sexta-feira, 2 de novembro de 2012

A reportagem alucinante

Encontrei ontem esta reportagem muito bonita na secção Repórter TVI que dá pelo nome de "Viagem alucinante". Creio que procurando recuperar o título português do filme "Enter the void" de Gaspar Noé (traduzido para português como "Viagem alucinante") e o título português de "Altered States" de Ken Russell (traduzido para português como "Viagens alucinantes"). As magníficas traduções de filmes e as reportagens são perfeitos exemplos de coisas muito alucinantes que se fazem em Portugal.
 


 
Vejamos:

1. Qualquer coisa tomada em excesso é passível de prejudicar a saúde;

2. O facto de uma coisa ser legal não a isenta de ser prejudicial. O álcool, o tabaco, o café, os medicamentos (que são drogas legalizadas) que se compram nas Farmácias (smartshops com um aspecto mais limpinho e mais legal);

3. Beber alcóol ou tomar "drogas" para ter argumento para fazer aquilo que se deveria conseguir fazer sóbrio é um erro. Se uma pessoa é tímida deve aprender a trabalhar a sua timidez e não aprender a consumir substâncias passíveis de alterar o seu estado psíquico. A isso chama-se estupidez;

4. Por sermos todos diferentes uns dos outros, as diferentes substâncias que consumimos também nos provocam reacções diferentes. O mesmo café a mim pode não me fazer nada e à minha amiga deixá-la eufórica. Há quem beba muito sem que fique propriamente alcoolizado e há quem ao fim de uma cerveja já se sinta meio tonto. Nada como conhecer os nossos próprios limites. Abusar de uma substância ou de um produto que se desconhece ou cujo efeito que venha a ter em nós se desconheça é sempre imprudente. Só porque determinda coisa não afectou o teu amigo não significa que não te afecte a ti. Depende do organismo de cada pessoa, do facto de se ter alimentado bem ou não e da forma como se esteja a sentir em determinado momento. Beber alcóol quando se está deprimido só vai acentuar a depressão. O mesmo ocorre com outras substâncias, legais ou não;

5. Quem vai a uma smartshop`sabe ao que vai. Eu sou livre de snifar farinha ou de fumar relva de um jardim. Se nas informações aparece escrito que aquilo é "fertilizante para plantas" é porque as leis impedem que as lojas sejam honestas. Os vendedores têm sempre o cuidado de deixar bem claro que as pessoas devem experimentar pouco para perceber o que é que aquilo lhe faz. Se alguém, como um "rapaz/actor" entrevistado faz a asneira de tomar 3 pacotes diferentes num dia é porque já não estava bom da cabeça antes de consumir o que quer que fosse. Não venha agora culpar a smartshop. Uma pessoa desequilibrada será sempre uma pessoa desequilibrada com ou sem "drogas". A droga é um mero pretexto "Eh pah, fiz aquilo porque estava com uma moca, desculpa lá.". Parece mesmo uma reportagem feita por "encomenda".



Gostava mesmo de saber onde foram buscar estes "putos" e as "mães" que falam no vídeo, se nos antros da betalhada mais infeliz se numa escola de actores. Há muita gente interessada no fecho das smartshops, já que elas têm vindo a pôr em causa os lucros da gente grande que vive da exploração de quem produz, vende e consome substâncias tornadas ilegais precisamente por quem mais lucra com a sua ilegalidade. Pergunto-me até se esta luta entre "barões das drogas ilegais vs smartshops" não será manobra de diversão já que os grandes barões da droga podem perfeitamente controlar também os laboratórios onde as substâncias são alteradas afim de promover a sua legalização. Ou seja, se não fazem dinheiro com as drogas ilegais procuram fazê-lo com as "legalizadas". A erva é uma planta que tem as mais diversas propriedades terapêuticas e a sua legalização seria ruinosa para o negócio das grandes farmacéuticas. Por esse motivo não somos autorizados a ter a nossa própria plantinha. Traz-me particular inquietação o facto de todos os consumidores arrependidos e todas as mães preocupadas aparecerem sempe de cara tapada e até com a voz distorcida. Os únicos que dão a cara são os consumidores esporádicos e assumidos e os representantes das Smartshops. Concluíndo, as smarthops existem porque eu não posso legalmente cultivar as minhas próprias plantas. Há então quem contrate laboratórios para modificar as substâncias e depois vendê-las legalmente nestes sítios. Não sei realmente o que estou a consumir porque não fui eu que o produzi.
O que propõe o sr. Rui Rangel? Perseguir quem vende e quem compra nestas lojas.

Em jeito de cortesia deixo alguns links

Cronologia dos mais diversos usos da Cannabis

Marcha Global Marijuana - Lisboa

Como o "cânhamo" se passou a chamar "marijuana" e depois "droga", passandoa a ser ilegalizada


x-pressiongirl

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