que apresento e cujas propostas de REsolução descrevo de seguida:

Envelhecimento e consequente falta de identificação com o outro ou, até, com nós mesmos;

- Cultivar o nosso próprio bem-estar físico e emocional. Não deixar que o nosso físico atrapalhe a nossa performance enquanto amantes dedicadas (por exemplo, uma grande barriga dificulta manobras que se querem ágeis). Sem grandes exageros (é abominavel o tempo que as pessoas passam em ginásios em busca de um corpo perfeito), é importante termos ao nosso lado uma pessoa que se preocupa em ter uma imagem cuidada, não propriamente para mostrar aos outros mas, sobretudo, para se sentir bem consigo mesma.
Tentar conciliar horários entre ambas e fazer caminhada, andar de bicicleta (em Lisboa não é lá muito fácil, mas estes senhores e estes mostram que é possível), nadar e, claro, ter sexo a montes ajuda a queimar calorias e simultaneamente a promover a máxima "mens sana in corpore sano".
Para as pessoas que tenham dificuldades motoras, jogar xadrez, monopoly, ou brincar às barbies (não há melhor exercício criativo a duas). Não queima tantas calorias mas é divertido se passarem à prática as histórias que forem inventando com as bonecas. Imaginem-se a treinar com duas barbies aquilo que vão fazer a seguir uma com a outra. Nice, hein? ;-)

Falta de diálogo franco na relação;

- saber equilibrar as faltas de acordo com democracia e racionalidade, ora cedendo ora fazendo prevalecer a nossa vontade. Pessoas demasiado autoritárias ou demasiado permissivas tornam-se desagradáveis.

- ocultar coisas que se sente e acomular pequenas queixinhas só ajuda a aumentar a desconfiança e a criar inseguranças muitas vezes desnecessárias. Aprender a falar com franqueza e de forma educada tudo o que pensa e, do mesmo modo, estar preparada para ouvir é meio caminho andado para preservar o bom entendimento.

Medo de desiludir ou de perder a companhia;

- promover uma relação plena de novidades (o que a cada dia que passa é mais dificil). Obviamente é mais fácil surpreender uma pessoa com quem estamos há seis meses do que uma que já nos conheça por mais de 5 anos. Mas se a surpresa foi agradável há 5 anos atrás, por que não repeti-la? Flores, bonbons, cartões de crédito (esta é só a brincar, não façam isso!), livros, cd's, pequenas ofertas que sugiram consideração pela pessoa costumam ajudar, mas isto não é nada se não for acompanhado com pequenas atitudes também!!!!
Um banhinho de espuma antes do jantar, uma sobremesa especial, uma ida ao teatro para uma peça que ela realmente desejasse ver, um filme especial, um pic-nic com amigos em comum. É fulcral que não se fechem em quatro paredes, mas que convivam com amigos comuns e privados (até porque são estes que te vão emprestar os ombros se alguma coisa correr mal depois), é importante que os elementos do casal possam dar espaço um ao outro para que se encontrem com amigos particulares sem que haja desconfianças. Todas essas pequenas atitudes, mesmo que já tenham sido tomadas são sempre bem vindas, não importa se já foram repetidas porque quando é delicioso desejamos sempre repetir.

Rotina;

- Só se consegue inovar quando temos a mente aberta. Não creio que haja nenhum truque particular para se fugir à rotina, ela existe sempre, temos é de saber encará-la não como rotina no mau sentido, mas como lucro. Quanto melhor conhecermos uma pessoa melhor saberemos como surpreendê-la e agradá-la agradando-nos ao mesmo tempo. Abrindo o baú mental, libertando-se de preconceitos, lendo, visitando sítios, falando com amigas... há-de encontrar SEMPRE boas novidades, por mais anos que viva.

- Massagens ajudam muito. Não tendo uma banheira de hidromassagem, poupam um dinheirinho para um fim de semana de pequenos caprichos num hotel. Compra um bom óleo de massagem (sobretudo quando não somos especialistas um bom óleo ajuda - especial atenção para os comestiveis, ou melhor, lembíveis), uns massajadores para o efeito, mas atenção que é preciso ter cuidado com as massagens intensivas quando não se sabe muito bem o que é que se está a fazer. Simples brincadeiras como pintura corporal - também com tinta comestivel - é sempre bom, há que lembrar que depois de sujar alguém vai ter de limpar, portanto mudem logo de lençois e tenham atenção às paredes! :-) E por que não experimentar fantasias sado-maso, brincar com chicotes, algemas e dildos?

- Regra de ouro: Não se desleixar em NADA. Ser sempre bonitinha e sorridente, doce como nos primeiros tempos, ser gentil como quando andava a tentar cativar a sua atenção, tudo como no início. Não descurar a depilação ou a apresentação física só por achar que já não tem de impressioná-la. Tem. Sempre. Nada mais desagradável do que sentirmos que a pessoa já não se esforça para nos agradar como no início. Se isto acontece contigo, amiga, oferece-lhe um belo par de patins porque o par de cornos está completamente fora de moda!!!

Stress, cansaço, falta de motivação, problemas profissionais ou familiares;

- Nada de ir a correr para o professor Mustafah porque vai acomular mais dois problemas: o financeiro e o de debilitada saúde mental.

- quando a motivação ou a estima de uma pessoa está em baixo há que reunir todos os soldadinhos e combater arduamente contra esses inimigos perigosos. O diálogo, na tentativa de perceber o problema, é bom porque ajuda à reflexão conjunta e, como se sabe, o problema de um dos elementos significa, na verdade, um problema do casal. Além disso, os especialistas dizem que o sexo é o melhor anti-stress.

Desejo físico ou emocional por outra pessoa;

- as pessoas não escolhem por quem se sentem apaixonar mas escolhem a forma de lidar com isso e escolhem as atitudes que tomam perante essa situação porque são seres dotados de racionalidade. Não há formas simpáticas de se assumir isto à outra pessoa, mas há formas HONESTAS de fazê-lo. A ditadura da monogamia diz-nos que para nos autorizarmos a estar com uma pessoa temos de nos desapaixonar imediatamente da outra. A maior parte de nós sabe, ainda que não goste de admitir, que os nossos nobres corações podem, em determinados momentos, sentir-se divididos porque os sentimentos não são automáticos nem fáceis de catalogar. Erro sobre erro até descobrirmos que afinal não há uma única pessoa perfeita e que, sendo todas imperfeitas, temos a capacidade de aperfeiçoá-las com o nosso olhar que nelas projecta beleza. Se acredita que só há um único amor verdadeiro compreenda o ridículo da teoria: Se Romeu vivesse no outro canto da terra e nem soubesse da existência de uma Julieta, não teriam cada um deles se autorizado a amar mais ninguém?


- se o desejo físico ou emocional recai sobre outra pessoa é importante que haja abertura suficiente para contar isso ao cônjuge/companheira/amiga/amante/namorada, o que quiserem. Naturalmente, se o cônjuge for demasiado ciumento ou inseguro não vai tolerar bem a partilha dessa informação, daí que as pessoas prefiram não dizer nada e fazer as coisas pela calada. Nada melhor do que estar disposto a ouvir tudo, tanto as coisas boas como as más, pelo menos se algo correr mal somos os primeiros a saber! E nada melhor do que estar disposto a contar tudo, mesmo sabendo que essa informação pode ferir a pessoa é melhor dá-la, pois pior mesmo é a pessoa sentir-se enganada depois de feita a asneira!
Caso o cônjuge tenha inteligência suficiente para ouvir tal desabafo sem desatar aos gritos, ameaças ou chantagens psicológicas, há que tentar perceber qual o problema (se é que existe) que só depois de identificado poderá ser resolvido. Se o problema está em si mesmo ou no outro, se a atracção é meramente sexual, se esse factor é por si só suficiente para colocar a relação em causa, entre outros. Há que tentar agir sempre com a máxima diplomacia.

Considerar que já sabe tudo sobre sexo e não há qualquer novidade;

- se uma pessoa acha que já sabe tudo sobre sexo e que isso já não consiste numa grande novidade, então tem um grande problema: ou foi gulosa demais ou tem falta de criatividade. Para isto, creio não haver cura! Há um ditado marroquino que diz qualquer coisa como: "Se o teu mais que tudo é mel, não o lambas todo!" Isto é, guarda uma novidade para amanhã, a gula é um dos pecados capitais.

Discussões constantes ou falta de acordo em questões vitais para a relação;

- a falta de acordo entre o casal pode dar origem a essa Bed Death, como disse anteriormente, às vezes é preciso saber ceder em algumas coisas para se conseguirem outras. As discussões podem ter origem nas mais diversas áreas, daí que o diálogo diplomático seja essencial. Se considerarmos que a pessoa nos desagradou de alguma forma ou às vezes tem atitudes de que não gostamos, nada melhor do que alertá-la logo no início da relação e não deixar isso arrastar-se ao longo dos tempos. Se a pessoa deixa a roupa espalhada pela casa, gasta imenso ao telefone, não é asseada, vasculha as nossas coisas (se faz isto é porque não tem confiança no outro e isto gera instabilidade), ou nunca cozinha para nós é lógico que isso torna a relação frágil, daí a importância de respeitar a convivência e esforçar-se ao máximo para assegurar o bom entendimento. O desrespeito pelo outro é motivo suficiente para que as pessoas não procurem a outra sexualmente e isso deve ser combatido. Portanto um bom banhinho, uma casa arrumada, o respeito pelo espaço do outro, uma atençãozinha especial, são vitais para manter o sexo em ordem.

Para que tudo isto resulte há sempre dois factores exteriores a nós que são deveras importantes: dinheiro (sem isso não podes levá-la a jantar, por exemplo), e tempo, uma pessoa com dois empregos terá problemas em conseguir dedicar-se como gostaria à relação.

Aqui de presente, especialmente para as visitantes góticas, uma belíssima música com um vídeo deveras polémico do grupo Lesbian Bed Death



Desejos de uma óptima Living Bed

x-pressiongirl ;-)

P.S. - Gostaria de sugerir duas visitas:
1. Sobre a durabilidade dos relacionamentos e a sua explicação fisiológica, o blogue Azinhaga da Cidade. A este propósito um delicioso ensaio de Denis Rougemont que, noutro momento, gostaria de divulgar: "O amor e o Ocidente" sobre a forma como encaramos as relações no Ocidente, Tristão e Isolda, Romeu e Julieta, D. Pedro e Inês de Castro, todos parecem amores perfeitos porque morreram antes de se fartarem uns dos outros. Para tornar a coisa mais bonita ainda, tendem a morrer ao mesmo tempo. :-)
2. Sobre a decadência do "amor romântico", o blogue Cuscas das Gajas.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Dias de cinema

Hoje às 23h, a festa começa no Bairro Alto, na rua da Atalaia nº97. O bar Chueca irá receber a apresentação oficial da 12ª edição do festival de cinema queer de Lisboa (outrora denominado Festival de cinema gay e lésbico de Lisboa).
Agendas à mão: o festival decorre de 19 a 27 de Setembro.
A organização apela à participação de voluntários para o evento por isso, se vos parecer bem, este e-mail ser-vos-á útil: queerlisboa@gmail.com .
Haverá três secções competitivas: Prémios de Longa-Metragem (melhor filme, melhor actor e melhor actriz), Documentário e Curta-Metragem (prémio do público). Roam-se de inveja se se esqueceram de submeter os vossos filmes. O sembikini já tinha avisado para o fazerem atempadamente.
Haverá debates e festas imperdíveis. As festas irão decorrer em espaços tão diversos como o Chueca Bar, discoteca Maria Lisboa, Teatro Ibérico, Max Bar e Purex.
É pena o Grémio Lisbonense não estar mais no roteiro das festas do queer festival. A festa de encerramento do ano passado teve muito boa música.
Como sabem o edifício do Grémio é cobiçado pelos vampiros das imobiliárias e quem ousa contestar é premiado com estes famosos quebra-cabeças policiais.


Toda a informação sobre o festival aqui.

Condessa X

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Nova enquete: O sexo tem de ser...


Somos das primeiras gerações de mulheres portuguesas que falam de sexo descomplexadamente (bem, nem todas) e que se autorizam a desfrutar do seu prazer, também, de forma descomplexada, seja com alguém do mesmo sexo ou de sexo diferente.




Sei que muitas vezes a nossa forma de encarar o sexo varia com a idade, com o tipo de pessoas com que nos cruzamos e com o tipo de coisas que procuramos em determinado momento.


É com tristeza que observo em grande parte dos casais que conheço uma certa "morte de cama", em linguagem lésbica "Lesbian Bedroom Death", à medida que a relação se estende no tempo. Desleixo? Saturação? Falta de novidade? Cansaço? Rotina? Incapacidade de renovar a loucura inicial?


Deixarei a reflexão sobre Bedroom Death para um post mais cuidado. O que pretendo avaliar com esta nova enquete é a forma de encarar o sexo e que sensações consideram imprescindíveis na comunicação dos corpos.
Obviamente, esta votação é de escolha múltipla!

Besitos,

x-pressiongirl


P.S. - Gostaram das imagens não gostaram? Os desenhos são de Victoria Chernova. Vale a pena a visita à sua galeria virtual! ;-)

Resultados da enquete "Ejaculação feminina"

Parece que há mais meninas prendadas do que eu imaginava. Talvez sejam as visitantes do sembikini... eu não disse que rezava por vocês?

Duas raparigas disseram que tinham e não gostavam e uma que nem gostaria de ter. Penso que sei porquê. Se em muitas situações é divertido noutras pode ser constrangedor. Não me alongarei muito na minha exposição porque há uma estudiosa que escreverá melhor sobre isto. Seja breve, darling, que eu e as visitantes do sembikini tornamo-nos impacientes!






x-pressiongirl

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

5ªf, dia 4 - Noite L - Trumps

Para compensar a falta de espuma neste Verão, a discoteca Trumps decidiu redimir-se apostando numa Lesbian Party.



As portas abrem às 23:45, amanhã, quinta-feira, a todas as party girls. Não há dress code e não será cobrada entrada. Será oferecido pink champagne às miúdas que se atreverem a sair de casa directamente para esta sala exclusivamente reservada às girls. A música estará a cargo da DJ Pac Woman que já animou noites antigas no Trumps, e esteve recentemente no club Souk. No dia seguinte irá pôr música na festa Retro Futurism, no CC Imaviz, em Picoas. Os seus mixes são muito originais por isso vale a pena escutar os sets que ela disponibiliaza no "herspace".
Haverá também um espaço reservado aos boys.



Para eles haverá um dress code opcional: Drag.


Have fun!

x-pressiongirl

Namorada da amiga - 12 lésbicas em acção

As amigas voltaram com mais uma dúvida. Por enquanto ainda não se conhecem umas às outras porque ainda não descobriram que o mundo é pequeno. Vieram ter comigo e disseram-me:

“Acho a namorada da minha amiga um espanto. E não é que a gaja de vez em quando me dá umas dicas? Ontem enviou-me uma mensagem comprometedora e eu não sei muito bem o que responder.”

Vítima – Pois que venha ter comigo que eu preciso de muito mimo. A minha amiga um dia há-de perceber que as gajas são todas umas cabras, mas também não sou eu que lhe vou dar essa desilusão porque da minha boca não há-de saber nada.

Machona – Que venha a gaja! A minha amiga não sabe como controlar as gajas dela e não sou eu que lhe vou ensinar.

Tímida – Um bocado cabra, esta gaja. Nem sei se deva contar isto à minha amiga.

Sonsa – Vou dizer-lhe que também gosto muito dela, que sinto que estou a amá-la mas que tenho de reprimir o meu amor por respeito à minha amiga. As coisas quando têm um sabor proibido tornam-se mais apetecíveis ainda. Há-de ficar doidinha por mim!

Brincalhona – Tens 5 minutos para te pores aqui ou eu conto tudo à minha amiga! Já se passaram os 5 minutos. Acabas de perder a tua namorada.

Simpática – Tadinha, deve estar a passar uma fase difícil. Vou tentar ser amiga dela também.

Desportista – Eu sabia que os meus músculos iam impressioná-la. Yes!

Intelectual – A minha amiga não merece este monstro. Vou já contar-lhe sobre a bela peça que tem em casa, mas primeiro vou acabar de ler este capítulo.

Obsessiva – Sim, sim, podemos encontrar-nos. Vou passar aí agora na casa da minha amiga para te ir buscar, que eu sei que a estas horas ela está na Faculdade.

Artística – Vou encontrar-me com a gaja, mas vou filmar tudo sem ela saber. Depois ponho o vídeo no youtube para toda a gente saber a cabra que ela é.

Púdica – Eu sei que uma boa amiga não faz uma coisa destas, eu nunca o fiz, mas a minha amiga também já se portou mal comigo e merece uma lição, é por isso que estou de consciência tranquila.

Diva - Eu não tenho os números de telefone das namoradas das minhas amigas, a não ser que sejamos, de facto, muito próximas. Se for esse o caso incentivo a sujeitinha a contar à minha amiga o que se anda a passar pois se ela não o fizer serei eu a fazê-lo. Por muito que custe, as namoradas e as curtes das amigas são “cartas fora do baralho”, não se joga com elas. Há milhões de raparigas no mundo e poucas amigas verdadeiras.

x-pressiongirl

P.S. - Ainda não conhecem bem as amigas? Façam-lhes uma visita, elas moram aqui.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Da Literatura

Sempre como n’Areia é o nome do primeiro livro de Patrícia Cruz.

Confesso não ter lido este livro ainda. Gostaria apenas de divulgá-lo e de aproveitar a boleia para reflectir sobre a literatura e outras formas de expressão artística de temática lésbica.
Normalmente os livros de uma prateleira podem estar agrupados por temática, por género literário ou por autor. Isto nas livrarias porque já vi casas com prateleiras agrupando livros pela sua dimensão (assim em escadinha) ou pelas cores das lombadas.

Secção Gay & Lesbian na Fnac

É curioso notar que a Fnac do Chiado era a única Fnac em Portugal que tinha uma secção Gay & Lesbian. A Fnac do Chiado sabe que o “bichiedo” saltita muito por aquelas bandas, daí a inteligência de criar um espaço com essa designação. Esse espaço de vez em quando desaparece. Agora os livros que anteriormente se encontravam nessa secção Gay & Lesbian poderão ser encontados na secção Erótica. Porquê? Quando falamos de homossexualidade (poderiamos falar de homo-erotismo, seria apenas uma questão de nomenclatura) estamos a falar de sexualidade, e num sentido mais restrito, de sexo, tout court. E esse sexo pode ser apenas desejo sexual ou a materialização, em carne, desse mesmo desejo. Sexo e erotismo unidos levaram os livros a viajar para a prateleira Erótica. Não sei se será um erro, mas compreendo o raciocínio de quem tomou tal decisão. Na verdade ainda não há decisão definitiva sobre a designação para aqueles livros. Um livro pode ser de temática LGBT sem que seja propriamente erótico e há milhões de livros eróticos que não abordam a temática LGBT. Descobri que os funcionários da Fnac têm ordem para alternar entre uma etiqueta e a outra. A resposta foi simples: É, de facto, a única prateleira com esta particularidade porque os livros eróticos estão misturados com os de temática LGBT por serem ambos em escassa quantidade. Como não há espaço para se colocar duas plaquinhas informativas nessa prateleira, optaram por alterná-las de vez em quando.
Vejamos, é importante agrupar os livros por categorias, criar labels, para que as pessoas saibam melhor encontrar aquilo que procuram. Toda a nossa vida fazemos isso, etiquetamos lugares, ideias, e, verdade seja dita, pessoas. Nem sempre a catalogação é justa porque normalmente a catalogação pede apenas um critério que muitas vezes é difícil de definir, precisamente, porque há muitas categorias e sub-categorias.


A escassez


Foquemo-nos num livro de temática lésbica. Ele pode ser uma simples obra de ficção, um diário, um ensaio, uma compilação de contos, uma compilação de entrevistas, uma biografia, um kamasutra… Ainda é fácil arrumar estes livros nas prateleiras de uma Fnac qualquer porque a quantidade ainda permanece pouca.
É precisamente por este motivo que temos tendência para gostar de qualquer coisa que venha com o label “temática lésbica”. Se um filme relata a história de duas protagonistas lésbicas, ele é uma maravilha. Se um livro fala de lésbicas, então ele é muito bom. Falta-nos mais oferta para podermos filtrar aquilo que nos vai chegando, isto é, separar o trigo do joio. Sinto-me tentada a denunciar maus livros e maus filmes, mas terei o bom senso de não o fazer através da escrita porque a x-pression disse que as Divas não fazem essas coisas.
É, de facto, imprudente avaliar a temática, o autor, ou o género sem se avaliar a qualidade. Não há literatura lgbt da mesma forma que não há literatura negra, ou literatura light. Há apenas “Literatura” e “não literatura” independentemente da temática, do autor ou do género.
Nem tudo o que é lésbico é bom. Não temos de gostar de um bar só porque ele é “lésbico”, de um livro, de um filme, do L Word, de uma cantora, de uma actriz ou de uma rapariga só por ela ser lésbica. E é sempre este o meu receio quando surge um filme, um bar, um livro, uma festa lésbica (produto que tem pouco mais de dois anos - lançado no mercado com a extinta Festa da Mulher Aranha e agora com a Lesboa a comemorar dois anos de existência), ou quando uma actriz ou cantora se assume. As coisas podem ficar piores quando se assumem como heterossexuais porque nós, lésbicas, temos tendência para penalizar tamanha ousadia. Assumir-se como heterosseuxal depois de dizer que era lésbica?
Lembram-se das Tatu antes tão amadas pelas lésbicas e agora tão esquecidas porque afinal parece que o seu lesbianismo era apenas fruto de uma estratégia de marketing?



"Ya soshla s uma" significará qualquer coisa como "eu enlouqueci por causa dela" e não "all the things she said".
Um amigo russo apresentou-me às suas músicas (cantadas em russo, que era muito mais giro) muito antes de chegarem a Portugal atreladas à língua inglesa. Pouco me importa com quem dormem as miúdas, continuo a gostar das suas músicas meio pirosas, sofridas e dramáticas de amores proibidos e impossiveis. Mas na música temos mais variedade do que na literatura.



O drama


Não me recordo de ler um único livro de temática lésbica que tivesse uma história apaziguadora, um enredo que não tivesse excessivo sabor a drama. Penso que se tivesse de agrupar todos os livros lésbicos que conheço em prateleiras, a secção de narrativas deprimentes teria de roubar espaço a todas as outras. Observa-se todo esse drama nos guiões de teatro e de cinema e até na generalidade dos blogues de temática lésbica. Há um défice de escrita positiva e isto não ocorre somente nos livros de temática lésbica, isto é global.
Pensemos nos filmes de temática lésbica. Quantos deles são depressivos e quantos não são? Quantos deles têm um final feliz e quantos acabam mal? Quantos encaram o sexo de forma natural e descomplexada e quantos o encaram como uma expressão tristonha de um amor sofrido? Por que é que os grandes amores têm de nos parecer sempre sofridos? Não podem ser alegres e descomplexados e ainda assim serem grandes amores? Teremos nós vidas assim tão penosas que até a fazer sexo somos descritas de forma triste?
É o drama que me faz estalar o verniz. O excesso de drama. Somos um povo fadisticamente dramático, nunca estamos contentes com nada e, subitamente, contentamo-nos com pouco. É este olhar de dentro que uma lésbica reflecte na sua obra que me interessa aqui. Como nos vemos? Como nos descrevemos? E como gostaríamos de nos ver? Como gostaríamos de nos descrever? É isso que estou ansiosa por descobrir neste livro de Patricia Cruz, porque é raro sair um livro de temática lésbica escrito com o olhar de uma portuguesa. Escrevam bikinis se já o leram!
Já aqui bikinei sobre Lisa Gornick (entre nós no Festival Queer do ano passado) que penso ser um exemplo muito sóbrio de que se pode fazer um bom filme lésbico sem se cair na flagrante armadilha da vitimização.
As lésbicas são um povo dramático, não são? Não sejamos que isso faz mal à pele, cria rugas e envelhece-nos por dentro.

Condessa X